rx590 2ghz e1555714395522 0
Share

XFX RX 590 Fatboy – Overclock extremo e resultados (2GHz inside!)

Fala pessoal, beleza?

Sejam bem-vindos a mais um post sobre overclock extremo e tortura de GPUs!!! E a vítima da vez é a XFX RX 590 Fatboy 8GB, que usa o GPU Polaris 30 e trata-se de um refresh em 12nm dos Polaris 10/20 usado nas RX480/RX580, sendo que em termos de especificações (2304 SPs, 32 ROPs, 256-Bit GDDR5) os três GPUs são basicamente idênticos e usam a mesma arquitetura Polaris que estreou em Junho de 2016, portanto, como irei detalhar no review da placa que publicarei em breve, a única diferença aqui é que o processo 12nm permitiu esse GPU atingir frequências semelhantes a das RX Vega sem maiores mudanças na arquitetura, ainda que a custo da eficiência energética e dissipação de calor. Abaixo é possível ver uma foto da placa ainda com o cooler original e outra do GPU Polaris 30.

Em relação ao isolamento da placa, foi feito com borracha limpa tipo e tendo em vista os problemas apresentados pelo riser PCI-E nas duas tentativas (RX Vega 64 Strix e RTX 2080FE) de se usar o pot de CPU para congelar o GPU, tratei de usar o bom e velho TEK-9 FAT, portanto, essa também é a razão de ter isolado com borracha a parte de trás da placa. 🙂

Apenas um adendo: Normalmente costumo publicar esses resultados apenas após ter soltado o review, entretanto, dessa vez acabei me empolgando com os números obtidos e por isso o artigo sobre OC Extremo saiu antes… Mas fiquem tranquilos, os testes para o review foram feitos antes de ter aberto a placa e como já disse, devo liberar o mesmo em breve! 🙂

Configuração utilizada:

CPU: AMD Ryzen 7 2700X (obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VII HERO

RAM: 2x8GB Patriot Viper Steel 4400CL19

VGA: XFX RX590 Fatboy 8GB (Obrigado Terabyte!)

STORAGE: SSD Crucial BX500 240GB

SO/Driver: Windows 10  x64 1809 e Radeon Software Adrenalin Edition 19.4.1

Refrigeração: WC Custom (CPU) + TEK-9 FAT (GPU) + 1Kg de gelo seco.

Objetivo dos testes: Verificar até é possível ir com a XFX RX590 Fatboy 8GB utilizando refrigeração extrema, verificar o seu comportamento quando submetida a esse tipo de maus tratos esforço e descolar uns pontinhos para a Team Brazil no HWBOT.

A princípio, é necessário destacar que a XFX optou por utilizar nessa placa o controlador PWM IR35217, que trata-se do mesmo utilizado nas RX Vega e portanto diferente do IR3567B que foi usado em diversos modelos de RX470/480/570/580. A implicação disso é que ferramentas como o VRMTool, que permitem alterar os parâmetros do controlador via I2C não são compatíveis com essa placa em especifico, portanto, para se obter os cerca de 1.32V no GPU foi necessário usar o MSI Afterburner, aplicar o offset de +100mV, depois ir no Wattman e aplicar manualmente uma tensão de 1200mV, que é o máximo que ele permite sem mods no registro (Power Play Tables), obtendo assim esses 1.32V que foram usados para obter todos esses resultados.

No que diz respeito as temperaturas, em idle, o TEK-9 FAT segurou em cerca de -60ºC e em load (Time Spy, mais longo e pesado do que os Fire Strike) cheguei verificar algo na casa dos -40ºC, um delta nada desprezível de 20ºC porém ainda dentro do tolerável, afinal de contas, a RX590 nessas condições dissipa bastante calor e com gelo seco tende a ser mais difícil de segurar as temperaturas do que usando LN2.

Sobre as frequências obtidas, foi possível completar o FS/FSE com o GPU @ 1840MHz e memórias @ 2300MHz usando os perfis de timings mais agressivos disponibilizados no Wattman enquanto que para o Time Spy, foi necessário baixar para 1830MHz. Considero as marcas obtidas bastante respeitáveis pois elas são cerca de 100~130MHz além do obtido nos melhores resultados de RX480/580 usando refrigeração extrema que pude encontrar no HWBOT sendo que isso pode ser colocado na conta do processo de 12nm.

1840MHz, legal, mas no título desse artigo você falou em 2000MHz, então cadê? Bom, os 2GHz vieram no GPUPI 1B, um benchmark 2D que utiliza OpenCL (ou CUDA nas GPUs nVidia) para calcular o número do PI usando uma formula que se beneficia grandemente do processamento paralelo oferecido pela GPU ou mesmo por CPUs com vários cores. Normalmente é possível rodar esse benchmark com clocks maiores do que em 3D pois apenas as ALUs são usadas no GPU, liberando margem térmica por conta das outras unidades que são utilizadas apenas pelo pipeline gráfico e ficam em idle enquanto rodando uma aplicação 100% compute como essa.

Enfim, depois de algumas tentativas e de deixar a temperatura do GPU baixar além dos -60ºC antes de iniciar o benchmark, finalmente consegui atingir os 2000MHz na Polaris, obtendo o tempo de 22.352s, uma marca muito boa para um GPU dessa arquitetura. 😀

Finalizando, segue a tradicional galeria de fotos da placa congelada após a sessão e a versão “inteira” da foto da chamada. Notem o tanto de gelo que formou na parte de trás do GPU e por ai é possível imaginar o tamanho do problema que é usar gelo seco para refrigerar um GPU que dissipe ainda mais calor, afinal de contas, isso ai tende a descongelar em load… 🙁

Conclusão:

A XFX RX590 Fatboy foi muito bem nos testes de OC Extremo, sobrevivendo a sessão e dadas as proporções fazendo bonito nos resultados, atingindo e completando um benchmark @ 2GHz, algo que excedeu as minhas expectativas para essa placa e que deixou claro onde o processo 12nm LP fez a diferença.

O próximo passo agora é fazer a tradicional análise dos componentes, sistema de refrigeração e o que da para ser feito com temperatura ambiente. Será que nesse uso mais “civil” ela também vai se destacar? Semana que vem vocês terão a resposta, até mais! 😀

Dúvidas, comentários, criticas e sugestões são bem-vindos!

Gostou desse artigo? Ele lhe foi útil? Contribua com o apoia-se da página para que seja possível continuar trazendo novo conteúdo aqui na The Overclocking Page! 😀

Você também pode gostar...

Deixe uma resposta

Descubra mais sobre The Overclock Page

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading