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Riotoro Morpheus – Impressões, montagem e resultado final

Olá pessoal, tudo certo?

Nesse artigo irei compartilhar com vocês as minhas impressões do gabinete Riotoro Morpheus, que além de ser o primeiro item do tipo a ser “testado” por essas bandas, trata-se de um produto único em vários aspectos, por exemplo, ele vem completamente desmontado e cabe ao usuário a tarefa de literalmente montar o gabinete e também pela flexibilidade, pois o mesmo permite ser montado de maneiras distintas, como “Mid Tower” ou “Mini Tower”. No mais, o Morpheus é um case com estrutura do tipo “cubo” com painéis tipo “mesh” e também ATX invertido, o que faz dele algo ainda mais diferenciado.

Como disse anteriormente, o gabinete vem desmontado e o kit é dividido em quatro partes sendo a primeira sessão relativa a parte traseira/chão, a segunda sobre o painel interno, a terceira da frente/teto e por fim, a quarta parte se refere as tampas laterais. Também acompanha o pacote um “mousepad” gigante com algumas instruções, porém, existem manuais detalhados que podem ser encontrados nesse link e que naturalmente, recomendo ter por perto na hora da montagem. Infelizmente esses manuais não acompanham o produto com uma versão impressa, o que apesar de “anti-ecológico”, seria interessante pois assim não dependeria de ter algum dispositivo com tela por perto para realizar o procedimento de montagem.

Cada parte do kit acompanha quatro caixinhas com parafusos, sendo que os parafusos “estruturais”, que são aqueles em maior número na foto abaixo, são comuns em todas partes do gabinete, o que implica que se “faltar” parafusos desse tipo em uma das caixinhas, pode-se pegar de outra sem maiores problemas. Apenas abrindo um parênteses nessa parte, eu não sou nenhum “rei da organização” e por isso não sei dizer se cada caixa trás o número exato de parafusos por etapa, entretanto, foi possível montar o gabinete tranquilamente seguindo as instruções e sem faltar parafusos, mesmo “emprestando” parafusos de uma caixa ou de outra! 😀

riotoro morpheus montagem 6

Aqui é possível ver todas as partes depois de retiradas da caixa com exceção das pesadas tampas laterais, que obviamente por serem o último item da montagem, ficaram em um lugar a parte por conta do tamanho e peso.

riotoro morpheus montagem 1

Na primeira parte da montagem é que se define se o Morpheus será montado como “Mini Tower” ou “Mid Tower”, sendo que o espelho traseiro com apenas cinco slots de expansão vem separado. Para esse artigo, optei por montar o gabinete no formato “Mini Tower”, afinal de contas, irei montar uma placa-mãe ITX no mesmo, porém, ainda sim é possível usar até uma placa ATX mesmo nesse formato, apenas cuidando que nesse caso torna-se inviável instalar um radiador no teto e que pelo menos três slots da placa-mãe não poderão ser utilizados.

Já a segunda parte é o painel do meio, em outras palavras, a bandeja da placa-mãe! Notem que como já foi dito, esse case é padrão ATX invertido, o que particularmente acho legal, porém, não são todos que gostam desse detalhe e talvez para uma próxima geração do gabinete, o fabricante poderia pensar em uma forma de tornar a montagem do gabinete também flexível nesse aspecto.

riotoro morpheus montagem 7

O próximo passo consiste na instalação do teto e parte frontal sendo que aqui o Morpheus já tem “forma” de gabinete, faltando apenas instalar as partes plásticas e demais detalhes estéticos.

E por fim, o Riotoro Morpheus depois de pronto! Todo o processo de montagem levou 2h55m, podendo ter sido um pouco mais rápido caso não houvesse perdido tempo procurando as instruções de montagem detalhadas ou se tivesse mais prática na montagem de gabinetes “do zero”, o que certamente é uma habilidade rara por conta do Morpheus ser basicamente um dos únicos produtos disponíveis com tal característica, de todo modo, ao julgar pelos comentários feitos pelos demais reviewers que tiveram a oportunidade de botar as mãos nesse case, esse tempo parece estar dentro do esperado. 🙂

riotoro morpheus montagem 12

Agora com o case montado, vamos ver o que ele tem a oferecer como gabinete! Começando pelas suas dimensões externas, o Morpheus “Mini Tower” possui quase 40cm de altura, 28cm de largura e 47cm de comprimento, o que faz dele um gabinete um pouquinho mais largo do que o normal devido ao mesmo ser meio que no formato de “cubo” e usar uma “arquitetura” interna de duas câmaras sendo a do lado direito para o hardware (placa-mãe, GPUs e afins) e a outra, do lado esquerdo, para acomodar HDs, SSDs, fonte e cabos, o que por si só já o diferencia na multidão pois a maioria esmagadora dos gabinetes tem o hardware montado do lado esquerdo. Outro detalhe é que esse gabinete não oferece suporte a dispositivos como gravadoras de DVD e afins.

O painel frontal é composto por 2x USB 3.0, 2x USB-C, botões Power/Reset, jacks para headphone/microfone e botões para controle do RGB. Considero esse painel bastante moderno e condizente com um produto diferenciado como esse, com destaque as duas portas USB-C, que apesar de não ser todas as placas-mãe que ofereçam suporte a esse conector, o mesmo deve se tornar cada vez mais comum por conta da sua adoção cada vez maior em dispositivos como smartphones.

riotoro morpheus 1

Existem também vários detalhes externos, alguns estéticos e outros funcionais que são dignos de nota, por exemplo, a Riotoro tratou de incluir junto do kit duas opções de cores para os parafusos de fixação das tamás laterais, preto ou vermelho. Particularmente, acabei optando por usar os parafusos vermelhos para diferenciar um pouco. 🙂

Esse gabinete também possui filtros de poeira na frente, embaixo e no topo, valendo destacar que o filtro da parte superior é magnético e os do “chão” são removiveis, conforme pode ser visto na galeria abaixo. Outro detalhe são os pézinhos plásticos usados no gabinete, no qual apresentam altura razoável em relação a mesa (cerca de 2.5cm) para garantir a circulação de ar para os fans que porventura forem instalados ali na parte inferior do gabinete.

A Riotoro optou por colocar a sua logomarca como um elemento de destaque na frente do gabinete e o mesmo possui um led vermelho opcional que é ligado usando um conector de força SATA. Abaixo é possível ver como fica o efeito com o mesmo desligado e ligado.

Ao abrir, as tampas laterais são idênticas e possuem uma série de filtros de ar magnéticos instalados, os quais obviamente podem ser removidos caso o usuário tenha preferência por maior fluxo de ar em detrimento de “proteção” contra poeira.

Da parte interna, temos o design de duas câmaras promovido pelo fabricante e aqui é possível ver os lugares para instalação de fans ou radiadores, sendo possível instalar até dois radiadores de 240mm na configuração “Mini Tower” enquanto que a “Mid Tower” permite a instalação de até três desses radiadores. Outros pontos que devem ser levados em consideração é que esse gabinete pode ter problemas com air coolers de altura superior a 15cm, sendo preferível o uso de soluções com perfil mais baixo e que o fan exaustor traseiro é de apenas 80mm, o que é algo um tanto inesperado de se encontrar em um gabinete moderno, entretanto, acompanham o pacote um pequeno fan de 80mm sem leds e outros dois de 120mm transparentes com led vermelho que podem ser utilizados na montagem.

Sobre a questão do “cable management”, esse gabinete possui vários espaços por onde é possível passar os cabos, sendo possível fazer algo decente mesmo enquanto usando uma placa-mãe ITX, conforme mostrarei mais adiante.:)

Parte interna traseira, a Riotoro colocou vários “organizadores” de cabo com velcro e do ponto de vista das opções de instalação de dispositivos de armazenamento, a configuração “Mini Tower” permite a instalação de dois HDs 3.5′ e dois SSDs 2.5′ enquanto que a “Mid Tower” ainda permite adicionar mais uma “baia” de SSDs 2.5′.

Agora vamos a montagem do hardware! A configuração escolhida trata-se basicamente da minha máquina de uso diária, aquela que é usada para escrever as matérias que publico aqui no site e cujos componentes já são bastante conhecidos de todos aqui na página, afinal de contas, praticamente todos os itens possuem reviews publicados aqui. 🙂

CPU: AMD Ryzen 5 3600 (obrigado AMD!)

MOBO: MSI B350I PRO AC

RAM: 2x8GB DDR4 Patriot Viper RGB White 3000CL15 (obrigado Patriot!)

GPU: NVIDIA GeForce RTX2080 FE (obrigado NVIDIA!)

REFRIGERAÇÃO: Wraith Prism e Gamdias Chione E1A 120mm (obrigado Gamdias!)

STORAGE: Samsung 960EVO 250GB, Kingston UV500 960GB, 2 HD’s SATA 1TB e 1.5TB

PSU: Antec Neo Eco 520W

GABINETE: Riotoro Morpheus

O primeiro passo aqui foi instalar a placa-mãe no Morpheus e notem como a placa ITX “some” dentro desse gabinete! Definitivamente isso pode não ser algo esteticamente lá muito agradável de se olhar, porém, como o Morpheus é fechado, sem problemas! 😉

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Na parte de trás, esse foi o resultado após a montagem seguindo a famosa metodologia “poste de favela” de organização, o que definitivamente não é um problema para um gabinete fechado com uma das câmaras destinadas justamente para isso, sendo que o único inconveniente  é que pode ser um pouco mais complicado caso posteriormente resolva fazer alguma alteração no hardware, mas certamente isso não é por demérito do gabinete e sim do “abençoado” que realizou a montagem! 🙂

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E por fim, o resultado final, com destaque para a RTX 2080 FE, que inegavelmente é uma placa muito bonita! Do ponto de vista do “cable management”, esse gabinete é simplesmente brilhante e tudo ficou muito bem escondido e organizado na câmara do hardware… Um belo constraste em relação ao visto foto acima não é mesmo? 😀

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Como também foi possível ver, a princípio usei o Wraith Prism mas e se a ideia for troca-lo por um WC AIO ou outro tipo de cooler no CPU posteriormente? Será viavel de fazer isso sem remover todo o hardware? Bom, visando verificar isso tratei de escalar o Gamdias Chione E1A 120mm para testar a viabilidade disso na prática. 🙂

Primeiro passo foi remover o Prism e posteriormente a fonte, pois a mesma está localizada logo atrás da placa-mãe e obviamente obstrui o acesso a parte traseira da placa, entretanto, por mais que “remover a fonte” pareça um tanto radical, na real, está mais para desparafusar a mesma sem desconectar nenhum outro cabo. Existe a opção de instalar radiadores de 240mm no chão, na frente e e no “Mid Tower” também no teto do gabinete e nesse caso, optei por instalar na frente. É necessário se atentar ao comprimento das mangueiras do WC e a posição de instalação do radiador visando evitar dores de cabeça na instalação.

E após a instalação do AIO, que se sucedeu sem nenhuma complicação, essa é a imagem da versão “realmente final” da instalação do hardware no gabinete! 🙂

E por hoje é só pessoa… Não, pera! Antes de concluir esse artigo, gostaria de compartilhar mais algumas fotos no mínimo interessantes que tirei do Riotoro Morpheus. 😀

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A wild Rio Toro Morpheus appears!

Detalhes, detalhes…

Alguns takes do exterior…

Fotos do interior… É hardware que vocês querem ver? 😉

Conclusão:

O Riotoro Morpheus é indubtavelmente um produto diferenciado, a começar pelo fato do mesmo ser uma espécie de “kit case” que vem completamente desmontado e permite algum grau de liberdade na montagem naquilo que diz respeito a altura do mesmo, pela configuração de duas câmaras sendo que o hardware é montado do lado direito com um layout ATX invertido, por integrar uma controladora RGB e por fim, pelos painéis perfurados estilo “mesh” que dá ao mesmo um design externo bastante diferenciado.

Do ponto de vista prático, não encontrei nenhum problema no que diz respeito a qualidade do produto ou mesmo falhas de projeto, no máximo algumas observações relativas ao uso de air coolers “altos”, o fan traseiro de 80mm e a falta de manual de instruções impresso. O processo de montagem do gabinete é um pouco demorado, levando cerca de 3h para completar o procedimento do manual, o que parece ser bastante, mas de todo modo, quem procura algo com uma proposta única como é a do Morpheus já deve estar calculando que será necessário dispender um tempo maior na montagem em relação a um gabinete convencional.

Sobre o “custo beneficio”, o Riotoro Morpheus é vendido pela Terabyte por R$912,63 (preço de 21/11/2019), o que é uma quantia considerável para um gabinete, porém, dada a proposta única do produto e o fato do mesmo ser realmente diferenciado em vários aspectos faz dele algo exclusivo e essa exclusividade tem seu preço, então, feitas essas considerações, se ter algo “único” é o que você procura, o Riotoro Morpheus certamente vai te agradar em cheio!

Então por hoje é só pessoal, até a próxima!

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