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Ryzen 7 3800X – Overclock extremo (LN2) e resultados

Fala pessoal, beleza?

Na semana retrasada trouxe-lhes o artigo de lançamento com os números em stock e usando refrigeração a água do novo Ryzen 3 3300X e no dia seguinte, os resultados no LN2, onde o novo CPU brilhou e chegou a completar a maior parte dos testes com frequências acima dos 5.5GHz, o que é algo excelente para esses processadores, entretanto, sobraram alguns poucos litros de LN2 e evidentemente poderia utiliza-los em algum outro hardware, então, porque não o R7 3800X que costumo utilizar nos reviews aqui no site? Já publiquei anteriormente um teste com gelo seco usando esse CPU e como disse naquela oportunidade, essa é uma amostra completamente aleatória, bastante mediana no que diz respeito ao CCD e fraca do ponto de vista do IOD, onde ela apresenta problemas para passar dos 3600MHz nas memórias enquanto usando quatro pentes de Samsung B-Die.

Do ponto de vista da preparação da placa-mãe para a sessão, adotei exatamente o mesmo procedimento descrito no artigo de overclock extremo do R3 3300X, inclusive, a foto abaixo foi retirada daquele artigo e ilustra perfeitamente esse processo, que no caso se resume apenas a forrar a placa-mãe com papel toalha, afinal de contas, essa placa já está protegida por uma camada de plastidip.

De todo modo, para quem quiser se aprofundar um pouco mais no procedimento e naquilo que você deve saber antes de querer congelar um Ryzen “Matisse”, sugiro a leitura do artigo de overclock extremo do R5 3600, que apesar de ser da época do lançamento, continua 100% válido, então, vamos ao hardware utilizado!

  • Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 3800X (Obrigado AMD!)

MOBO: ROG Crosshair VII Hero (UEFI 3004)

VGA: NVIDIA GeForce RTX 2080 (Obrigado NVIDIA!)

RAM: 2x8GB G.Skill FlareX 3200CL14

REFRIGERAÇÃO: SF3D Inflection Point + Nitrogênio Líquido + Pasta térmica KINGPIN KPx (obrigado Renan!)

STORAGE: SSD HyperX 3K 120GB

SO: WIndows 10 x64 1909 “depenado”

Objetivo dos testes: Descobrir o limite do Ryzen 7 3800X usando refrigeração extrema (LN2) visando extrair performance máxima nos benchmarks e verificar o seu comportamento nessas condições. Os detalhes de como foram conduzidos os testes e metodologia estão descritos no texto que acompanham os resultados.

  • Resultados:

O primeiro passo para se obter sucesso na empreitada de congelar o Ryzen “Matisse” é fazer o ajuste correto do FCLK/VDDSOC/VDDG. Para o FCLK deve-se ficar em uma faixa que vai dos 1400MHz até os 1600MHz onde cada incremento tende a trazer o coldbug para um patamar mais alto, o VDDSOC deve ficar em uma faixa que vai desde os 1.25V até os 1.55V e o VDDG em 1.15V, porém, no AGESA 1004b esse ajuste foi dividido em dois, o VDDG_CCD e o VDDG_IOD, e caso a placa-mãe ofereça a opção de ajusta-los em separado, use algo como 1.2V e 0.9V, respectivamente.

Evidentemente, esses valores podem variar um pouco de CPU para CPU, sendo que para essa amostra o VDDSOC foi de 1.4V e VDDG de 1.15V, conseguindo assim trabalhar com o CPU na casa dos -130ºC. Nessa amostra, o limite para o FCLK ficou nos 1566MHz pois houveram instabilidades acima disso.

Em relação aos benchmarks, rodei aquilo que o restinho do LN2 permitiu, basicamente, Cinebench R15, GPUPI 3.2 e Geekbench 3 com frequências do CPU variando entre 5225MHz e 5275MHz com cerca de 1.7V no vcore enquanto que as memórias estavam rodando entre 3733MHz e 3800MHz 12-11-11-24 com sub timings apertados, não havendo “combustível” suficiente para tentar ir além. A respeito da frequência do CPU, não foi possível ir além dos 5275MHz e tão pouco o CPU escalou com mais tensão, ou seja, esse R7 3800X que é até razoável em temperatura ambiente decepcionou um pouco no LN2, o que corrobora com os relatos de outros overclockers que “binaram” muitas unidades para uso extremo e afirmaram que nem sempre um “Ryzen 3000” bom em temperatura ambiente também será bom em uso extremo.

Sobre os resultados obtidos, foi possível chegar nos 2802 pontos no Cinebench R15, ficando na média dos i9 9900K @ 6.4GHz, já em relação aos GB3, o FCLK @ 1566MHz deu uma ajudinha e com foi possível quebrar a marca dos 50700 pontos e por fim, o GPUPI 3.2, onde obtive marca de aproximadamente 2m 10.968s @ 5275MHz, sendo esse o único desses benchmarks onde provavelmente ainda deve existir margem na frequência, afinal de contas, trata-se de um teste “leve” apesar de multithread.

Cinebench R15: https://hwbot.org/submission/4442507_

Geekbench 3.4.3b3: https://hwbot.org/submission/4442499_

GPUPI 1B: https://hwbot.org/submission/4442504_

Conclusão:

O R7 3800X sobreviveu a sessão de overclock extremo e foi capaz de obter alguns números até que decentes nos benchmarks, entretanto, esse exemplar em especifico deixou um pouco a desejar no que se refere as frequências obtidas, que ficaram entre 5225MHz e 5275MHz com 1.7V, FCLK @ 1566MHz e coldbug na casa dos -130ºC, apesar disso, ainda considero que valeu a pena ter gasto o restinho do LN2 com esse CPU, especialmente para ficar de referência o que um CPU mediano pode fazer quando submetido a essas condições extremas e também em relação ao que foi obtido com gelo seco no post anterior.

Então é isso pessoal, dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas!

Até a próxima!

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3 Responses

  1. Paulo disse:

    Fiquei um pouco decepcionado com o que esse R7 subiu.
    Sobre o Plasti Dip, da pra deixar na placa mãe e manter o uso diário normal?

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