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[Review] Water Cooler Raijintek EOS 240 RBW

Fala pessoal, beleza?

Nesse review irei analisar o Raijintek EOS 240 RBW, que se trata de um Water Cooler AIO (loop selado) com radiador de alumínio de 240 mm que traz como diferencial iluminação RGB no bloco e nas ventoinhas.

A caixa do produto traz tanto na parte da frente quanto na de trás fotos do produto tal qual destaque ao modelo e suporte a RGB, enquanto na lateral, existe uma tabela com as suas especificações. Esse AIO possui compatibilidade com as plataformas LGA2066/LGA2011-V3/LGA2011/LGA11XX/LGA1366/LGA775/AMx/FMx.

Ao abrir a caixa, vemos que todo o conjunto vem bem protegido por papelão e plásticos. A Raijintek também optou por fornecer um guia de instalação impresso, o que é algo de grande ajuda durante o processo de montagem.

A respeito do conteúdo e do kit de montagem, o fabricante merece um ponto positivo por rotular cada um dos componentes com etiquetas, o que novamente, agiliza na hora da montagem por não ser necessário ficar identificando manualmente as peças com base em ilustrações no manual.

Também é possível destacar o bom acabamento “sleeve” das mangueiras e o bloco com leds RGB integrados.

Diferente da maior parte dos Water Coolers AIO disponíveis no mercado, o modelo da Raijintek tem a bomba integrada no topo do radiador ao invés do bloco sendo que a sua alimentação é feita usando um conector de força SATA e no caso, segundo o fabricante, ela possui fluxo de 40 L/H e nível de ruído máximo de 30 dBA.

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O radiador usado é de alumínio e apresenta 287 mm de comprimento, 29 mm de espessura e algo como 20 FPI, o que é bastante razoável e está dentro daquilo que costumamos ver na maior parte dos AIOs disponíveis no mercado. Do ponto de vista estético, a Raijintek optou por incluir a sua marca em branco no topo do radiador como forma de diferenciar o produto.

Apenas como esclarecimento, a sigla “FPI” significa “Fins per Inch” (algo como “aletas por polegada”), é uma medida de densidade das aletas do radiador e um indicador do foco adotado no seu projeto, por exemplo, radiadores com FPI mais baixo possuem menor capacidade térmica que outros com FPI mais alto, no entanto, eles dependem menos de ventoinhas de alto desempenho e pressão estática muito elevada para vencer a resistência imposta a retirada do ar de entre as aletas, o que significa que se o objetivo for montar um sistema de Water Cooler com foco no silêncio, radiadores com FPI baixo são preferíveis enquanto se a ideia for buscar desempenho máximo ou estiver limitado no comprimento (por exemplo, um case ITX), os com FPI mais alto e maior espessura devem ser utilizados.

raijintek eos 240 radiador

As ventoinhas utilizadas são RGB e possuem dimensões de 120 mm x 25 mm com hélice branca translúcida e a respeito de suas especificações, a Raijintek diz que elas trabalham com rotação entre 800~1800 RPM, produzem máximo de 75 CFM, 2,3 mmH2O de pressão estática e ruído de 28 dBA. Outro ponto a se destacar é que elas utilizam conectores 4-pinos, portanto com suporte a PWM, algo que se faz necessário caso o usuário pretenda manter um perfil de trabalho mais silencioso e, além disso, existem também os conectores ARGB macho/fêmea compatíveis com as soluções oferecidas pela ASUS, ASRock, GIGABYTE e MSI.

raijintek eos 240 fans

Do processo de instalação, ao menos na plataforma AMD, é muito simples e consiste em parafusar no bloco os adaptadores AM4, encaixar os quatro parafusos no bracket, rosquear os espaçadores na parte de cima e parafusar o bloco, sendo que a única ferramenta que é bom ter em mãos é uma chave philips, apesar de não ser obrigatório.

Acompanha o produto um sachê de pasta térmica, cujas especificações não foram disponibilizadas pelo fabricante, o que é suficiente para apenas uma aplicação e nas fotos abaixo é possível ver que ela espalhou bem, comprovando que a base do dissipador faz bom contato com o IHS.

E abaixo, o resultado da aplicação da GD900 que foi feita em formato de ‘X’ no IHS, novamente, o contato com a base do bloco foi muito bom!

Nos GIFs abaixo é possível ter uma ideia do efeito da iluminação RGB nas ventoinhas e no bloco, no caso, é necessário destacar que os efeitos são configuráveis usando o software disponibilizado pelo fabricante da placa-mãe e que a Raijintek não oferece algo próprio.

As demais especificações do produto podem ser acessados diretamente no site do fabricantevamos então às configurações utilizadas e os resultados!

Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 2700X (obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VIII Impact

RAM: 2x8GB Crucial Ballistix 3200 CL16 (Obrigado Terabyte!)

VGA: GALAX RTX3060

STORAGE: SSD Crucial BX300 120GB

REFRIGERAÇÃO: Raijintek EOS 240 RBW (Obrigado Terabyte!) e AMD Wraith Prism

Softwares utilizados: Windows 10 x64 2004, HWiNFO64 v6.42 e Blender 2.92

EQUIPAMENTOS EXTRAS: Termômetro digital GM1312, UNI-T UT353

Objetivo dos testes: Verificar o desempenho do Raijintek EOS 240 RBW enquanto renderizando a animação “Classroom” no Blender por 30 minutos, tanto com a CPU em stock quanto em overclock. Maiores detalhes sobre os testes e a interpretação dos resultados podem ser encontrados nos textos a seguir.

Resultados:

  • Nivel de ruído:

Para realizar a medição de ruído, o UNI-T UT353 foi posicionado a cerca de 100 cm da bancada com as demais fans, excetuando-se os dos coolers e da fonte, desligados, afinal de contas, a ideia aqui é tentar “capturar” o ruído apenas do ‘item’ que está sendo testado, pois, o restante da configuração do leitor pode ser totalmente diferente do utilizado aqui, por exemplo, com ventoinhas diferentes, bombas de water cooler e por aí vai.

A unidade utilizada é o decibel, que se trata de uma unidade em escala logarítmica, em termos práticos, isso significa que o volume dobra de intensidade a cada 3dB, portanto, o dobro de 50dB não é 100 dB e sim 53 dB, entretanto, o ouvido humano apresenta a sensação de volume dobrado com um intervalo maior, entre 8 dBA e 10 dBA. De todo modo, apenas como referência, um ambiente silencioso como uma biblioteca apresenta nível de ruído na casa dos 30 dBA.

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Mesmo com as ventoinhas e bomba operando em sua rotação máxima, o Raijintek se mostrou bastante silencioso, ficando abaixo dos 40 dBA, enquanto o Wraith Prism, que está nesse comparativo apenas como uma espécie de referência até termos outros modelos testados com a mesma metodologia, ficou na casa dos 44,6 dBA, emitindo ruído consideravelmente mais alto e incomodo.

Desempenho:

Para os testes de desempenho, a ideia foi testar tanto os coolers quanto a pasta térmica que os acompanham, então, foram incluídos resultados utilizando a ‘interface’ térmica original e outro usando a pasta térmica GD900. O Wraith Prism foi testado apenas com a GD900. A rotação das ventoinhas foi aplicada em 100% para ambos os casos, com a chave seletora do Prism no “L”.

Já nos testes em overclock, foi utilizado o R7 2700X @ 4.1GHz 1.3375V LLC 3 e VDDSOC 1.025V com memória configurada em 3200MHz XMP. O motivo para se usar o R7 2700X ao invés de um Ryzen de geração mais atual é que os modelos baseados em chiplets, por conta da maior densidade térmica devido ao processo de 7 nm e menor área de troca de calor, afinal de contas, o CCD do Zen3 tem cerca de 80 mm², acabam por trabalhar em temperaturas mais elevadas simplesmente por não conseguirem colocar o calor para fora da mesma forma que o 2700X, portanto, ao menos em um primeiro momento, o bom e nem tão velho R7 2700X deve continuar sendo utilizado para testar sistemas de refrigeração.

No gráfico dos resultados, os valores apresentados são o delta T (ΔT), que se trata da diferença entre a temperatura da CPU (no caso) e a ambiente, retirando assim esse ultimo fator da jogada.

O modelo da Raijintek apresentou um delta de 40,92 °C em stock, o que representa margem bastante confortável, mesmo considerando uma temperatura ambiente acima dos 30 °C e em relação ao Wraith Prism, com ambos utilizando a pasta GD900, a diferença foi de 12 °C, o que definitivamente não é pouca coisa. Já com overclock, o delta foi de cerca de 8 °C em relação ao stock, novamente, um bom resultado para o EOS 240, contudo, o Prism falhou nesse teste com a máquina resetando após 5 minutos de teste.

No que diz respeito a pasta térmica que acompanha o produto, houve uma diferença de 1,68 °C em relação a GD900, o que a princípio não parece ser muita coisa e na falta de algo melhor, pode ser usada, contudo, é necessário destacar que até uma solução acessível como a GD900 apresentou melhor resultado nesse sentido.

Conclusão:

Diante dos testes e resultados apresentados, foi possível chegar nos seguintes pontos:

A respeito da qualidade de construção, o Raijintek EOS 240 RBW foi bem, com bom acabamento nas mangueiras, base do bloco que se não é espelhada ao menos é lisa, bomba integrada ao radiador, como não podemos falar nada a respeito da durabilidade no longo prazo nesse artigo por fugir ao escopo de um review, ao menos trabalha de forma silenciosa e sem vibrações e kit de montagem simples que cumpre bem o seu propósito, sem falhas no contato do bloco com a CPU.

Sobre o nível de ruído, o produto se mostrou bastante silencioso, obtendo marca de 38,9 dBA usando ventoinhas e bomba operando em rotação máxima, o que é uma excelente marca, especialmente se considerarmos que o ruído ambiente da sala no dia dos testes estava na casa dos 36 dBA.

No que concerne ao desempenho, o Raijintek EOS 240 RBW também foi capaz de entregar bons resultados, apresentando um delta de 40,92 °C com o R7 2700X em stock e 48,85 °C com overclock, o que implica que existe margem suficiente para os dias mais quentes ou mesmo para se tentar ir ainda além no overclock. Em relação ao Wraith Prism, como era de se esperar, a diferença foi considerável, onde o AIO abriu 12 °C de diferença enquanto usando a CPU em stock.

Da pasta térmica que acompanha o produto, pode se considerar usável na falta de outra melhor, porém, perde por 1,68 °C em relação a GD900, que se trata de um produto que pode ser adquirido em quantidades consideráveis (30g) na China a um custo bastante baixo.

Relativo ao preço, o Raijintek EOS 240 RBW pode ser encontrado (3/2/2021) na Terabyteshop por R$419,99, o que é um valor bastante convidativo para um Water Cooler AIO com radiador de 240 mm e iluminação RGB tanto no bloco quanto nas ventoinhas, sendo um dos mais acessíveis do mercado com essas características, então, diante dos resultados apresentados e do preço, fica a recomendação positiva para o produto!

E por hoje é isso pessoal! Dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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10 Responses

  1. anderson disse:

    Excelente review!

    Esses WC deveriam ter 50mm ou mais na espessura, não 27mm, esse modelo testado diz ter 29mm.

    Essa pasta térmica GD900 tem tempo de cura e perde eficiência com o tempo? Tenho uma Cooler Master Gel Maker que é boa quando recentemente aplicada, mas perde eficiência em pouco tempo.

    • Olá Anderson,

      Eu nunca usei a GD900 por tempo prolongado, na verdade, comprei por ser barata, vendida em quantidade (30g sai menos de R$20) e ter desempenho “na hora” decente (nível de uma MX-2 da vida), o que é bom o suficiente para usar nos testes aqui no site. Até onde consta, não tem tempo de cura.

  2. Walyson disse:

    Muito bom o Review.

    Bem, hoje em dia, o que você acha de montar water cooler custom? Vale a pena montar um custom ou um AIO como este já dariam conta para a maioria dos usuários que usam até um Ryzen 5 3600 (que não pensam em fazer overclock ou fazer overclocks extremos)? E com relação a cuidados, durabilidade e problemas, como vazamentos, corrosão galvânica, perda da eficência, etc.?

    Um indicação de tema para artigo seria você falar da sua experiência com water coolers AIO e custons.

  3. alexandre disse:

    deveria fazer uns testes com pasta térmica

    • Olá Alexandre,

      Tem o teste com a pasta térmica que acompanha o produto e com a GD900 ai, mas se vc se refere a um comparativo entre diversas pastas diferentes, é só questão de conseguir amostras em quantidade suficiente para fazer os testes, o que não é muito simples aqui no Brasil e nem muito barato. Mas é uma boa ideia sim! Agradeço!

  4. Lucas Melo disse:

    Que análise bem construída e de um cuidado em explicar os termos e procedimentos usados fora curva, parabéns pelo seu trabalho nessa análise!

  5. Roberto Veras disse:

    Boa tarde, recentemente adquiri este water cooler na promoção da terabyte por 269,99, após montar a temperatura ficou muito alta, cerca de 76 graus celsius com um 3600 em 100% de uso, remontei mais 2 vezes, desta vez vendo vídeos, não só usando o manual, infelizmente continuou na mesma, tem alguma dica do que posso fazer?
    obs: 76 graus celsius com 4 fan’s rajimatek 75cfm + o watercooler com as duas fans + gabinete aberto!

    • Olá Roberto,

      Se o R5 3600 estiver com overclock ou o IHS for um pouco mais concavo/convexo, a temperatura está normal para 100% load, supondo que seja uma carga realmente pesada, Blender ou Prime95.

      Apesar desse processador e dos demais Ryzen baseados em chiplets ter TDP mais baixo e consumir menos que os anteriores, você tem que a área do CCD, que é o die onde os cores estão localizados, é bem reduzida, na casa dos 70~80 mm² e também que a densidade térmica é maior por conta do processo de 7nm ser mais denso.

      Esses dois fatores dificultam a troca de calor do die com o ambiente, no caso, com o IHS, cooler e por aí vai, mantendo algum calor “preso” ali e por isso a temperatura de operação desses processadores tende a ser mais elevada do que nos Ryzen 1000 ou 2000, mesmo considerando que eles consumam e dissipem menos, também é a razão pela qual ainda uso o R7 2700X nos testes de cooler.

      • Roberto Veras disse:

        Agradeço muito a resposta, foi extremamente precisa, antes do 3600 possuía um 2600 e um 3500x, então fiquei um pouco espantado com essa temperatura, novamente parabéns pelo tópico, me ajudou bastante.

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