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Silverstone Sugo SG13 – Montando o PC de streaming da página!

Fala pessoal, tudo bem?

Com o passar do tempo, é natural esperar que as coisas evoluam e que surjam novidades e evidentemente, a The Overclock Page não é uma exceção, no caso, até então, praticamente todo conteúdo produzido aqui era em formato texto com eventuais vídeos utilizados de maneira “auxiliar” aos artigos, por exemplo, demonstrando alguma funcionalidade onde seria insuficiente faze-lo apenas por fotos, contudo, apesar de particularmente gostar desse formato escrito e não ter planos de abandona-lo, é necessário deixar claro que outros tipos de mídia também podem agregar bastante e agora devem ter espaço aqui na página!

Para tornar isso possível, foram feitos alguns investimentos de infraestrutura, que ainda estão em andamento, porém, esse artigo é especificamente sobre uma dessas coisas, no caso, a máquina de ‘stream’ e edição de vídeo da página! 😀

Antes de tudo, segue os links para a Twitch e canal do Youtube da página, no caso das lives de overclock na Twitch, elas já estão acontecendo e devem ter frequência de ao menos uma por semana, enquanto o canal do Youtube, deve começar em breve, mas não deixem de dar o “follow” em ambos os canais para não perder conteúdo, além de ajudar bastante a página!

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Agora, sobre a mencionada máquina, por questões de espaço foi escolhido o gabinete Silverstone Sugo SG13, que no caso, se trata de um “case” compacto com suporte a placas-mãe Mini-ITX e Mini-DTX, fontes ATX e SFX além de espaço para montagem de um radiador de até 140 mm. O produto vem em uma caixa de papelão simples, porém robusta e surpreendentemente pequena para um gabinete, claro, o que de certo modo seria esperado para um case compacto como esse.

A respeito das dimensões, o SG13 apresenta 222 mm (L) x 181 mm (A) x 285 mm (P), o que é algo realmente compacto! Evidentemente existem modelos ITX ainda menores, porém, fazendo concessões no que diz respeito aos padrões de fonte suportados ou mesmo usando unidades externas, ou sem suporte a instalação de uma placa de vídeo dedicada.

O exterior do SG13 é bastante sóbrio, sem janelas transparentes ou adereços “gamer” sendo oferecido com dois tipos de frente distintos, mesh e plástico, no caso do exemplar desse artigo, a frente é a “mesh”, cuja vantagem é o maior fluxo de ar para o radiador em relação à versão de plástico, onde existe maior foco no silêncio, de todo modo, existem tomadas de ar laterais frontais que de qualquer forma garantem algum “respiro” e em ambos modelos existem ‘jacks’ de áudio/microfone, duas portas USB 3.0 e botões power/reset, que no caso desse último, pode também ser usado como “clear cmos” caso o usuário assim preferir.

Nas laterais e topo, existem uma série de furos para tomada de ar para a GPU/fonte e no caso dessa última com suporte para fontes ATX de até 16 cm no comprimento ou SFX, contudo, por conta dela ser posicionada logo acima da placa-mãe e pelo pouco espaço para “cable management”, modelos ATX de no máximo 14 cm, SFX e modulares são preferíveis.

Da parte de trás, existe espaço para a fonte, espelho traseiro e uma placa de vídeo com no máximo “2 slots de largura”, portanto, não existe nenhum ventoinha exaustora nesse modelo, o que de certo modo é compreensível dadas as suas dimensões e sua falta pode ser mitigada deixando o espelho traseiro “aberto” na montagem ou usando uma GPU com cooler do tipo blower, que é adequada para uso nesses gabinetes compactos.

Ao abrir o gabinete, temos um suporte lateral para fonte, um frontal para 2 SSDs e frente removível por parafusos laterais onde é possível ver um filtro de poeira integrado e é importante destacar que remover todas essas partes podem ajudar muito na montagem de uma máquina em um gabinete compacto como esse.

A despeito desse gabinete oferecer suporte a uso de sistemas de refrigeração a ar com perfil mais baixo, o uso de Water Coolers AIO ou até mesmo Custom se você for uma pessoa corajosa e criativa, é recomendável, afinal de contas, a fonte deve restringir bastante a captação de ar da ventoinha da CPU. Apesar de em algumas fotos desse artigo o radiador aparecer instalado de pé, ele deve ser montado virado conforme às duas ultimas fotos dessa galeria, pois caso contrário, fica impossibilitada a instalação da baia frontal destinada aos SSDs, algo só percebi após ter adiantado várias etapas na montagem e já ter feito boa parte das imagens.

Sobre a instalação de uma GPU, não tem segredos, porém, é necessário ficar ligado com as dimensões máximas permitidas, no caso, dois slots de largura e 26 cm de comprimento. Como exemplo, é possível ver nas fotos abaixo a Galax RTX3060, que é uma placa dual slot com 25 cm de comprimento, vejam como coube bem justa no gabinete, com pouca margem para algo maior.

Por outro lado, a GALAX GTX1650 Super que efetivamente foi a placa utilizada nessa “build” coube com folga, afinal de contas, ela é bem mais compacta contando com apenas 20 cm de comprimento.

A baia frontal permite tanto a instalação de um dispositivo 3.5” como um HD ou de dois SSDs 2.5” e uma dica válida seria já deixar um segundo cabo SATA no jeito caso o objetivo seja fazer upgrade e instalar um segundo SSD em breve, pois isso pode poupar bastante tempo em não precisar removendo vários componentes para acessar as portas SATA da placa-mãe.

Em relação à fonte, as fotos abaixo são auto-explicativas quando foi dito logo acima a respeito do uso de fontes modulares e preferencialmente no padrão SFX, vejam que a natural falta de espaço para “cable management” acabou por trazer a vida os “cabelos da Medusa” nesse gabinete, e olha que nesse caso essa fonte já traz cabos “slim” e tem apenas 14 cm de comprimento, o que ao menos viabilizou seu uso. No caso, uma fonte completamente modular eliminaria boa parte dos cabos não utilizados, melhorando a circulação de ar do gabinete por ter menos coisas “obstruindo” e uma SFX, por ser ainda mais curta, não cobriria a placa-mãe, novamente, com o mesmo beneficio.

Mais adiante nesse artigo veremos como ficou o desempenho térmico dessa máquina! 😉

Eis produto final! Notem que a máquina foi montada sem o “escudo” do espelho traseiro e com uma pequena ventoinha de 40 mm, colada sobre o dissipador do VRM de forma a garantir algum fluxo de ar na região e também ajudar na exaustão.

Vamos então ao hardware utilizado nessa máquina e aos resultados obtidos!

  • Configuração utilizada e resultados:
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CPU: AMD Ryzen 9 3900XT (Obrigado AMD!)

MOBO: MSI B350I PRO AC

RAM: 2x8GB GALAX HOF 4000 CL19 (Obrigado Galax!)

VGA: GALAX GTX1650 Super (Obrigado Galax!)

STORAGE: SSD Crucial BX300 120GB SATA + Hikvision E2000R 1TB (Obrigado Terabyteshop!)

PSU: Silverstone ET750 750W (Obrigado Terabyteshop!)

REFRIGERAÇÃO: Gamdias Chione E1A 120 (Obrigado Gamdias!) e fan Swiftech Helix 120 PWM

GABINETE: Silverstone Sugo SG13

SOFTWARE: Windows 10 x64 2004 (NVIDIA 461.64 ), GPU-Z 2.37.0, HWiNFO64 v6.42, Unigine Superposition, Blender 2.92 + Demo Classroom

EQUIPAMENTOS EXTRAS: UNI-T UT353

  • Objetivo dos testes:

Verificar o nível de ruído e desempenho térmico do Silverstone Sugo SG-13 usando a configuração acima, que no caso, é a máquina de stream/edição de vídeo da página.

A temperatura ambiente no dia dos testes foi de 25,5 °C.

Maiores detalhes sobre os testes e a interpretação dos resultados podem ser encontrados nos textos a seguir.

  • Resultados – Nível de ruído:

Para realizar a medição de ruído, o UNI-T UT353 foi posicionado a cerca de 100 cm da máquina usando a configuração definida abaixo para as ventoinhas, no caso, é um ajuste que visando operação silenciosa.

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A unidade utilizada é o decibel, que se trata de uma unidade em escala logarítmica, em termos práticos, isso significa que o volume dobra de intensidade a cada 3dB, portanto, o dobro de 50dB não é 100 dB e sim 53 dB, entretanto, o ouvido humano apresenta a sensação de volume dobrado com um intervalo maior, entre 8 dBA e 10 dBA. De todo modo, apenas como referência, um ambiente silencioso como uma biblioteca apresenta nível de ruído na casa dos 30 dBA.

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Mesmo durante um teste de estresse pesado como o Blender, o nível de ruído se manteve abaixo dos 40 dBA, o que significa que a máquina apesar de não ser “noiseless” acabou ficando bastante tolerável nesse quesito e com pouca variação em relação ao “Idle”, o que é ótimo, mérito tanto do Silverstone quanto do excelente Swiftech Helix 120 mm que foi utilizado no radiador e que infelizmente inexiste no mercado nacional.

  • Temperaturas:

O primeiro teste é sobre a temperatura da CPU e do VRM da placa-mãe quando submetidos a estresse prolongado para ver como se sairia no pior caso possível. Como é “padrão” aqui no site, foi utilizado o Blender renderizando o demo “Classroom” por 30 minutos com o HWiNFO gravando o ‘log’. As memórias estavam rodando a 3600MHz CL16 e o FCLK em 1800MHz, portanto, 1:1 e a CPU completamente em stock.

E as coisas acabaram ficando quentes! A CPU acabou por estancar nos 90 °C com frequências oscilando entre os 3925 MHz e 3900 MHz e tensão de cerca de 1.2V apresentando leitura de cerca de 86A em carga de acordo com a telemetria do controlador PWM e nessas condições, o VRM acabou estabilizando nos 99 °C.

Essas temperaturas registradas apesar de altas, nesse caso específico, não oferecem riscos ao ‘hardware’ utilizado, afinal de contas, a MSI B350I PRO AC utiliza um VRM de 6 fases com powerstages IR3555 que suportam até 60A e a carga por fase aqui fica na casa dos 15A, então, mesmo considerando-se o “de-rating”, ainda não existe nenhum risco de danificar a placa-mãe por conta da temperatura, de todo modo, as recomendações para quem pretende montar uma máquina compacta com perfil semelhante seriam:. Utilizar uma fonte SFX ou ao menos modular visando melhorar a circulação de ar no gabinete, usar um AIO com radiador maior seja ele de 140 mm ou simplesmente mais largo, usar uma placa-mãe com construção robusta com bons dissipadores no VRM e por fim, limitar o TDP da CPU via BIOS, fazer o ajuste fino ou simplesmente adotar um processador com TDP mais baixo.

Também é necessário novamente ressaltar que esse é o pior caso possível e que outras atividades mais “leves”, por exemplo, jogos ou mesmo rodando um benchmark mais curto como o Cinebench não fazem a CPU nem sequer chegar perto disso, no caso, rodar Cinebench R15 por três vezes seguidas resultou em uma máxima de 78 °C nos CCDs, o que é perfeitamente aceitável, então, é realmente o caso de dimensionar bem as peças utilizadas de acordo com a tarefa que será realizada. 😉

Já para testar a GTX 1650 Super, foi utilizado o Unigine Superposition no preset 1080p High com o GPU-Z gravando o ‘log’ no fundo, com a placa de vídeo rodando em “stock”, porém, com o Power Mod feito, portanto, consumindo e dissipando um pouquinho mais do que se estivesse sem essa alteração.

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Tudo tranquilo com a GTX1650 Super! No caso, a temperatura da GPU teve pico de 75 °C segurando frequências pouco abaixo dos 1900MHz ao fim do teste, o que está consistente com o observado no review da placa, apresentando apenas uma diferença de cerca de 4 °C no delta em relação ao resultado obtido naquela ocasião, muito provavelmente por conta da maior restrição ao fluxo de ar em relação à bancada aberta e também por conta do “Power Mod”, algo que obviamente não havia sido feito no review com a placa completamente original.

  • Conclusão:

Diante dos testes e resultados apresentados, foi possível chegar nos seguintes pontos:

Da qualidade de construção, o Silverstone Sugo SG13 não tem nada que desabone, os materiais utilizados são de boa qualidade, o acabamento geral é decente de forma que ele definitivamente não é desses gabinetes decepadores de dedos e a frente mesmo sendo de plástico, é bem feitinha.

Sobre o projeto interno e impressões da montagem, é necessário observar alguns detalhes antes para facilitar o serviço e posterior manutenção da máquina, especificamente, é uma boa ideia remover todos os suportes e a frente do gabinete antes de montar, além de escolher corretamente as peças que serão utilizadas, por exemplo, se possível adotar uma fonte modular ou até mesmo SFX visando melhorar o fluxo de ar ali dentro, usar um Water Cooler seja AIO ou Custom e dependendo da placa-mãe utilizada dispensar o “escudo” do painel traseiro para uma maior exaustão de ar. De todo modo, essas observações também devem ser pertinentes para outros gabinetes compactos de forma que a experiência de montagem naturalmente difere em relação a outro modelo padrão mATX ou ATX por conta das dimensões, o que definitivamente não implica que ela seja ruim nesse aspecto.

A respeito do desempenho térmico e nível de ruído, a máquina acabou ficando bastante silenciosa, se mantendo abaixo dos 40dBA e com pouca diferença entre “Load” e “Idle”, já sobre as temperaturas, acabaram ficando um tanto elevadas após meia-hora de Blender, no caso, a CPU estancou nos 90 °C e o VRM nos 99 °C, porém, cabe ressaltar que especificamente para o hardware que foi utilizado aqui isso não oferece riscos, contudo, para os que pretendem se aventurar em montar um PC compacto como esse ficam as recomendações de se utilizar uma fonte modular ou até mesmo SFX visando uma melhor circulação de ar, um AIO de 140 mm ou até mesmo uma CPU com menor TDP, de todo modo, para outras atividades menos pesadas como jogos, essas temperaturas ficam em patamares bem mais “tranquilos”. Já em relação, a GTX1650 Super teve máxima de 75 °C no Unigine Superposition, o que está dentro do esperado para essa placa.

Do preço de aquisição, o Silverstone Sugo SG13 pode ser encontrado por valores que vão desde os R$350 até os R$500, o que nas atuais circunstâncias é algo bastante razoável para um gabinete ITX dessa qualidade, portanto, se o que você deseja é montar uma máquina compacta com visual bacana, definitivamente o SG13 é um produto a se considerar!

E o mais importante, fiquem ligados nos canais da twitch e do youtube, onde teremos lives de overclock e mais conteúdo em vídeo para muito breve! 😀

E por hoje é isso pessoal! Dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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4 Responses

  1. Eduardo disse:

    Me dou muito bem com produtos da marca. Atualmente uso uma fonte SST-ST Platinum dela e gostei muito. Mas os filtros ante poeira magnéticos da marca realmente são muito eficientes, pena não encontrar com facilidade. Tive sorte de conseguir comprar alguns, além do que veio com a fonte.
    O gabinete me surpreendeu! Achei bem legal e tem bastante opções de montagem pelo que entendi. Pra quem quer um compacto é uma ótima opção!
    Parabéns!
    É sempre um prazer te ler!
    Grato!

    • Fala Eduardo,

      A Silverstone é um fabricante bem antigo que costumava ter boa reputação, é bom saber que continuam com essa mentalidade, ao menos nos produtos que peguei aqui recentemente (uma fonte e esse gabinete).

      Obrigado!

  2. Nícolas Françoso Mattana disse:

    Excelente maquina. Sempre tive vontade de ter um PC compacto, mas tenho muito medo de não caber as coisas.
    Sendo um pc para Streaming/Edição de Video, vale a pena citar que o NVenc Turing (séries 16/20/30) tem qualidade superior ao x264, alem de codificar mais rapido e provavelmente utilizando menos energia, pois usa muito pouco da GPU. (fonte: https://www.youtube.com/watch?v=ccoOGfX9qxg )

    • Olá Nícolas,

      Um dos pontos por ter usado a GTX 1650 Super nessa máquina foi justamente o NVENC. De fato, é um ponto importante nessa aplicação e acabei não abordando no artigo, focando mais na apresentação e desempenho do gabinete.

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