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Review – SSD Sabrent Rocket 4 Plus-G 2TB – O primeiro SSD PCIe 4.0 preparado para Direct Storage!

Hoje, testaremos um SSD NVMe da fabricante norte-americana Sabrent, do segmento topo de linha, modelo Rocket 4 Plus-G. Neste teste, constataremos o modelo de 2TB que nos enviaram, entretanto, vale ressaltar que este é um line-up novo baseado nos modelos antecessores Rocket 4 Plus que já analisamos 3 unidades, a de 1TB, 4TB e a de 8TB.

Algo peculiar deste novo line-up, fora suas diferenças físicas que veremos logo mais, é o foco com o qual este produto foi lançado. Nestes novos produtos vemos que eles vieram com firmware customizados diferentes dos originais das 2 primeiras variantes do Rocket 4 Plus, nesse line-up vemos que ele acompanha o firmware apelidado do O₂ GO Firmware, cujo foco primário é o Direct Storage.

2tb

Podemos observar que este novo line-up vem no formato M.2 com barramento PCIe 4.0 x4 de 64Gbps junto do protocolo NVMe 1.4 e com capacidades que variam de 1TB até 4TB, desta vez não temos SSDs de 500GB e o de 8TB. O preço de MSRP destes SSDs fica por volta de U$169,99 na unidade de 1TB, U$299 na unidade de 2TB, e U$699 na unidade de 4TB, o que está bem elevado considerando que nas unidades anteriores do Rocket 4 Plus custavam, U$99 (1TB), U$199 (2TB) e U$599 (4TB) respectivamente.

Veremos no decorrer do review se esta diferença de preço realmente vale a pena, não apenas em cenários casuais, mas em cenários mais típicos do Direct Storage.

Especificações do SSD

A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD a ser testado (unidade de 2TB):

specsheet sabrent rocket 4 plus g

Software SSD

Felizmente, a Sabrent oferece uma boa gama de programas para utilizarmos em seus SSDs, programas que vão desde leituras do SMART até opções mais avançadas como atualização de firmware.

sabrent rocket control panel

Fora isto, a Sabrent possui também uma licença para o software “Acronis True Image“, que disponibiliza diversas funcionalidades, tais como: criação de imagens de backup, proteção contra-ataques de Ransomware, recuperação de imagens de disco, dentre diversas outras opções.

acronis true image 1

Unboxing

Nossa unidade, foi enviada o SSD em uma embalagem preta contendo em sua parte frontal apenas uma foto ilustrativa do modelo. Em sua parte traseira, podemos observar apenas seu código de barras com demais informações como número de serial do produto.

Ao abrirmos esta pequena embalagem vemos uma linda case metálica na cor roxa que até parece ser RGB ao movimentá-la sob a luz. Vemos também que o SSD vem bem embalado com uma fita protetora sobre ele para impedir que ele saia do encaixe da case durante transporte, fora isso ele também acompanha um manual de instalação.

Agora veremos algumas fotos de ambos os lados frontais e traseiros do SSD. Algo que acaba se destacando bastante é o “dissipador” incluso no SSD que traz um efeito translúcido que ao movimentar uma luz sobre ele gera-se diversas cores que traz um charme para o produto, que no seu antecessor possuía apenas esse dissipador na cor bege mais “sem graça”.

Para os interessados, a Sabrent oferece também duas versões de dissipadores bem robustos que podem ser comprados separadamente, o primeiro foi lançado junto dos Rocket 4 Plus que analisamos, e este novo possui um design idêntico, mas com esse novo esquema de cores, que honestamente ficou lindo.

Ambos são vendidos separadamente por um preço de U$29,99, porém em promoção na Amazon ou Newegg podem sair próximos de U$20. Há também um bundle de SSDs junto deste dissipador caso a pessoa deseje comprar.

Este dissipador aparenta ser compatível com o Playstation 5, porém devido sua altura, gera incompatibilidade para instalar placas caso o Slot M.2 se localize debaixo da placa de vídeo.

Acima podemos ver um pouco mais de ambos os lados do PCB deste SSD, vemos que na parte frontal do seu PCB, vemos 7 componentes principais, seu controlador, sua DRAM Cache, o PMIC e 4 NAND Flashs.

Já em seu PCB Traseiro vemos apenas mais 4 NAND Flashs junto de 1 chip de DRAM Cache.

Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, faz com que o SSD tenha um bom desempenho.

SSD Sabrent Rocket 4 Plus G 2TB Controller

Este SSD usa um controlador high-end da Phison: o PS5018-E18-41, modelo ISA ARM 32-bit de “5” núcleos Cortex® R5 (Penta-core) com processo de fabricação da TSMC de 12nm. Trabalha com clock de 1 GHz em seus núcleos principais. Neste caso, este controlador é comum em outros projetos de SSDs topo de linha como Corsair MP600 HydroX, MP600 Pro,  Galax Hall of Fame Extreme, os novos Aorus Xtreme dentre outros modelos como próprio Sabrent Rocket 4 Plus que testamos no passado.

Neste caso, trata-se de um controlador triple-core, ou seja, com 3 núcleos principais que fazem o gerenciamento das Nands, com suporte à tecnologia chamada “CoXprocessors” – que nada mais é que outro núcleo Dual-Core Cortex® R5 com frequência bem reduzida (geralmente 200~300 MHz) no intuito de realizar tarefas mais simples e preditivas, assim, é possível diminuir a carga dos 3 núcleos principais, além do consumo elétrico e dissipação de calor que pode gerar thermal throtling, tendo em vista que este SSD pode chegar a consumir quase 9W.  Uma destas funções, por exemplo, é cuidar de trechos repetitivos de códigos e funções de firmware que os núcleos principais não teriam necessidade de fazer, além de gerenciar o armazenamento de dados na DRAM Cache, enquanto isso, os núcleos principais são alocados para tarefas como Escrita/Leitura/Host.

Este controlador também possui suporte para até 8 canais de comunicação com barramento de até 1600 MT/s, aonde cada um desses canais possui suporte até 4 comandos Chip Enable, o que possibilita este controlador se comunicar com até 32 Dies simultaneamente utilizando a técnica de Interleaving.

DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table), com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.

SSD Sabrent Rocket 4 Plus G 2TB DRAM

Como podemos observar na imagem acima, este SSD de 2 TB utiliza dois C.I.s como DRAM Cache, sendo este Chip da SK Hynix modelo, “H5AN8G6NDJR-XNC”, que é um chip do tipo DDR4 de 8Gb de densidade (1 GB), totalizando 2GB, que opera em frequências de até 3.200 MT/s com latências CL-22-22-22, porém, devido à limitação do IMC integrado no próprio Phison E18, este Chip DRAM Cache opera em 2666 MT/s com latências menores, aonde neste barramento, é a velocidade máxima de seu controlador de memória.

NAND Flash
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 2TB possui 8 chips Nand flashs marcados como “IA7GB94AYA”. Tratam-se de Nands da fabricante norte-americana Micron, sendo neste caso dies de 512Gb (64GiB) contendo 176-Layers de dados sendo um total de 195-layers gerando uma “Array Efficiency” de 90.3%.

SSD Sabrent Rocket 4 Plus G 2TB NAND

Neste SSD, cada NAND Flash possuem 4 dies de 512Gb de densidade totalizando 256 GiB por cada NAND Flash, sendo que cada die se comunica com o controlador a uma velocidade de barramento de 1600 MT/s (800 MHz), o que já é um ponto diferente dos seus antecessores Rocket 4 Plus, aonde as NANDs trabalhavam a uma velocidade de 1200 MT/s (600 MHz), esta velocidade extra pode impulsionar ainda mais o desempenho destes dies B47R.

Outro ponto que fez este SSD ter um desempenho incrível é que por ser um SSD de 2TB e ter dies de 512Gb (64GB), ele tem ao todo 32 dies, que desta forma faz com que extraia o desempenho máximo do controlador tendo em vista que ele se comunica com até 32 dies de forma nativa.

Este dies possuem uma nova topologia da Micron conhecida como Replacement Gate (R.G.) que basicamente combina a arquitetura de Charge trap com a tecnologia de CuA (CMOS-under-Array) o que faz desta forma com que o Peripheral Circuitry não ocupe um espaço desnecessário no die, permitindo desta forma termos dies de tamanhos de até 30% menores.

Outra inovação que eles fizeram foi que eles conseguiram diminuir bem a complexidade nos processos de “programming” e até mesmo o Overhead graças a troca dos Silicon Gates que costumavam usar Polysilicon, agora usam apenas metal, junto disto estão usando outra técnica de “Etching que seria a furação que eles utilizam para colocar os circuitos e strings, diminuindo a resistência.

image 1

Com isto estes Dies conseguem um throughput cerca de até 35% maior em comparação as NANDs B27B que são as Micron de 96-Camadas da penúltima geração lançadas à alguns anos atrás.

PMIC (Power Delivery)

exemplo pmic

Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum funcionamento, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts até próximo de 10 W, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes. 

SSD Sabrent Rocket 4 Plus G 2TB Controller

Como vimos ao mencionar seu controlador este SSD possui o tradicional PS6108-22 C.I. que a Phison costuma utilizar como PMIC em seus principais SSDs.

SSD Power States

Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

Sabrent Rocket 4 Plus G 2TB

Novamente constatamos que este SSD possui 5 power states principais, aonde possui valores um pouco menores que o Sabrent Rocket 4 Plus de 4TB. Sendo que seu PS0 que é o Power State mais ativo possui um valor de 8.8W, embora ao testamos vemos que o SSD consumiu cerca de mais de 9.4W.

Ele possui também 2 power states principais em Idle com consumo aproximado de 62mW e 44mW além de um power state PS2 de 5.2W, cujo em nossa bateria de testes veremos que ele consumiu próximo de 4.6W.

CURIOSIDADES SOBRE O SABRENT ROCKET 4 PLUS-G 2TB E SOBRE DIRECT STORAGE

Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.

Felizmente a Sabrent não possui múltiplas variantes deste SSD, embora ele tenha sido lançado recentemente, existe a possibilidade de que no futuro haja a troca por dies TLC mais rápidos, mas ai também ninguém vai reclamar não é 😂?

Mas por que implementar o Direct Storage? Como ela funciona? Veremos um pouco mais sobre isto agora.

A API de armazenamento do Microsoft Windows foi projetada para melhorar o desempenho de armazenamento, especificamente, aproveitando os rápidos SSDs NVMe, porém, adaptar as unidades para obter o desempenho ideal extrairá as velocidades mais rápidas. A API será melhor no Windows 11, mas também funcionará no Windows 10.

A ideia geral é que a sobrecarga do sistema de armazenamento pode ser reduzida eliminando ineficiências através do BypassIO, um caminho otimizado para o driver StorNVMe e o dispositivo de armazenamento que reduz significativamente o número de etapas necessárias para acessar os dados. Por exemplo, o BypassIO reduz o caminho de acesso de 11 etapas para apenas três, o que resulta em uma redução significativa da carga da CPU e da latência. O SSD NVMe pode então ser usado como uma espécie de cache para os ativos e dados em fluxo, aliviando a carga da VRAM da GPU. Além disso, a descompressão acelerada por GPU promete melhorar ainda mais o desempenho no futuro.

DESAFIO QUE O DIRECT STORAGE PRETENDE RESOLVER

Entretanto, tudo isso apresenta um desafio para SSDs mais convencionais que encontramos no mercado, pois eles são projetados para lidar com cargas de trabalho intermitentes, ou seja aquelas que ocorrem de forma repentina e não são demoradas, ao invés das sustentadas. Os testes personalizados da Phison indicam que é necessário um SSD robusto, capaz de suportar uma leitura de dados por várias horas consecutivas – sendo que uma taxa de transferência de pelo menos 2,5 GBps é o mínimo para baixa qualidade, mas é desejável que essa taxa seja de 5 GBps ou superior.

Geralmente as métricas que são utilizados para desempenho de cenários casuais que um usuário comum consiga notar são em blocos de 4 KiB com filas(queue depth) de baixa profundidade que podem variar de 1 2 ou até 4 dependendo da carga de trabalho e programa utilizado.

No entanto, o DirectStorage utilizará grandes acessos de leitura aleatória em profundidades de fila muito altas. Estamos lidando, portanto, com tamanhos de bloco grandes, acima de 16-32KB, e profundidades de fila acima (queue depth) de 256-512, o que é representativo de uma carga de trabalho potencial do DirectStorage.

Direct Storage Fluxo de Acesso 3

Mas isso pode apresentar um problema, pois este tipo de carga de trabalho também pode prejudicar a durabilidade dos blocos dos SSD, devido a um fenômeno conhecido como Read Block Disturb, que gera um desgaste físico nos blocos que foram lidos com mais frequência e acaba gerando uma degradação em sua vída útil e durabilidade, portanto, os SSDs vão ter de saber lidar bem com isso, pois um game pode ler mais que 10.000, 15.000 páginas por hora dependendo do game e como foi implementado e seu tamanho.

PHISON I/O+ FIRMWARE

O Block Read Disturb é um problema que dificilmente é abordado em SSDs de mercado consumidor devido ao jeito que eles se comunicam com o sistema operacional e gerenciam suas requisições de I/O. No entanto, devido à natureza intensa das cargas de trabalho do DirectStorage, o novo firmware precisa gerenciar cuidadosamente o desgaste da NAND Flash, enquanto ainda prioriza as solicitações de IE/S do sistema operacional. A leitura constante da NAND Flash pode gerar erros de bits ao longo do tempo, podendo temporariamente impactar o desempenho do SSD, mas como o acesso ao SSD contínua em alta demanda, é importante manter o desempenho consistente. Para isso, a Phison desenvolveu um agendamento inteligente de manutenção com algoritmos de desgaste adaptativos que trabalham em segundo plano, garantindo um desgaste mínimo adicional e um desempenho consistente.

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 21H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 21H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 3050 Gigabyte Gaming OC (Drivers: 526.xx)
– Armazenamento (OS): SSD SK Hynix Platinum P41 2TB (Firmware: 51060A20)
– SSD testado: SSD Sabrent Rocket 4 Plus-G 2TB (Firmware: R4P47G.1)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.

ONDE COMPRAR

A seguir estarei listando alguns links afiliados no Amazon para quem tiver interesse em comprar estes SSDs.

Sabrent Rocket 4 Plus 500GB

Sabrent Rocket 4 Plus 1TB

Sabrent Rocket 4 Plus-G 2TB

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Ao testarmos suas velocidades sequenciais podemos notar ele apresentou resultados incríveis, principalmente em sua escrita, vemos que ele acabou tomando a liderança, embora seja por uma vantagem bem pequena, mas é bem difícil encontramos SSDs que ultrapassem os 7GB/s de escrita sequencial.

Já em suas latências, vemos que ele se saiu de forma quase idêntica aos seus antepassados, Sabrent Rocket 4 Plus, pois querendo ou não, ambos são quase idênticos em todos os sentidos, tendo apenas a diferença do barramento das NANDs maior, que influencia mais em desempenho aleatório.

Ao testarmos suas velocidades aleatória em Queue depth de 4, vemos que houve uma melhora em relação ao line-up anterior, principalmente em sua escrita que alcançou o topo do placar.

Ao alocarmos apenas 1 thread para melhor representar uma carga de trabalho típica do dia a dia, mesmo um SSD voltado ao direct storage como esse ainda sim possui um desempenho muito similar aos demais, tendo apenas uma vantagem maior em sua escrita novamente.

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Neste teste, foram feitas 3 configurações de acessos entre diversas configurações de queue depth desde QD1, que representam um uso do dia a dia, quanto QD16, que já se torna bem surreal, mais comparável com ambientes virtualizados.

Oficialmente a Sabrent não divulga informações de seu desempenho aleatório, mas podemos ver que nesses cenários mais “típicos” ele obtem ótimos resultados em comparação com outros, e vemos que ele consegue alcançar de fato os supostos rumores de 1.000.000 de IOPs.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, vemos que o Rocket 4 Plus Gaming em blocos muito pequenos se sai na frente dos demais SSDs em sua leitura e permanece em boa parte do tempo no meio da briga. Apenas em sua escrita que em plocos acima de 4KB até 128 KB que seu desempenho foi um pouco abaixo do esperado, mas depois que passamos para cenários sequenciais mais convencionais com blocos de 1 MiB para cima ele retoma a liderança.

Em Queue depth de 1 podemos observar este mesmo comportamento novamente.

3DMark – Storage Benchmark

3dmark storage benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

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Vemos que neste benchmark com traces mais realistas e tradicionais de uso cotidiano, o novo line-up da Sabrent alcançou um resultado superior ao antecessor, sendo que a unidade de 2TB ultrapassou até mesmo a de 4TB do line-up anterior.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

pcmark10 fb og

Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

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Já neste outro benchmark um pouco mais antigo cujo foco maior era em produtividade, vemos novamente que ele se sai melhor que os demais SSDs do line-up passado, porém por uma diferença bem pequena.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

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Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, vemos novamente que ele apresentou um resultado decente, porém, curiosamente, foi levemente inferior ao de 1TB do line-up antecessor, mas se saiu melhor que a unidade de 4TB.

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho. 

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Neste game vemos que o firmware focado em direct storage pode ter beneficiado um pouco o SSD, mas a diferença é muito pequena, considerando que este game não possui Direct Storage.

Neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, vemos que o Sabrent se saiu razoavelmente bem, no windows 10 ele acaba se saindo melhor apenas que o próprio irmão de 8TB, já no windows 11 ele ultrapassou o SN850.

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).

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Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC Cache deste SSD, já que o fabricante muitas vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache dinâmico, de cerca de 218GB à 220GB, conseguindo manter velocidade média de ~ 7032 MB/s até o fim do buffer, o que foi uma velocidade muito alta para este teste, considerando que boa parte dos SSDs Gen4 se quer batem a meta de 7 GBps de escrita.

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Após ter gravado 220GB, ele começou a escrever nos blocos programados nativamente como TLC, aonde gravou de 221GB até 1755GB, ou seja, gravou mais de 1500GB em forma TLC nativa, cuja a média foi de 3786 MB/s. O que é uma velocidade insanamente rápida para um SSD, já logo após sua nativa TLC, ele entrou no processo de folding e caiu ainda mais para uma média de 1671 MB/s, que representa o SSD em seu pior desempenho, mas como veremos adiante, no pior cenário deste SSD, ele acaba dando uma surra em diversos outros SSDs até mesmo mais caros que eles.

No geral, sua média contando sua nativa em adição à sua velocidade em folding foi cerca de 3159 MB/s, o que foi cerca de quase o dobro a unidade de 1TB, isso devido ao fato da unidade de 2TB ter o dobra da quantidade de dies da de 1TB, e vemos também que ele obteve o mesmo desempenho da unidade de 4TB. Isso devido ao fato da “limitação” do controlador Phison E18 de conseguir se comunicar diretamente com apenas 32 dies, sendo que o e 4TB possui 64 dies.

Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele não conseguiu recuperar se quer 1GB de SLC Cache durante a bateria de testes, o que é normal neste controlador E18 com dies B47R.

Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) e sua versão extraída com o Winrar para uma pasta contendo 1.874 arquivos menores juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

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Utilizando a ISO do Windows 10 de 6.2GB, observamos que ele apresentou o mesmo tempo do NV7000 de 2TB, o que foi um ótimo resultado se saindo levemente superior à unidade de 4TB.

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Já ao utilizarmos a pasta descompactada do CSGO medindo mais de 25GB vemos que é possível notarmos uma diferença um pouco maior dentre os SSDs Gen4.

Vemos que o Sabrent se sobressai em comparação a alguns Gen4 como o S70 Blade, e apresentou um empate técnico com o SN850 e o seu irmão Rocket 4 Plus de 4TB.

TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.

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Como podemos observar, o SSD acaba esquentando bastante, da mesma forma que seu antecessor esquentava. Algo interessante foi que mesmo utilizando o dissipador topo de linha que a Sabrent inclui, ele conseguiu ficar ainda mais quente, isso parece bizarro não? Mas aí que notamos algo relacionado a sua velocidade que mostraremos a seguir.

Podemos ver que, ao compararmos no primeiro gráfico relacionado a temperatura, observamos que, sem o dissipador o SSD acaba tendo um incremento em sua temperatura de forma mais rápida em comparação de quando tempos o dissipador. Mas por que com dissipador ele esquentou mais?

No segundo gráfico é possível observar que, sem o dissipador, ao passarmos de 100 segundos sua velocidade despenca devido ao thermal throttling para velocidades baixíssimas de menos de 100 MB/s, após esfriar um pouco sua velocidade subia novamente para próximo de 4GB/s até esquentar novamente próximo dos 75ºC, o que fazia com que sua velocidade despencasse novamente, isso ocorreu até o final do teste.

Já ao utilizarmos o dissipador, vemos que ele conseguiu segurar a temperatura de forma mais consistente permitindo o SSD gravar a uma velocidade bem mais elevada por um maior parte do tempo, ele ficou gravando próximo de 4 GB/s até depois de 400 segundos, e então o ssd entrou no processo de folding próximo de 2GB/s, apenas depois disto que vemos que o dissipador não tinha mais condições de arrefecer o calor deste SSD, onde sua velocidade despenca para baixo de 100 MB/s, mas isso muito próximo do final do teste, portanto, utilizar um bom dissipador neste SSD é uma excelente vantagem.

CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA

SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.

quarch programmable power module
Agradecimento especial a Quarch Solutions por enviarem esta unidade para testes

Neste trecho da análisem utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.

Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.

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Em termos de eficiência vemos que ele se sai muito bem, isso se deve ao fato que embora seu consumo médio tenha ficado um pouco elevado, uma média de 4,62W, a velocidade que ele sustentou durante o teste foi acima de 3.100 MB/s, o que gerou este resultado superior a todo line-up anterior da própria Sabrent, ficando levemente abaixo do Asgard AN4.

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Obviamente, um SSD tão bruto quanto este deve ter algum ponto negativo, e sim neste caso é seu consumo elétrico que é bem elevado, aonde em seu máximo consumiu cerca de 9,45W. Mas felizmente foi abaixo da unidade de 4TB do line-up anterior.

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E como havíamos mencionado em sua eficiência, sua média geral de consumo foi quase idêntica ao Sabrent Rocket 4 Plus de 4TB o que é um bom resultado para um SSD com metade de capacidade, ficando abaixo do NV7000 de 1TB.

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Por último e mais importante, teste em Idle, o qual é o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia. Constatamos que ele apresenta um ótimo consumo em Idle sendo também uma boa escolha para Laptops cujo ainda pode acabar consumindo ainda menos.

Conclusão

Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?

Em relação a line-up anterior, vemos que houve uma diferença embora não seja tão grande em cenários mais tradicionais, isso devido ao fato que esta API da Microsoft ainda está em desenvolvimento e essa é a primeira geração de SSDs a implementá-la. Tudo isso acarreta um certo custo, mas claro que preço e desempenho são as principais características que devemos olhar em um SSD.

E neste SSD vemos que em quesito de desempenho ele não deixa a desejar, entrega ótimos resultados, até mesmo superiores em vários cenários em comparação em relação a seus antecessores, mas em cenários de mundo real vemos que enquanto essa API não estiver 100% madura e bem otimizada fica complicado justificar a diferença de U$100 para ter quase que o mesmo desempenho.

Portanto, para quem for entusiasta ou quem deseja ter o melhor dos dois mundos vale com certeza o investimento, mas se formos analisar pelo “Custo por Gigabyte”, o preço está totalmente fora de órbita.

VANTAGENS

  • Velocidades Sequenciais excelentes, principalmente de escrita, poucos Gen4 batem 7 GB/s.
  • Velocidades Aleatórias excelentes, uma diferença maior para seus antecessores.
  • Latência – Bons resultados tanto em leitura e escrita
  • Excelente desempenho em cenários práticos e até em ambiente profissionais
  • SSD já acompanha um firmware modificado preparado para Direct Storage.
  • Incrível construção interna, utiliza um ótimo controlador com ótimo dies
  • Não sofre variação de componentes internos
  • Volume de pSLC Cache de ótimo tamanho
  • Velocidade nativa sustentada de escrita incrivelmente alta, próxima de 4 GB/s
  • Bundle de Software com algumas funcionalidades
  • Bom nível de durabilidade embora a de 4TB tenha “200TB” a menos que a anterior
  • Excelente nível de eficiência em consumo elétrico
  • Baixo consumo elétrico em idle
  • Garantia de Nacional de 5 Anos (caso não registre no site são apenas 2 anos)

DESVANTAGENS

  • SSD esquenta bastante e sofre thermal throttling em cargas muito longas e pesadas
  • SLC Cache só se recupera com o uso do TRIM
  • Não há garantia no Brasil
  • Preço muito elevado.

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2 Responses

  1. Rivotril ® disse:

    Excelente review como sempre, e ótimo ssd de fato. Mas é uma pena esse preço proibitivo para o semiescravo brasileiro.
    Estava vendo um SSD no Ali chamado Miwhole ct300, tem um preço bem camarada e promete altas taxas de leitura ( 7500 MB/s ), o curioso é que ele é dram-less. O controlador é um Maxio MAP1602, e pelo que pesquisei é encontrado em ssd de baixo custo com velocidades na casa dos 5000 MB/s, será que vale a pena ou seria uma cilada haha?
    https://pt.aliexpress.com/item/1005005237448593.html?gatewayAdapt=glo2bra

    • Gabriel Ferraz - Analista de Armazenamentos disse:

      Esse controlador é muito bom mesmo sendo um chinês e tendo apenas 4 canais, aparenta ser uma escolha boa

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