Review – 2x16GB Teamgroup Vulcan DDR5 6000CL38 – Uma opção de entrada com chips Hynix M-Die 16-Gbit

Fala pessoal, tudo bom?

Nessa review iremos analisar um kit de memória DDR5 da Teamgroup, da série Vulcan DDR5, que oferece modelos que vão dos 5200 aos 78000 MT/s, em módulos de 8, 16 ou 32 GB, podendo ser adquiridos separadamente ou em kits de 16 GB, 32 ou 64 GB. O produto dessa análise são dois módulos de 16 GB, formando um kit de 6000 MT/s, timings 38-38-38-78 e tensão de operação de 1.25V.

Os pentes de memória vem em uma caixa retangular com uma ilustração do produto, logomarca da fabricante e modelo, enquanto na parte de trás, novamente, existe destaque ao modelo e uma etiqueta constando as suas especificações, onde o código dessa memória é FLBD532G6000HC38ADC01.

Em relação ao dissipador, para essa série, a Teamgroup optou por um dissipador de alumínio simples cujas partes são encaixadas uma na outra, apresentando thermalpads tanto nos chips de memória quanto no PMIC, o que é ótimo. O exemplar testado não possui qualquer tipo de iluminação.

A respeito dos chips, são os SK Hynix M-Die de primeira geração, portanto, de 16-Gbit. Esses chips foram substituídos pelos A-Die há algum tempo e por isso não são mais produzidos, o que sugere que a Teamgroup deve ter uma boa quantidade deles a disposição para ainda estar oferecendo um produto fabricado em 2024 com eles.

Em relação aos A-Die, esses ‘antigos’ M-Die tem um teto de frequência mais baixo, geralmente não indo muito além dos 7000 MT/s sem uso de algum sistema de refrigeração mais exótico, contudo, eles são capazes de operar com timings bastante agressivos, o que ainda atende bem no caso dos Ryzen 7000 com MCLK:UCLK em 1:1.

Sobre o PMIC, que é o circuito integrado responsável pela alimentação do módulo de memória, foi adotado uma unidade da Richtek, a qual é compatível com o “High Voltage Mode”, permitindo VDD/VDDQ acima de 1.43V em placas-mãe que suportem o recurso.

E aqui é possível ver os perfis XMP e EXPO que vem gravados no SPD desse módulo, que também confirmam a fabricante dos chips e do PMIC.

Caso tenha interesse, a página do produto no site da fabricante pode ser acessada nesse link.

Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 8700G e Ryzen 9 7900 (Obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair X670E Gene

RAM: 2x16GB Teamgroup Vulcan DDR5-6000CL38 1.25V – FLBD532G6000HC38ADC01 – (Obrigado Teamgroup!)

GPU: Powercolor RX 6800 XT Red Devil 16 GB

PSU: Coolermaster MWE 1250 Gold V2 (Obrigado Cooler Master)

COOLER: 1STPlayer TS-360

SSD: Goldenfir 256GB NVMe

Software: Windows 10 x64, TM5 0.12 1usmus, Geekbench 3.4.4, y-cruncher 1b, Horizon: Zero Dawn e Shadow of the Tomb Raider.

Objetivo e metodologia dos testes:

Descobrir qual o limite para uso diário das Teamgroup usando o Ryzen 7 8700G, aproveitando-se do poderoso controlador de memória integrado a esses processadores, que permite explorar os limites da memória e também um ajuste 1:1 usando o Ryzen 9 7900.  Para facilitar a compreensão dos resultados, eles foram separados em dois grupos:

1) XMP/EXPO: O objetivo aqui é testar se é possível operar com estabilidade usando o perfil EXPO, caso disponível, e XMP de fábrica, eliminando aquele teste de overclock que costumávamos fazer nessas condições.

Essa mudança foi necessária por conta desse “overclock fácil” não fazer mais sentido, pois nas DDR5, os ganhos de se fazer isso beiram o inexistente, já que as placas-mãe costumam relaxar muito os subtimings, anulando os ganhos com o overclock.

2) 24/7 com ajuste fino: E aqui, foram feitos ajustes manuais em todos os parâmetros possíveis visando obter o melhor resultado possível com viabilidade para uso diário, indo ao limite dos modos 1:1 e 1:2.

Nos casos 1 e 2, foram utilizados o TM5 0.12 1usmus para verificar estabilidade, o Geekbench 3.4.4 e y-cruncher 1b para ter uma melhor ideia do desempenho em benchmarks sintéticos, o Horizon: Zero Dawn e o Shadow of the Tomb Raider para ter noção dos ganhos em jogos, onde foi usada a ferramenta de benchmark integrada em 1080p com o perfil de qualidade máxima.

Para esses testes, ambas CPU foram travadas em 4.8 GHz, com FCLK 2266 MHz no 8700G e 2133 MHz no R9 7900. É necessário lembrar que para os Ryzen AM5, não existe mais aquela observação para se manter o FCLK trabalhando na mesma proporção do clock da memória, ou seja, antes de partir para o ajuste dessas ultimas, é interessante testar o limite do FCLK, que para os Ryzen 7000 ficará entre 2000 e 2200 MHz e os Ryzen 8000, 2200 e 2700 MHz.

Timings – AMD

• XMP / EXPO:

Para esse modelo, a Teamgroup optou por incluir perfis XMP e EXPO para DDR5-6000 e DDR5-5600, os quais funcionaram bem em ambos os processadores usados nesse artigo.

• 24/7 com ajuste fino:

Ao fazer os ajustes finos, foi possível melhorar vários timings e atingir os 7200 MT/s com o R7 8700G, para isso, foi necessário subir o VDD/VDDQ para 1.5V, algo considerado totalmente seguro para essas memórias DDR5 com chips Hynix M-Die e atestado pelo datasheet desses chips.

Por não se tratar de uma frequência muito alta, não foram necessários maiores ajustes nas terminações, bastando acertar a mão nos timings e tensões para a mágica acontecer. Interessante notar que o R7 8700G conseguiu trabalhar com tRFC extremamente agressivo com 7200 MT/s, algo impossível para os Ryzen 7000, mesmo com frequência menor.

Já com o Ryzen 9 7900, foi possível atingir os 6400 MT/s com CL30 e tRFC agressivo para esse processador, o que deve render bom desempenho no modo 1:1 nos processadores dessa geração.

Apesar de limitar esses testes até no máximo 1.5V de VDD/VDDQ, ao subir o VDD para 1.6V foi possível baixar os timings principais para 28-37-37-30-450 mantendo os 6400 MT/s, lembrando que nesse caso, é mais do que recomendável manter uma fan soprando diretamente nas memórias, já que erros e instabilidade podem surgir com temperaturas acima dos 50ºC.

Benchmarks:

A seguir, temos os números de desempenho no sub teste de memória do Geekbench 3.4.4, no y-cruncher 1b,no Horizon: Zero Dawn e Shadow of the Tomb Raider com a RX 6800 XT, que foram incluídos para dar uma dimensão dos ganhos ao fazer overclock na memória e ajustar os timings.

É claro que esses números podem ser diferentes em outros processadores e plataformas, por exemplo, o desempenho com frequência de memória mais elevada costuma ser mais perceptível nos Intel de 12ª/13ª/14ª geração, enquanto nos Ryzen 7000, o ganho em jogos tende a ser nulo no modo 1:2, mesmo em 8000 MT/s.

Lembrando que todos esses resultados passaram no teste de estabilidade do TM5 0.12 v3 e ao menos especificamente para essas amostras, representam algo que pode ser usado diariamente.

Conclusão:

O kit Teamgroup Vulcan DDR5 de 32 GB (2×16 GB) DDR5-6000, apresentou boa compatibilidade com a plataforma AMD, funcionando normalmente tanto nos Ryzen 7000 quanto 8000, usando todos os perfis integrados.

Com o ajuste manual, com o Ryzen 7 8700G foi possível atingir os 7200 MT/s com timings bastante agressivos, com destaque ao tRFC. Infelizmente, esses chips M-Die de primeira geração costumam ter dificuldades para ir muito além disso sem recorrer a refrigeração extrema ou módulos binados de maneira agressiva, contudo, são tão bons quanto os A-Die quando o assunto são os timings, algo que foi possível ver ao testa-los com o Ryzen 9 7900, com 6400 MT/s, modo 1:1 e bons ajustes para uso diário.

Em relação à disponibilidade e preço, esse kit da Teamgroup pode ser encontrado no mercado local por cerca de R$400 com os pentes vendidos individualmente, o que é um valor bem razoável para memórias com essas especificações, dito isso, se você procura um kit de entrada para fazer par com um Ryzen 7000, essa pode ser uma opção a se considerar, pois apesar da limitação na frequência máxima, elas são capazes de trabalhar com timings agressivos no modo 1:1, ainda sendo melhores que as opções equipadas com chips Samsung e Micron.

E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

Gostou desse artigo? Ele lhe foi útil? Contribua com o apoia-se da página para que seja possível continuar trazendo novos conteúdos aqui na The Overclocking Page!