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GA-EP45-UD3P + E7400 – Revisitando a plataforma 775!

Fala pessoal, tudo certo?

Overclock “retrô” não é algo exatamente novo por essas bandas, em setembro, postei uma série de artigos sobre a preparação de uma A7N8X-X com o EPOWER V visando o uso em overclock extremo e no caso, escolhi essa plataforma devido a ter a placa-mãe “vítima” e vários CPUs disponíveis, entretanto, os velhos Athlons não suportam rodar vários benchmarks recentes por falta de suporte a instruções SSE2 em diante, por isso, nesse caso fiquei restrito a apenas benchmarks “clássicos” rodando no Windows XP.

Dessa vez, irei abusar da plataforma 775, que chegou no mercado em 2004 em substituição do antigo socket 478 e teve vida muito longa, sobrevivendo até 2011 como uma opção de baixissimo custo. Essa plataforma é meio que uma lenda por conta da quantidade gigantesca de CPUs suportadas, enorme variação de placas-mãe com diferentes chipsets e suporte a pelo menos três gerações distintas de memória (DDR, DDR2 e DDR3) e também a diferentes barramentos como AGP e PCIe, sendo que até hoje essa uma das melhores opções para brincar de 3dmark com placas de vídeo AGP.

Para esse artigo, irei utilizar a Gigabyte GA-EP45-UD3P, no qual trata-se de uma placa lendária a sua época por conta da sua capacidade de atingir FSB bastante elevados (500+) com CPUs Quad Core, além de ir muito bem no overclock das memórias e tudo isso sem quebrar o caixa de ninguém, sendo vendida por cerca de $135 em sua época. 😉

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Como o negócio aqui é overclock extremo e não fazer uma análise da placa-mãe, destaco algumas qualidades construtivas da mesma que em grande parte foram responsáveis por fazer desta placa uma lenda: Em primeiro lugar, a Gigabyte garante suporte de memórias DDR2 1366+, o que é particularmente alto, meio que comparável a algo como “DDR4 5000” hoje em dia e eles conseguiram isso fazendo um excelente trabalho no layout da placa, pois reparem na foto acima que os slots estão posicionados um pouco mais a abaixo do que o “normal”, de forma a ficarem o mais próximos possível da ponte norte (P45) que é onde o controlador de memória está localizado, então, desse jeito a distância entre esse ultimo item e as memórias é menor, o que colabora muito com a integridade de sinal em altas frequências.

Também é digno de destaque o robusto sistema de dissipação de calor do VRM+Chipset usando heatpipe e dissipadores cuja função veio antes da forma, algo um tanto incomum de se ver hoje em dia, o suporte a dual bios, que até hoje é meio que marca registrada do fabricante e o VRM de 6 fases usando um mosfet de alta e dois de baixa, algo que aliado aos robustos dissipadores, é mais do que o suficiente para qualquer CPU disponível para esse socket.

Nesse primeiro teste, utilizarei meu kit de memória 2x1GB DDR2 Crucial Ballistix DDR2-1000CL5 com os lendários chips “Micron D9GMH” sendo que esse kit em especifico foi capaz de superar a marca dos 1600MHz (!!!) com CL5 e refrigeração a ar, ou seja, trata-se de memórias monstruosas que ficaram ótimas nessa placa! Esse ainda não é o foco desse artigo, que está mais para uma “missão de reconhecimento do terreno” do que qualquer outra coisa, porém, podem esperar testes de overclock extremo nessas memórias para o futuro e quem sabe tentar chegar no top-5 das DDR2. 🙂

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O CPU escolhido para esse primeiro teste foi um E7400 aleatório que tinha aqui, sendo que esse exemplar ainda não sofreu delid para esses testes e pelo que testei anteriormente nem parece ser grande coisa, sendo que o mesmo foi capaz de completar o Cinebench R15 @ 4450MHz com cerca de 1.65V usando refrigeração a água. O ideal seria ter usado algum quad core para efetivamente ver do que essa placa é capaz, entretanto, o mesmo não chegou a tempo dos testes desse artigo. 🙁

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Sobre o isolamento da placa, fiz o mesmo com borracha limpa-tipo e papel toalha pela facilidade de aplicação e remoção, especialmente por se tratar apenas de um primeiro teste rápido.

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Apresentações feitas, vamos as configurações utilizadas e aos resultados! 😀

Configurações utilizadas:

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CPU: Core 2 Duo E7400

MOBO: Gigabyte GA-EP45-UD3P

VGA: eVGA GeForce GTX650 (obrigado NVIDIA!)

RAM: 2x1GB Crucial Ballistix Tracer DDR2-1000 CL5 (D9GMH)

REFRIGERAÇÃO: SF3D Inflection Point (Kingpin KPX) + 1Kg de gelo seco

STORAGE: Sandisk 120GB

Software utilizado: Windows XP SP3, Windows 7 x64 SP1, Cinebench R11.5/R15, CPU-Z 1.90 e SuperPI 1.5 XS

Objetivo dos testes: Descobrir o limite do E7400 usando refrigeração extrema (Gelo seco) visando extrair performance máxima nos benchmarks e verificar o seu comportamento nessas condições. Os detalhes de como foram conduzidos os testes e metodologia estão descritos no texto que acompanham os resultados.

Resultados:

Como nunca havia testado esse CPU ou mesmo um semelhante a ele em condições extremas, acabei gastando um pouco mais de tempo para “domar” essa fera e acabou que cheguei na marca dos 5127MHz com cerca de 1.85V para Cinebench R15/R11.5, o que ao julgar pelos rankings desse CPU no HWBOT não é nada de especial, porém, com margem para alguma melhora se fizer delid no mesmo, já que ao que consta, o E7400 não possui IHS soldado como ocorre com os quad cores e os C2D E8XXX. Por conta disso e da quantidade limitada de gelo seco, apenas 1Kg, consegui rodar apenas os Cinebench R11.5/R15, SuperPI 1M, benchmark do CPU-Z e uma tentativa de validação de clock máximo. Para os próximos dias, devo providenciar o delid desse CPU e o dai quem sabe re-testar o mesmo. 🙂

Na validação de frequência máxima, foi possivel atingir 5202.17MHz, novamente uma marca que se não é ruim também não é nada extraordinária. Apenas um adendo que qualquer coisa acima disso fazia o CPU-Z travar na hora de salvar o arquivo da validação. :/

Por fim, segue a tradicional galeria de fotos do sistema congelado!

Conclusão:

Para um primeiro teste de OC Extremo usando a GA-EP45-UD3P com um CPU completamente aleatório, devo dizer que os resultados foram bastante aceitáveis, com o hardware se comportando relativamente bem durante a sessão e sobrevivendo ao final. Em testes futuros pretendo trazer conteúdo usando CPUs quad core, que é onde efetivamente essa placa-mãe brilha e que de certa forma também é algo com alguma utilidade pública, afinal de contas, esses CPUs são extremamente baratos hoje em dia e muita gente anda se aproveitando disso para fazer aquele upgrade em máquinas 775 que dai podem ser reaproveitadas para uso básico.

Mas por hoje é isso pessoal, até a próxima!

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