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Ryzen 9 3900XT – Overclock extremo (LN2) e resultados

Fala pessoal, beleza?

Como muitos de vocês já sabem, ontem foi o lançamento dos Ryzen “XT”, tratam-se de três novos modelos, a saber R9 3900XT, R7 3800XT e R5 3600XT, que trazem como maior novidade um pequeno incremento na frequência de boost máximo por conta de melhorias no processo de fabricação, o que, resultou em um mínimo ganho de desempenho em relação aos modelos “X” pré-existentes, entretanto, como aqui é a The Overclocking Page e o procedimento de praxe por essas bandas é torturar sempre que possível mostrar como o hardware que passa por aqui se sai no overclock extremo, então, nesse artigo, vamos ver como o Ryzen 9 3900XT se saiu no LN2! 😀

Do ponto de vista da preparação da placa-mãe para a sessão, por conta da Crosshair VII Hero estar pré-isolada com plastidip, o procedimento foi rigorosamente o mesmo que foi adotado com os R3 3300X e R7 3800X, ou seja, forrar a placa com papel toalha, montar o pot e partir para o abraço. 🙂

Por fim, para quem quiser se aprofundar um pouco mais no procedimento e naquilo que você deve saber antes de querer congelar um Ryzen “Matisse”, sugiro a leitura do artigo de overclock extremo do R5 3600, que apesar de ser da época do lançamento, continua atual, então, vamos ao hardware utilizado!

  • Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 9 3900XT (Obrigado AMD!)

MOBO: ROG Crosshair VII Hero (UEFI 3103)

VGA: NVIDIA GeForce RTX 2080 (Obrigado NVIDIA!)

RAM: 2x8GB G.Skill FlareX 3200CL14

REFRIGERAÇÃO: SF3D Inflection Point + Nitrogênio Líquido + Pasta térmica KINGPIN KPx (obrigado Renan!)

STORAGE: SSD HyperX 3K 120GB

SO: Windows 10 x64 1909 “depenado”

Objetivo dos testes: Descobrir o limite do Ryzen 9 3900XT usando refrigeração extrema (LN2) visando extrair desempenho máxima nos benchmarks e verificar o seu comportamento nessas condições. Os detalhes de como foram conduzidos os testes e metodologia estão descritos no texto que acompanham os resultados.

  • Resultados:

O primeiro passo para se obter sucesso na empreitada de congelar o Ryzen “Matisse” é fazer o ajuste correto do FCLK/VDDSOC/VDDG e para isso, o FCLK deve ficar em uma faixa que vai dos 1400MHz até os 1600MHz onde cada incremento tende a trazer o coldbug para um patamar mais alto, o VDDSOC deve ficar em uma faixa que vai desde os 1.25V até os 1.55V e o VDDG que a partir do AGESA 1004b foi dividido em dois, o VDDG_CCD e o VDDG_IOD, que devem ficar em algo como 1.2V e 0.9V, respectivamente. Para essa amostra o VDDSOC foi de 1.5V, os VDDG nos mesmos valores supracitados e o FCLK @ 1600MHz, conseguindo assim trabalhar com a CPU na casa dos -155 °C.

Um adendo necessário antes de lhes apresentar os resultados foi que aparentemente essa ultima bios da Crosshair VII Hero com AGESA ComboPI 1006 trouxe uma leve perda no desempenho em alguns benchmarks, sendo que pelos testes realizados ainda para o review, esse efeito se mostrou um pouco mais pronunciado no X265 e Cinebench R20, algo que um amigo que possui uma placa MSI B450 Mortar Max com um R7 3800X também disse ter percebido após a atualização para a última bios usando essa mesma versão de AGESA na placa dele, portanto, por essa razão pode que a “eficiência” não seja das melhores, especialmente se comparado as placas X570 que agora usam uma versão diferente do AGESA por conta do suporte as APUs Renoir.

Em relação aos benchmarks, houve foco no Cinebench R15, GPUPI 3.2, Geekbench 3 e wPrime 1.55 1024M e foi possível completar esses testes com a frequência da CPU variando entre 5525MHz e 5625MHz com cerca de 1.75V no vcore, lembrando que em alguns testes como o R15 e o GB3, apenas a CCD0 estava rodando acima dos 5600MHz enquanto a CCD1 ficou em algo como 5525MHz e 5550MHz, o que é uma ótima marca se considerarmos uma amostra aleatória como essa. Já sobre as memórias, foram ajustadas em 4333MHz com CL14 e subtimings apertados, o que é até razoável para essas B-Die com pcb.A0, porém, aquém do que um bom kit com pcb.A2 pode fazer e no caso especifico, esse ajuste apresenta melhor desempenho nessas situações extremas com FCLK assíncrono.

Sobre os resultados obtidos, foi possível chegar em monstruosos 4404 pontos no Cinebench R15, ficando em 8º no ranking global na categoria 12-cores, já em relação aos GB3, foi obtida a marca de 78040 pontos, o que representa um 11º lugar, o GPUPI 3.2 onde foi possível de se obter o tempo de 1m23.012s @ 5275MHz ficando em 7º lugar, wPrime 1024M com tempo de 36s221ms e mais um 8º lugar e por fim, o HWBOT X265 com 29.435fps e um 10º lugar, novamente, destacando que essas colocações não se referem ao ranking do hardware (R9 3900XT), mas sim do geral global, onde todas as CPUs com 12-cores disputam entre si e apenas para ficar registrado, na data de 08/07/2020. 🙂

Cinebench R15: https://hwbot.org/submission/4492145_noms_cinebench___r15_ryzen_9_3900xt_4404_cb

Geekbench 3.4.3b3: https://hwbot.org/submission/4492133_noms_geekbench3___multi_core_ryzen_9_3900xt_78040_points

GPUPI 1B: https://hwbot.org/submission/4492151_noms_gpupi_for_cpu___1b_ryzen_9_3900xt_1min_23sec_12ms

wPrime 1024M: https://hwbot.org/submission/4492166_noms_wprime___1024m_ryzen_9_3900xt_36sec_221ms

HWBOT X265: https://hwbot.org/submission/4493058_noms_hwbot_x265_benchmark___4k_ryzen_9_3900xt_29.435_fps

E por fim, a tradicional galeria de fotos do hardware congelado, incluindo o “permafrost brasileiro”!

Conclusão:

O R9 3900XT sobreviveu a sessão de overclock extremo e foi capaz de ir bem longe naquilo que diz respeito as frequências sendo esse o melhor Ryzen “Matisse” que já testei no LN2 até o momento, completando os testes entre 5525MHz e 5625MHz com 1.75V, FCLK @ 1600MHz e coldbug na casa dos -155 °C. No que diz respeito especificamente aos resultados dos benchmarks, apesar da pequena “penalidade” por conta da última bios da placa-mãe, ainda foi possível obter números monstruosos e resultados dignos do TOP-10 Global na categoria 12-cores no ranking do HWBOT, o que é algo excelente! 😀

Então é isso pessoal, dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas!

Até a próxima!

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