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Overclock Extremo no Ryzen 7 9700X e ASRock B650M-HDV/M.2 – Experiência e resultados!

Overclock extremo é a especialidade da casa e com tantas novidades no mercado, como os Ryzen 9000, por que não congelar uma dessas CPUs para ver como ela se sai? Então, nesse artigo, veremos como o Ryzen 7 9700X e a ASRock B650M-HDV/M.2 se saíram no overclock extremo com nitrogênio líquido! 🙂

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Em uma breve introdução, os Ryzen 9000 são baseados na nova arquitetura Zen5 e fabricados em 4nm pela TSMC, o que por si só parece ser um salto em relação à geração anterior, entretanto, o IO Die e a organização dos chiplets continua bastante familiar e não mudou em relação à geração passada.

Apesar do público gamer não ter ficado lá muito contente com os tímidos ganhos de desempenho em jogos, o pessoal do uso profissional, workstations e servidores receberam a novidade de braços abertos, já que ali os ganhos foram consideráveis!

Ryzen 9000 render

Para esses testes, a placa-mãe escolhida foi a ASRock B650M-HDV/M.2, já que ela já foi bastante provada para uso extremo e tem a vantagem de ser razoavelmente acessível, uma rara combinação de características.

Sobre o isolamento, foi feito com 3 camadas de plastidip e papel toalha, tornando a placa meio que a prova d’água, poupando-a de eventuais tragédias com condensação.

Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 9700X (Obrigado AMD!)

MOBO: ASRock B650M-HDV/M.2

RAM: 2x16GB Kingbank Sharp Blade 6800CL34

GPU: EVGA GTX650

PSU: Coolermaster MWE Gold 1250 V2 Full Modular

COOLER: Kingpin F1 Dark e Nitrogênio Liquído

STORAGE: Kingspec 240 GB SATA

Software utilizado: Windows 11 x64 24H2 LTSC Ghostspectre, Benchmate 12.1.0 e Geekbench 3.4.4

Objetivo dos testes:

Descobrir qual o limite no overclock extremo com nitrogênio líquido para o novo Ryzen 7 9700X e como ele se comporta quando submetido ao frio extremo e ao fim, obter alguns resultados nos benchmarks.

Explicações acerca da metodologia adotada ou de como os testes foram conduzidos estão contidas nos textos que acompanham os resultados a seguir.

Resultados:

Dadas as semelhanças com os Ryzen 7000, por exemplo, o mesmo IO Die, package similar e o processo de fabricação em 4nm sendo uma evolução dos 5nm, é de se esperar que o comportamento do Ryzen 9000 quando submetido ao frio do nitrogênio líquido seja similar e de fato foi o que aconteceu, com o nosso 9700X funcionando sem problemas até na casa dos -130 °C, felizmente sem apresentar problemas com CBB, coldboot bug, que se trata da temperatura mínima na qual o sistema consegue passar no post, o que é um tremendo ponto positivo.

Apesar da primeira notícia ser boa, também houve alguns problemas, com o primeiro deles relacionado as duas últimas versões de BIOS da ASRock (3.06 e 3.09), onde o High Voltage Mode não funciona com CPUs Ryzen 9000, o que certamente é um fator limitante na hora de apertar os timings ou subir a frequência das memórias e acabou nos segurando em DDR5-6400 CL30, o que no frigir dos ovos, nem é de todo mal.

O grande problema foi que a CPU não escalou com tensão adicional, apresentando um comportamento muito estranho, ficando mais sensível em benchmarks intensivos para FPU, por exemplo, 7-Zip e Geekbench 3, completaram com frequências na casa dos 6200 MHz e tensão de 1.28V, enquanto o Cinebench R20 e R23 foram para pouco mais de 5900 MHz com apenas 1.175V. Nesses casos, aumentar a tensão resultava em um reset instantâneo ao tentar rodar o benchmark, isso com temperaturas abaixo dos -100 °C, o que não faz muito sentido já que o normal para essas CPUs é escalar com tensões entre 1.4V e 1.55V para essas temperaturas baixas.

É importante frisar que o comportamento desse exemplar foi similar na água, com ele rendendo mais com PBO e não escalando bem com tensão adicional e overclock manual e consistente mesmo usando outra placa-mãe, o que sugere que essa é uma característica desse exemplar, mas por desencargo, testaremos novamente quando disponibilizarem uma nova versão de BIOS.

Por fim, a tradicional foto do hardware todo congelado, algo que nunca pode faltar em um post sobre overclock extremo!

Conclusão:

O Ryzen 7 9700X e a placa-mãe sobreviveram bem a sessão de overclock extremo, com a CPU sendo mais dócil que o Ryzen 7 7700X, não apresentando CBB chato e funcionando bem com temperaturas de até ?130 °C

Apesar disso, o exemplar testado apresentou um comportamento de não escalar com tensão adicional, ficando mais sensível nos benchmarks exigentes da FPU, dito isso, as frequências ficaram entre 5900 e 6200 MHz com temperatura na casa dos -120?°C e tensão variando entre 1.28V e 1.17V, o que apesar da boa eficiência obtida nos benchmarks, acabou limitando os resultados por conta das frequências relativamente baixas.

Isso pode ser uma característica do nosso exemplar ou algum problema com o atual AGESA 1202, ou seja, no futuro revisitaremos esse e outros Ryzen 9000 para overclock extremo, então fiquem ligados aqui na página para mais resultados! 😉

E por hoje é só! Dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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