Review – 32GB (2x16GB) Teamgroup XTREEM DDR5 6400CL32 – Mais um ótimo kit de memória com Hynix A-Die 16-Gbit!
Nessa review iremos analisar um kit de memória DDR5 Teamgroup, da série Xtreem, que oferece modelos que vão dos 6000 aos 8200 MT/s, em módulos de 16, 24, 32 ou 48 GB, podendo ser adquiridos em kits de 32 GB, 48, 64 ou 96 GB. O produto dessa análise são dois módulos de 32 GB, formando um kit de 6400 MT/s, timings 32-39-39-84 e tensão de operação de 1.35V.
Os pentes de memória vem em uma caixa retangular com uma ilustração do produto, logomarca da fabricante e modelo, enquanto na parte de trás, novamente, existe descrições em vários idiomas e uma etiqueta constando as especificações, onde o código dessa memória é FFXD532G6400HC32ADC01.



Em relação ao dissipador, a Teamgroup não economizou e tratou de incorporar uma robusta peça de alumínio aletada em um dos lados, o qual deve se beneficiar de fluxo de ar lateral. Ela também cobre toda área dos chips e do PMIC, maximizando a troca de calor.
O exemplar testado não possui qualquer tipo de iluminação, mas a fabricante oferece ARGB na linha XTREEM ARGB, contudo, existem diferenças nas especificações dos modelos da linha XTREEM comum e os com ARGB.



A respeito dos chips, são os já tradicionais SK Hynix A-Die 16-Gbit (H5CG48AGBD-X018), que equipam a maioria, senão a totalidade, dos módulos DDR5 de 16 GB e 32 GB voltados ao público mais entusiasta ou que busca maior desempenho, por ser praticamente o único chip com essa densidade e capacidade de operar com timings e frequências agressivas ao mesmo tempo.
Sobre o PMIC, que é o circuito integrado responsável pela alimentação do módulo de memória, foi adotado uma unidade da Richtek, a qual é compatível com o “High Voltage Mode”, permitindo VDD/VDDQ acima de 1.43V em placas-mãe que suportem o recurso, algo confirmado pelo conteúdo do SPD dessas memórias.




Caso tenham interesse, segue o link para a página do produto no site do fabricante: https://www.teamgroupinc.com/en/product-detail/memory/T-FORCE/xtreem-ddr5-black/xtreem-ddr5-black-FFXD532G6400HC32ADC01/
Configurações utilizadas:
CPU: AMD Ryzen 7 8700G e Ryzen 7 9700X (Obrigado AMD!)
MOBO: ROG Crosshair X670E Gene (BIOS: 2505)
RAM: 2×16 GB Teamgroup XTREEM DDR5-6400CL32 1.4V – FFXD532G6400HC32ADC01 – (Obrigado Teamgroup!)
GPU: Powercolor RX 6800 XT Red Devil 16 GB
PSU: Coolermaster MWE 1250 Gold V2 (Obrigado Cooler Master)
COOLER: 1STPlayer TS-360
SSD: Crucial BX300 120 GB + Teamgroup T-Force Vulcan Z 1TB
Software: Windows 10 22H2 x64, TM5 0.13.1 1usmus, Geekbench 3.4.4, y-cruncher 0.85, Counter Strike 2, Shadow of the Tomb Raider e Starfield.
Objetivo e metodologia dos testes:
Descobrir qual o limite para uso diário das Teamgroup usando o Ryzen 7 8700G e o 9700X, visando explorar os ajustes ótimos para cada uma dessas CPUs:
1) XMP/EXPO: O objetivo aqui é testar se é possível operar com estabilidade usando o perfil EXPO, caso disponível, e XMP de fábrica, eliminando aquele teste de overclock que costumavamos fazer nessas condições.
Essa mudança foi necessária por conta desse “overclock fácil” não fazer mais sentido, pois nas DDR5, os ganhos de se fazer isso beiram o inexistente, já as placas-mãe costumam relaxar muito os subtimings, anulando os ganhos com o overclock.
2) 24/7 com ajuste fino: E aqui, foram feitos ajustes manuais em todos os parâmetros possíveis visando obter o melhor resultado possível com viabilidade para uso diário, indo ao limite dos modos 1:1 e 1:2.
Nos casos 1 e 2, foram utilizados o TM5 0.13.1 perfil 1usmus para verificar estabilidade, o Geekbench 3.4.4 e y-cruncher 1b para ter uma melhor ideia do desempenho em benchmarks sintéticos e os Counter Strike 2, Shadow of the Tomb Raider e Starfield para ter noção dos ganhos em jogos.
Para esses testes, ambas as CPUs foram travadas em 5.0GHz, com FCLK em stock para os testes EXPO, 2500MHz para o 8700G e 2200MHz para o 9700X nos testes com ajuste fino. É necessário lembrar que para os Ryzen AM5, não existe mais aquela observação para se manter o FCLK trabalhando na mesma proporção do clock da memória, ou seja, antes de partir para o ajuste dessas ultimas, é interessante testar o limite do FCLK, que para os Ryzen 7000 ficará entre 2000 e 2200 MHz e os Ryzen 8000, 2200 e 2700 MHz.
É importante destacar que os ajustes obtidos com o Ryzen 7 9700X também podem ser usados com Ryzen 7000, já que ambas as séries compartilham o mesmo IO Die e portanto, a mesma controladora de memória.
Timings – AMD
XMP / EXPO:
Para esse modelo, a Teamgroup optou por incluir perfis EXPO / XMP para DDR5-6400 e DDR5-6000, os quais funcionaram bem no hardware de teste, com a placa-mãe aplicando automaticamente o UCLK no modo 1:2 em 6400 MT/s no 8700G.
Novamente, é bom lembrar que essa é uma limitação dessa amostra, o que também pode ocorrer com os Ryzen 7000 e 9000, onde alguns exemplares não são estáveis com UCLK trabalhando 1:1 e memória a 6400 MT/s, nesse caso, sendo mais interessante buscar o máximo mantendo a proporção 1:1.
24/7 com ajuste fino:

Ao fazer os ajustes finos, foi possível melhorar vários timings e atingir 8600 MT/s com o R7 8700G, onde para isso, foi necessário subir o VDD/VDDQ para 1.5V, algo considerado seguro para essas memórias DDR5 com chips Hynix A-Die.
Sobre os timings, foi necessário relaxar razoavelmente os primários para atingir a estabilidade com essa tensão, ainda que com CL abaixo de 40, o que é admirável. É bom lembrar que nas DDR5, alguns subtimings tem maior importância quando se fala em desempenho, por exemplo, o tREFI e o tRFC. De todo modo, é possível apertar mais os primários subindo a tensão, ainda que os ganhos práticos não sejam substanciais, podendo afetar a vida útil dos módulos no uso prolongado.
Já com o Ryzen 7 9700X, foi possível atingir os 6400 MT/s com CL30 e tRFC agressivo para esse processador, o que deve render bom desempenho no modo 1:1 nesses modelos baseados em chiplets e também os 8000 MT/s CL36, o que nos modelos com apenas 1 CCD não costuma trazer ganhos, enquanto nos modelos com 2 CCDs, pode ser interessante por conta da tensão do VDDSOC ser mais baixa do que com o ajuste DDR5-6400, deixando maior margem de TDP para os núcleos da CPU.
É importante citar que ambos ajustes foram obtidos com apenas 1.435V, ou seja, não foi necessário nem sequer apelar ao High Voltage Mode e ir até os 1.5V que temos como limite, contudo, caso fizessemos, talvez fosse possível apertar um pouco mais os timings primários, algo que não faria grandes diferenças no desempenho nesse cenário de uso diário.
Benchmarks
A seguir, temos os números de desempenho nos benchmarks e é bom lembrar que esses resultados podem variar para diferentes processadores e plataformas, por exemplo, o desempenho com frequência de memória mais elevada costuma ser mais perceptível nos Intel de 12ª/13ª/14ª geração, enquanto nos Ryzen 7000 e 9000, o ganho em jogos tende a ser nulo no modo 1:2, mesmo em 8000 MT/s.
Lembrando que todos esses resultados passaram no teste de estabilidade do TM5 0.13.1 e ao menos especificamente para essas amostras, representam algo que pode ser usado diariamente.
Benchmarks 2D


Nos benchmarks sintéticos de memória é onde a diferença do overclock costuma ficar mais evidente, com tanto o Geekbench quanto o y-cruncher 0.85 1b apresentando ganhos significativos ao se fazer overclock, o que nem sempre acontece em outras aplicações 2D, igual vimos no nosso guia de otimização para o Ryzen 7 8700G.
Os ganhos foram mais significativos no 8700G, já que ele se beneficia do FCLK mais alto, o que garante maior banda de memória efetiva nessas situações, enquanto que o 9700X pouco escalou dos 6400 para os 8000 MT/s.
Benchmarks 3D
Além dos testes 2D, também fizemos testes em jogos para verificar o ganho de desempenho ao fazer a otimização dos timings e frequência. Rodamos os testes em 720p Low nas configurações abaixo, visando simular uma situação em que a CPU é o fator limitante. Esse é como se fosse o melhor caso de ganho para as CPUs testadas, onde isso tende a diminuir com resoluções maiores.







Resultados:



Os ganhos do overclock de memória no 8700G forammais expressivos em comparação ao 9700X e isso se deve ao fato de o 8700G ter metade do cache L3 do 9700X, o que o leva a realizar mais acessos à memória. Nessa situação, um sub-sistema de memória e IF mais rápidos ajudam a compensar essa limitação.
Já com o 9700X, os maiores ganhos vieram na otimização dos timings em relação ao EXPO padrão ainda em 6400 MT/s, com pouco ou nenhum benefício de ir até os 8000 MT/s, exceto que assim é possível trabalhar com VDDSOC mais baixo, liberando alguma margem de TDP para CPU.
Testes adicionais – DDR5 9000 é uma possibilidade!
Por questões de segurança, definimos como 1.5V o limite para o VDD/VDDQ em nossos testes com memórias DDR5, já que não é possível prever as condições de uso dos leitores e tampouco é a ideia divulgar ajustes que possam acabar danificando o hardware alheio, contudo, é sabido que esses chips Hynix são capazes de escalar com tensões ainda maiores, então, por curiosidade, também testamos se seria possível ir além dos 8600 MT/s com mais de 1.5V.
Ao aplicar 1.6V no VDD/VDDQ, conseguimos atingir a marca dos 9000 MT/s CL42 com estabilidade no TM5! É importante destacar que para chegar lá e completar o TM5, foi necessário apelar para VDDIO em 1.56V e VDDP e 1.18V com o 8700G, o que são valores um pouco agressivos, os quais nem todo exemplarde CPU responde bem, por exemplo, o nosso 8600G não aceita essas tensões elevadas, tampouco atinge essas altas frequências com estabilidade.
É importante reforçar que não é qualquer placa-mãe que dá conta do recado e que essa é uma marca relativamente difícil de se obter, nem tanto pela memória, mas pelo combo de CPU e placa-mãe, onde talvez as coisas melhorem no futuro caso CKD ou módulos CAMM2 venham a ter maior adoção e suporte.
Conclusão
O kit Teamgroup XTREEM de 32 GB (2×16 GB) DDR5-6400, apresentou boa compatibilidade com a plataforma AMD, funcionando normalmente com o perfil 6400 MT/s sem intervenção do usuário, ainda que isso tenha resultado em UCLK no modo 1:2 com o 8700G, o que pode variar com a CPU e placa-mãe utilizada e pouco ou nada tem a ver com a memória.
Com o ajuste manual, foi possível atingir DDR5-8600 CL38 com estabilidade, uma marca excelente para um kit como esse, ainda que ela seja inalcançável para a maioria das placas-mãe AM5 disponíveis. Já com o Ryzen 7 9700X, foi possível chegar a ajustes como DDR5-6400CL30 ou DDR5-8000CL36 com apenas 1.435V e timings bastante agressivos, comparáveis aos melhores kits DDR5 com chips Hynix A-Die que passaram por aqui.
É importante lembrar que apesar do dissipador original ser melhor que a média, é importante ficar de olho na temperatura caso pretenda fazer overclock, talvez sendo necessário usar a tradicional ventoinha soprando diretamente sobre as memórias para manter as coisas sob controle.
Em relação à disponibilidade e preço, o kit de 32 GB Teamgroup XTREEM DDR5-6400CL32 deve chegar ao Brasil em breve, mas vale lembrar que ele pode ser encontrado por cerca de 110 USD lá fora, ou seja, estamos falando de um produto com potencial para ter boa relação custo-benefício, ainda mais diante dos excelentes resultados apresentados nos testes, portanto, fica nossa recomendação para essas memórias.
Saiba mais sobre os nossos selos.
E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!
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