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GIGABYTE RX5500 XT 8GB – Overclock extremo e resultados

Fala pessoal, beleza?

Alguns dias atrás publiquei o review da GIGABYTE RX5500 XT 8GB e naquela ocasião fiz testes usando refrigeração à água, onde consegui obter algo como 2080~2090MHz (efetivos) no GPU com uma pequena ajuda do MorePowerTool, que é um software que permite “enganar” o Wattman alterando algumas chaves no registro do Windows visando substituir os limites apresentados da bios da placa por outros determinados pelo usuário.

Enquanto que essa abordagem tende a ser suficiente na maioria esmagadora dos casos, leia-se, para aqueles que querem brincar de overclock e no máximo irão investir em um sistema de refrigeração liquida similar ao que usei no supracitado review, já para aquele pessoal que irá submeter a placa a temperaturas negativas visando extrair até a ultima “gota de sangue” do GPU nos benchmarks, isso pode ser insuficiente, afinal de contas, mesmo usando SPPT ainda existem certas limitações nos ajustes, como por exemplo, a tensão máxima do GPU pelo Wattman é limitada a 1.35V.

Tendo isso em mente e que fazer vmod nessas placas que utilizam controladores PWM modernos não costumam ser uma tarefa simples por n! motivos, citando apenas um, a falta de datasheets públicos para a maior parte desses componentes, é necessário então ir atrás de uma abordagem diferente para resolver esse “problema”. Esses controladores modernos costumam integrar comunicação por barramentos como I²C e SMBUS, por onde é possível reprogramar os parâmetros originais de fabrica e em tese fazer as alterações necessárias, sendo que para isso, bastaria ter em mãos um microcontrolador compatível com I²C (exemplo: Arduino), datasheet do controlador PWM e bom conhecimento de software pois além da programação do Arduino também será necessário desenvolver uma interface para fazer esses ajustes de maneira um pouco mais simples.

Evidentemente que isso tudo parece bastante complexo e algo que demandaria bastante tempo para se desenvolver, entretanto, existe algo chamado EVC2, que é uma espécie de “canivete suiço” para overclockers desenvolvido e vendido pelo Elmor, sim, o mesmo cara que participou e venceu algumas edições do antigo MOA e que até não muito tempo atrás, trabalhava na engenharia das placas ASUS ROG. Esse dispositivo permite controlar até três dispositivos via I²C, regravar memórias flash via SPI e também possui um DAC integrado para controle analógico das tensões. 🙂

Para fazer a interface com o hardware, existe um software que é por onde é feito todos os ajustes, algo que vai depender do controlador PWM que estiver sendo usado, de todo modo, até o momento existe suporte aos seguintes controaldores: ASP1405I, CHL8318, IR3567B, IR3595, IR35201, IR35204, IR35217, MP2888, NCT3933U, uP6208, uP6218 e uP9512. No IR35217, que é o controlador PWM utilizado na RX5500 XT, é possível alterar a tensão do GPU e os níveis do LLC além de ser possível monitorar os “sinais vitais” do VRM.

evc print

Como é de costume por essas bandas, sempre que possível, faço algum teste de overclock extremo nas GPUs que passam por minhas mãos e com a 5500XT isso não seria diferente e além disso, essa também seria a oportunidade perfeita para testar o EVC2, então, foi necessário fazer algumas modificações nessa placa sendo a mais evidente aquele “rabicho” com três fios que estão ligados no SDA (pino 24), SCL (pino 25) e GND do IR35217, sendo que esse cabo que será conectado ao EVC. A outra modificação foi o reposicionamento de dois capacitores na parte superior do PCB que foram para a parte de trás e isso foi feito para que fosse possível montar o TEK-9 FAT nessa placa.

Em relação ao isolamento, na parte de trás da placa utilizei o spray plastidip e na frente usei borracha limpa-tipo, conforme pode ser visto nas fotos da galeria abaixo.

Antes de prosseguir as configurações utilizadas e ao hardware, faço aquele aviso um tanto óbvio: Todas modificações/procedimentos realizados nesse artigo anulam a garantia do produto e também não me responsabilizo por danos ou mal uso advindos de tentativas mal sucedidas de overclock. 😉

  • Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 3800X (Obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VII HERO

RAM: 2x8GB G.Skill Flare X 3200CL14

VGA: GIGABYTE RX5500 XT 8GB (Obrigado Terabyteshop!)

STORAGE: SSD Crucial BX300 120GB

REFRIGERAÇÃO GPU: K|ngp|n TEK-9 FAT + 1.5Kg de gelo seco + pasta térmica KPx

SO/Driver: Windows 10 x64 1909 (Adrenalin 20.2.1)

  • Objetivo dos testes:

Extrair o máximo de desempenho da GIGABYTE RX5500 XT visando obter resultados competitivos no ranking do HWBOT enquanto usando refrigeração extrema (gelo seco ou DICE) e também verificar como o GPU Navi 14 se comporta quando submetido a esse tipo de esforço. Explicações acerca de como os testes foram conduzidos estão contidas nos textos que acompanham os resultados a seguir.

  • Resultados:

Sobre o comportamento do GPU, o Navi 14, assim como o Navi 10, funcionou perfeitamente enquanto submetido a temperaturas negativas na casa dos -50ºC, não apresentando problemas como coldbug, coldslow ou mesmo artefatos por conta da temperatura, o que é muito bom! Do ponto de vista da tensão utilizada, o Navi 14 não escalou com mais de 1.4V (ao menos não para essa faixa de temperatura) apresentando artefatos e instabilidade ao tentar usar algo como 1.45V sendo que a frequência máxima que foi possível de se completar o Fire Strike foi de 2280MHz, ainda que o resultado tenha sido um pouco inferior ao obtido com 2270MHz.

Dos resultados obtidos, todos ficaram em primeiro lugar em sua categoria no HWBOT e comparado a RX590 quando submetida as mesmas condições extremas, a 5500XT só conseguiu superar essa no Time Spy, ficando para trás nos Fire Strike mesmo considerando a “mãozinha” do R7 3800X em seu favor.

Assim como ocorreu com a RX5700 XT, a frequência “de facto” do GPU é um pouco menor do que aquela aplicada no Wattman e no gráfico abaixo, onde foi usado o GPU-Z para gravar o log, é possível ver que durante o teste do Fire Strike para uma frequência aplicada de 2270MHz, o GPU ficou um pouquinho abaixo dos 2250MHz, o que não é uma marca ruim, entretanto, ainda está um pouco longe dos quase 2400MHz obtidos na 5700XT, diferença que muito provavelmente pode ser creditada a boa e velha “loteria do silício”.

E por fim, a tradicional galeria de fotos do hardware congelado! 🙂

  • Conclusão:

A GIGABYTE RX5500 XT não só sobreviveu a sessão de overclock extremo como funcionou muito bem enquanto foi submetida a temperaturas de até -60ºC. No que diz respeito ao GPU Navi 14, o mesmo não escalou além dos 1.4V e estancou próximo dos 2250MHz reais, o que se não é uma marca ruim, porém, ficou aquém do obtido pela 5700XT e o Navi 10 que testei aqui na página, de todo modo, isso é algo que pode ser creditado em boa parte a “loteria do silício”. A respeito dos resultados, nos três benchmarks que rodei foi possível pegar o primeiro lugar, entretanto, ela ainda ficou um pouquinho longe da RX590 nos Fire Strike, tendo superado essa apenas no Time Spy.

Sobre o EVC2, ele se mostrou uma ferramenta extremamente útil e que não pode faltar no “kit de ferramentas” do overclocker extremo, lembrando que trata-se de uma ferramenta um tanto “avançada” e que muito provavelmente requer que se sacrifique a garantia do produto na qual ela será usada.

Então por hoje é só pessoal! Dúvidas, comentários, criticas e sugestões são bem-vindos!

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1 Response

  1. Erik Coelho disse:

    Irado!!

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