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Resumo das lives de OC Extremo – Xeon X5687 e Radeon HD 4850

Fala pessoal, tudo bem?

Alguns dias atrás, postei aqui no site um artigo a respeito da máquina de streaming da página, no qual além de servir como uma espécie de review do Silverstone Sugo SG13, também teve como intuito anunciar que em breve começaria trazer conteúdo em vídeo além de divulgar os canais oficiais na Twitch e no YouTube, os quais podem ser acessados pelas figuras abaixo!

E esse tempo chegou! Desde aquele anúncio, já foram realizadas ao menos três lives com OC Extremo e uma ambiente, as quais foram divulgadas nas redes sociais da página e em alguns grupos de hardware e esse artigo aqui é basicamente um resumo do que aconteceu nesses testes, então bora lá!

  • Live do dia 13 – Xeon X5687 e Intel DX58SO:

Para a live inaugural do canal, foi utilizada uma configuração que certamente muitos terão por inusitada, no caso, um Xeon X5687 junto a uma placa-mãe Intel DX58SO, sim, a boa e velha plataforma X58 com uma placa que não era exatamente reconhecida como uma das melhores opções em sua época, porém, foi a que tive oportunidade de abraçar por um valor razoável, então, foi ela mesmo! 😀

Essa geração foi a primeira da Intel, ao menos em tempos relativamente recentes, a integrar o controlador de memória na CPU, no caso, são três canais usando memórias DDR3 e que ao menos na “primeira geração” com os modelos fabricados em 45 nm, tem suporte oficial limitado em DDR3-1066 enquanto os chips 32 nm vão até DDR3-1333, contudo, é necessário destacar que overclock sempre foi uma possibilidade e esses valores apenas se referem a operação nos parâmetros originais. 😉

Apesar do controlador de memória integrado, essa plataforma ainda não abandonou a combinação “ponte norte+ponte sul”, onde a ponte norte, conhecida por “X58”, era ligada a CPU pelo QPI e era responsável por “gerir” as 36 pistas PCI-E 2.0 com suporte a multi-gpu, algo que as placas-mãe mais simples não suportavam, ao menos não para três ou quatro placas. Já a ponte sul, era o mesmo ICH10/ICH10R usado em combinação com os chipsets X38/X48 na plataforma 775 e ele traz suporte a 12 portas USB 2.0, 6 pistas PCI-E 1X, LAN Gigabit e 6 portas SATA, o que era bem decente para a época.

A respeito do VRM, a DX58SO utiliza um arranjo de 6 fases com o controlador ADP4000, que permite o controle de até 6 fases e possui até mesmo suporte a ‘interface’ I2C, o que em tese permite o uso de dispositivos como o Elmorlabs EVC2 para fazer o ajuste dos parâmetros e lembrando que essa é uma placa de 2008!

Foram utilizados um mosfet OnSemi 4841N (high side) e um OnSemi 4834N (low side) por fase, sendo que os 4841N suportam uma corrente máxima de 57A @ 25 °C e 41A @ 85 °C e possuem um Tr (tempo de subida) de 24.2ns e Tf (tempo de queda) de 5.7ns, o que é algo razoável do ponto de vista das perdas de chaveamento até mesmo para componentes modernos, enquanto os 4C06N apresentam rds(on) @ Vgs = 10V de 3mΩ, o que, novamente, para os padrões modernos é “meia boca”, porém, bem aceitável para uma placa antiga como essa e que seria reduzido para decentes 1.5mΩ caso houvessem dois desses mosfets em paralelo, ou seja, melhor que muita B350/B450/B550 moderna.

Curiosamente, essa placa possui uma série de “pads” na parte de trás do socket para instalação de capacitores cerâmicos SMD, contudo, vieram expostos e sem nenhum componente soldado e sabendo que quanto mais próximo da carga os capacitores estiverem, menor deve ser o ripple na tensão de saída, tratei de soldar dois SP-CAPs de 470uF ali, o que não é o ideal como seria com os cerâmicos, porém, certamente são melhores que nada e em tese eles devem ajudar na estabilidade do overclock em cenários mais extremos.

Além dessa modificação, a placa também teve a pasta térmica do X58 e thermalpads do VRM substituídos, além de ter recebido isolamento com plastidip para a sessão de overclock extremo.

A CPU utilizada foi o Xeon X5687, que se trata de um quad core com HT, fabricado em 32 nm com frequência base de 3.6GHz e foi escolhido justamente por essas características, afinal de contas, essa placa da Intel não vai muito além dos 215MHz no BCLK o que faz necessário o multiplicador alto, por ser um quad core a exigência no VRM seria menor em relação a um hexa core e por fim, o preço, esse exemplar foi adquirido no AliExpress por pouco mais de R$100.

Sobre o comportamento da plataforma na sessão de OC Extremo, essa CPU apresentou CB na casa dos -130 °C e CBB nos -110 °C, o que é bastante decente e talvez poderia ser até melhor caso essa placa oferecesse ajuste de tensão da PLL, no qual pode ser feito via voltmod, porém, por conta de não ter tido muito tempo disponível para isso, então, não foi feito o procedimento.

A respeito dos resultados obtidos na livestream, foi possível completar o Cinebench R15 e outros benchmarks clássicos com frequência de 5.7GHz com cerca de 1.78V no vcore, além das memórias G.Skill PIS 2200CL7, rodando a 2112MHz 7-12-7-28, o que se tratando de LGA1366 é uma marca respeitável.

Por fim, uma foto da máquina congelada.

  • Lives dos dias 20/3 e 22/3 – Radeon HD 4850 “Zumbi”:

Já nas lives dos dias 20/3 e 22/3, a brincadeira mudou de foco e foi para os benchmarks 3D onde a vítima da vez foi a boa e velha Radeon HD4850 “Zumbi”, sim, a mesma usada nessa série de artigos aqui na página, porém, apesar de ser a mesma placa, foram feitas algumas melhorias na instalação do EPOWER, que foi re-soldado utilizando chapas de cobre de 0,8 mm, o que ao menos em teoria, deve garantir que a queda de tensão em load por conta da conexão seja bem minimizada.

O isolamento dessa placa já havia sido feito com plastidip previamente, então, foi só montar o pot e sentar a bota! O pot utilizado foi o novíssimo TEK-9 Icon V5 e desde já fica os agradecimentos ao pessoal da GALAX por ter enviado esse monstrinho para os futuros testes extremos em GPU. 🙂

Infelizmente, a primeira sessão não foi tão proveitosa, afinal, após ter completado o 3dmark06, o driver de vídeo começou a apresentar problemas depois de tentar subir as frequências da GPU, o que ocasionou em tempo perdido tentando reinstalar driver e LN2 gasto em vão, até o momento em que simplesmente percebi que não ia ter jeito e terminei a sessão.

No dia seguinte, ao fazer a inspeção da placa-mãe e VGA, não foi encontrando nada que pudesse justificar os problemas da sessão, de todo modo, foi dado mais um grau no plastidip e para essa segunda tentativa, foi utilizado a Thermal Grizzly Kryonaut ao invés da KPx e dessa vez tudo deu certo! Foi possível completar o 3DMark Vantage com a placa rodando a 1140MHz na GPU com cerca de 1,66V e 1265MHz nas memórias e aparentemente isso ainda não é o limite da placa e sim o melhor que foi possível de se obter até antes de acabar o LN2. Outro ponto digno de menção é o fato dessa HD 4850 não ter CB/CBB, o que significa que ela funciona bem mesmo com temperaturas tão baixas quanto -190 °C!!!

Abaixo as fotos da plataforma e da placa congeladas, notem o quão massivo é o Tek-9 Icon! 🙂

E por enquanto é isso pessoal! Não se esquecem de se inscrever nos canais da página para não perder nenhum conteúdo ou as lives, as quais devem ser anunciadas com alguma antecedência nas redes sociais da The Overclock Page. Até a próxima!

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1 Response

  1. Rafael disse:

    Tenho uma placa mãe dessa, só que não consigo aumentar o bclk além de 172, parece que não há margem estável, mesmo que eu aumente a voltagem de tudo, alguma dica ? Ou já é o limite definitivo da minha unidade?

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