s11 pro 1920x1080 1 0
Share

Review – SSD XPG Gammix S11 Pro 256GB – Um excelente SSD 3.0 barato, mas que tem mais variantes que vírus!

Hoje, testaremos um SSD NVMe da fabricante taiwanesa ADATA, do segmento topo de linha e vendido por sua sub divisão XPG, “eXtreme Performance Gear” cujo foco são produtos mais voltados ao público gamer e mais entusiasta. Este modelo que testaremos é o Gammix S11 Pro, o qual já está presente no mercado à anos. Relembrando que, futuramente vamos trazer novos artigos utilizando este mesmo SSD. Sendo um destes artigos, referente ao pSLC Cache e qual seu impacto diário no dia a dia e em cenários mais avançados, onde vamos desabilitá-lo para ver se há muita perda de desempenho.

Este SSD vem no formato M.2 com dimensões 2280 e acompanha 4 capacidades para atingir o maior público algo, variando de 256GB, 512GB, 1TB e 2TB, sendo a unidade que testaremos hoje a de 256GB com custo médio de R$249,99.

front

Algo que vale a pena ressaltar antes de iniciarmos a review, é que a XPG em 2018 lançou o conhecido “XPG SX8200 Pro” que ficou bastante conhecido no mercado devido algumas polêmicas de trocas de componentes que gerou uma imensa repercussão. Porém, a XPG em 2019 pegou esta SKU e criou uma nova, portanto o S11 Pro é idêntico ao SX8200 pro, portanto também está sujeito a mesma variação de componentes internos.

Especificações do SSD

A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 256GB):

tabela de especificacoes

Software SSD

A ADATA ou XPG oferece um software de gerenciamento disponível para download em seu website para gerenciamento de seu SSD, ele é chamado de “SSD Toolbox Software for Firmware Update” que fora opções de atualização de firmware, oferece opções de leitura de SMART e informações de saúde da unidade, além da possibilidade de rodar o TRIM de forma manual.

software

Unboxing

O SSD vem em uma embalagem toda preta contendo uma imagem ilustrativa do SSD, enquanto em sua parte traseira vemos apenas breves informações do produto. Ao removermos o SSD vemos que ele acompanha o dissipador opcional, o que é algo interessante, e por ser bem fino pode ser utilizado em notebooks o que pode ajudar bastante, no decorrer da análise veremos se faz alguma diferença.

Podemos notar ao removermos o seu dissipador que se trata de uma fina camada de metal com 2 faixas de colas adesivas para ter uma aderência com os componentes d SSD, e que se trata de um SSD Dual Sided.

Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.

ssd xpg gammix s11 pro 256gb controlador

Este line-up de SSD acompanha um controlador topo de linha da fabricante Silicon Motion, o SM2262ENG, cujo é um controlador com arquitetura ISA ARM de 32-bit e possui 2 nucléos de processamento Cortex® R5 (Dual-core) com processo de fabricação da TSMC de 28nm, valendo mencionar que neste SSD ambos os seus núcleos de processamento estão trabalhando a uma frequência de 625MHz.

Este controlador é facilmente encontrado em diversos SSDs topo de linha PCIe 3.0, como, por exemplo, alguns da HP, que, na verdade, são re-branding da Biwin, EX920 e EX950, Kingston KC2000 e KC2500 dentre diversos outros modelos.

Este controlador possui 8 canais de comunicação NV-DDR3 de até 800 MT/s, com suporte até 32 C.E., desta forma permitindo um interleaving com até 32 dies, ou seja, 4 dies por canal para obter o melhor desempenho.

DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.

ssd xpg gammix s11 pro 256gb dram cache

Neste SSD podemos observar que ele possui 2 chips de DRAM Cache, um em cada lado de seu PCB. Sendo cada chip da fabricante taiwanesa NANYA, que ao total, soma-se 256MB de DRAM Cache, onde cada Chip é de 128 MB (1Gb 16-bit).

Mais especificamente, no DRAM Cache NANYA NT5CC64M16GP-DI, estes chips são do tipo DDR3L que conseguem trabalhar a uma velocidade de transferência máxima de até 1600 MT/s com latências CL-11. E desta forma estão sendo aproveitadas ao máximo por seu controlador que trabalha com elas nesta mesma frequência de 1600 MT/s (800 MHz) como podemos observar ao utilizar uma ferramenta proprietária da Silicon Motion.

ez tools read id

NAND Flash
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 256GB possui 4 chips Nand flash marcado como “60077330”, que foram remarcados pela ADATA/XPG e tratam-se de NANDs da fabricante norte-americana Micron, utilizando dies modelos B16A FortisFlash sendo neste caso dies de 256Gb (32GiB) contendo 64-Layers de dados e um total de 74 gates, gerando uma array efficiency de 86,5% com 2 decks de 32 layers.

ssd xpg gammix s11 pro 256gb nand flash

Cada NAND Flash, portanto possui 64GB de densidade, sendo chips 2DP, ou seja, que possuem “2 dies / package“, sendo 2 dies B16A dentro de cada NAND Flash, que ao todo, temos 8 dies, que totalizam a densidade de 256GB. O que para um SSD de 256GB é ótimo devido ao paralelismo extra que temos. Caso fossem utilizados dies de 512Gb, diminuiria pela metade a sua quantidade e devido a isso, seu desempenho final.

micron fortisflash b16a
Micron TLC 64-Layer 256Gb B16A FortisFlash Die Floorplan

Cada um desses dies B16A possuem uma área de 58mm² e um processo de fabricação de 20nm com topologia Floating Gate, o qual a Micron já substituiu pelo Replacement Gate em seus Dies B47R (TLC 512Gb 176-Layer) e N48R (QLC 1Tb 176-Layer). Em um cenário mais otimizado, cada die destes conseguem oferecer até 39 MB/s com um tempo médio de programação de até 820µs em seu modo TLC, ou seja, em um SSD com 8 dies como este seriamos capazes de ter um desempenho máximo teórico de até 312 MB/s sem contar com overhead.

E com relação à sua durabilidade, cada um desses dies em modo de operação TLC, conseguem entregar cerca de 1500 P.E.C. (Program / Erase Cycle) que são a quantidade de ciclos que cada bloco consegue apagar e reprogramas suas páginas antes de sofrer uma deterioração tão grande até o controlador marcar tal bloco como inválido, ou como mais conhecemos “Bad Block“. Em seu modo pSLC temos um salto imenso para 40.000 Ciclos, mas que ainda é muito inferior a alguns dies Nativos SLC da própria Micron que conseguem cerca 50.000 até 100.00 ciclos, mas que, em contrapartida, são insanamente caros.

Outro ponto importante é que cada um destes Dies oferecem suporte a trabalhar em um barramento NV-DDR3 de até 667 MT/s ou NV-DDR2 de até 533 MT/s ONFi 4.0. Neste SSD vemos que cada die está trabalhando a 650 MT/s, portanto estão extraindo o máximo possível de cada die.

PMIC (Power Delivery)

exemplo pmic

Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum funcionamento, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts  até próximo de 10 W, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes. 

Podemos observar que neste SSD 2 chips se destacam, o “ALHK057” e o “13XH968” que são Load switches.

Graças a ajuda de um amigo e usuário do Fórum do Reddit, o Fzabkar que é um engenheiro eletricista, que foca especialmente no trabalho de recuperação de dados de SSDs e HDs, foi possível descobrir que estes C.I.s são das fabricantes Monolithic Power Systems e Texas Instruments.

O “ALHK057” é da M.P.S. cujo código representa o Step-down switch-mode Converter MP2147 que possui mosfets internos e consegue fornecer até 4A contínuos com uma tensão de entrada de 2.8V ~5.5V e uma tensão que pode ser ajustada em até 0.6V.

s11 pro vrm mp2147 datasheet 1

Já o “13XH968” trata-se de um load switch da Texas Instrument, modelo “TPS22975“, que é um C.I. de canal único que trabalho com tensões de entrada de 2.7V até 7.7V, possuindo uma resistência de 16mΩ com Vin (tensão de entrada) de 0.6 à 5.7V e consegue fornecer até 6A de corrente contínua para alimentação.

image

SSD Power States

Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

ssd xpg gammix s11 pro 256gb power states

Já neste SSD, vemos que temos novamente 5 power states primários, 3 ativos em idle, cujo primeiro tem um suporte até consumir insanos 9W, provando que este controlador é uma verdadeira usina hidro-elétrica, e dois power states em idle.

Algo interessante é que em seus power states ativos, a latência de entrada e de saída mostra-se como 0µs, porém, deva ser muito baixo sendo algo ótimo e mostra ser um drive responsivo devido a isto. E veremos no decorrer do artigo que na unidade de 256GB, ele sequer chegou a bater 4W, provando que esta lista de power states deve ser a mesma para todas as capacidades do SSD, portanto, este power state PS0 de 9W deva ser referente a unidades maiores de 2TB ou 1TB.

Também podemos observar que diferente de novos SSDs PCIe 4.0, este controlador possui limites para sofrer thermal throttling mais baixos, enquanto alguns SSDs 4.0 possuem limites acima de 100ºC, este a partir de 75ºC ~ 80ºC está programado para sofrer thermal throtling, no decorrer da análise veremos se isso realmente ocorre.

CURIOSIDADES SOBRE O SSD XPG GAMMIX S11 PRO 256GB

Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.

Bom, como já mencionei no início da análise, este SSD é uma SKU nova do SX8200 Pro que é um SSD que ficou reconhecido por ter diversas variantes. Vemos que uma destas provas é em uma review do Iskandar Souza ,que possui uma versão deste SSD com dies da Samsung V5 de 92-layers.

ISKANDAR SOUZA – REVIEW SSD XPG S11 Pro 2TB

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 21H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 21H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 3050 Gigabyte Gaming OC (Drivers: 526.xx)
– Armazenamento (OS): SSD SK Hynix Platinum P41 2TB (Firmware: 51060A20)
– SSD testado: SSD XPG Gammix S11 Pro 256GB (Firmware: SS0328D)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.

ONDE COMPRAR

Para aqueles que tiverem interesse em fazer a aquisição deste SSD no aliexpress com um preço camarada eis o nosso link de afiliados que também contribui conosco para podermos continuar com essas análises deste tipos de produtos. E com a quantia arrecadada será adquirido novos SSDs para novos testes. E para quem quiser este SSD pode ser encontrado facilmente na Terabyteshop também para quem quiser garantia Nacional.

Aliexpress – SSD XPG Gammix S11 Pro 512GB

Aliexpress – SSD XPG Gammix S11 Pro 1TB

Aliexpress – SSD XPG Gammix S11 Pro 2TB

TerabyteShop – SSD XPG Gammix S11 Pro 256GB

TerabyteShop – SSD XPG Gammix S11 Pro 512GB

TerabyteShop – SSD XPG Gammix S11 Pro 1TB

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Ao testarmos suas velocidades sequenciais podemos notar que em termos de sua leitura, ele se encaixa perfeitamente no quesito de PCIe 3.0 pois suas velocidades ficam na média dos demais PCIe 3.0 do comparativo e próximos até de alguns SSDs 4.0. Já em sua escrita, o cenário é outro, por se tratar um SSD de baixa densidade com “poucos” dies, sua largura de banda é afetada, mas isso na unidade de 256GB, nas unidades de 512GB e 1TB suas velocidade chegam a ser quase 3x maiores.

Já em suas latências, vemos que na leitura ele apresentou resultados melhores até mesmo em comparação a diversos SSDs PCIe 4.0 bem mais caros, sendo apenas um ponto fraco em sua latência de escrita, mas isso se dá ao fato de serem dies bem antigos.

Ao testarmos suas velocidades aleatória em Queue depth de 4, que representa uma carga de trabalho um pouco mais pesado, vemos que novamente em sua leitura ele consegue até ultrapassar alguns SSDs PCIe 4.0, ficando apenas para trás no quesito de escrita, novamente, devido ao fato de ser um SSD de baixa densidade com “poucos dies“.

Ao alocarmos apenas 1 thread para melhor representar uma carga de trabalho típica do dia a dia, vemos que as coisas continuaram iguais, sendo que a única diferença neste cenário é que a diferença de todos os SSDs caiu um pouco a mais.

image019

Neste teste, foram feitas 3 configurações de acessos entre diversas configurações de queue depth desde QD1, que representam um uso do dia a dia, quanto QD16, que já se torna bem surreal, mais comparável com ambientes virtualizados.

Como mencionamos no início da análise, a XPG informa que esse SSD é capaz de entregar até cerca de 220.000 IOPS de leitura aleatória e 290.000 IOPS de escrita, porém, isso em cenários super irreais como Q32T16, agora, ao testarmos com cargas mais típicas e até algumas mais difíceis de se encontrar, mas não irreais, vemos que o SSD no quesito de escrita quase bate a meta da XPG o que foi um excelente resultado.

Apenas em sua leitura que o SSD não ultrapassou os 161.000 IOPS, ficando abaixo dos 220.000 IOPS, mas novamente, isso devido ser uma carga de trabalho não tão irreal quanto a XPG informa.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO disk benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora vemos que tanto em sua leitura quanto sua gravação, o SSD começa em blocos bem pequenos com excelentes resultados, apenas quando o tamanho dos blocos foi aumentando, que em sua escrita, ele acaba ficando muito para trás, novamente, devido a esse ser um SSD de baixa densidade.

Em Queue depth de 1 vemos novamente isto, com a diferença apenas em sua leitura que acabou até mesmo ultrapassando alguns SSDs PCIe 4.0.

3DMark – Storage Benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

image031

Utilizando estas traces de mundo real mais recentes vemos que até mesmo para um SSD 3.0 de baixa densidade ele conseguiu apresentar resultados satisfatórios, porém, ficando abaixo dos demais SSDs 4.0 em todos os quesitos como largura de banda e latência, o que gerou uma pontuação que foi superior apenas ao N930e Pro.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

pcmark10 fb og

Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

image038

Já neste outro benchmark com foco maior no ramo de produtividade, vemos novamente que ele apresentou um desempenho abaixo dos demais SSDs PCIe 4.0 e pouco acima do Netac, isso novamente, devido a quantidade de dies que o SSD possui e por ele ser de baixa densidade.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

image041

Utilizando agora o Premiere Pro foi possível constatar que mesmo sendo um SSD de baixa densidade ele conseguiu um resultado bem respeitável neste cenário, provando até que seus irmãos maiores possam ser até melhores em cenários como este.

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho. 

image042

Utilizando este benchmark do Final Fantasy, que cronometra o tempo utilizado para carregar cada cutscene vemos que ele apresentou o resultado mais “lento” dentre os demais SSDs mas ainda sim é uma diferença imperceptível até mesmo em comparação com o melhor SSD ou o SSD SATA.

Considerando que, neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, vemos que o XPG teve um tempo no Windows 10 um pouco maior que o SN850, mas que foi aceitável ainda, sendo que ultrapassou o SN850 no Windows 11.

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING

Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).

image050

Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache dinâmico, de cerca de 41GB, que conseguiu manter velocidade média de ~ 1126 MB/s até o fim do buffer, o que foi uma velocidade baixa considerando que essa é uma unidade SSD PCIe 3.0, porém, está de acordo com o especificado pela XPG, novamente, pelo fato de ser um SSD de baixa densidade já é algo esperado.

image052

Após ter gravado 41GB, ele começou a escrever nos blocos programados nativamente como TLC, onde gravou de 42GB até 169GB, o que representa sua velocidade nativa cuja média foi de 278 MB/s. O que é uma velocidade bem baixa, mas como se trata de um SSD TLC com “apenas” 8 dies, é algo esperado, já logo após sua nativa TLC, ele entrou no processo de folding/Copyback e caiu ainda mais para uma média de 186 MB/s.

No geral, sua média contando sua nativa em adição à sua velocidade em folding foi cerca de 232 MB/s, o que foi apenas um pouco abaixo do Kingston NV2 de 500GB que testamos recentemente.

Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele conseguiu recuperar cerca de 2GB à 3GB em menos de 30 segundos em idle, infelizmente, mesmo após 2 horas em idle ele não conseguiu recuperar mais do que isto.

Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, será foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) e sua versão extraída com o Winrar para uma pasta contendo 1.874 arquivos menores juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

image064

Ao utilizarmos a imagem .ISO do sistema operacional Windows 10, vemos que ele se sai na frente do HD, pois embora seu pSLC Cache tenha tamanho suficiente para realizar essa transferência, o que acaba prejudicado é quantidade de Dies que o SSD possui, que afeta severamente sua velocidade de escrita, limitada à próximo de 1200 MB/s e neste teste alcançou 850 ~ 900 MB/s.

image066

Vemos que o mesmo se repetiu ao utilizarmos este arquivo .ISO extraído para uma pasta, aonde a diferença entre os SSDs foi maior e o S11 se distanciou dos demais SSDs.

image068

Vemos novamemte neste teste que em cenários de transferências de arquivos maiores fica mais evidentes SSDs com melhor performance do que os de menor performance ou densidade como este SSD.

TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.

image070

Após passados 15 minutos de estresse no IOmeter vemos que o SSD sequer conseguiu alcançar o limite de thermal throttling o que foi um excelente resultado, mas isso foi devido a vazão de dados pós pSLC Cache ser bem baixa, pois desta forma o controlador quase não esquenta, porém, um ponto positivo é que embora esse “dissipador”, se formos chamar de dissipador, que na verdade é apenas uma chapa metálica com uma colinha, contribuiu para o arrefecimento térmico.

E por ser fino pode ser utilizado sem problema algum em laptops e até mesmo junto de dissipadores de placas mães.

CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA

SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.

quarch programmable power module
Agradecimento especial a Quarch Solutions por terem enviado esta unidade para testes

Neste trecho da análisem utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.

Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.

image080

Em termos de eficiência, esta unidade de 256GB foi lastimável devido à alguns fatores, não por ser um SSD ruim, mas pelo fato de utilizar um controlador que embora seja ótimo, costuma ter consumo elevado, fora que sua largura de banda pós SLC Cache é muito baixa fazendo com que o consumo não caia tanto quando o SSD sai da região de SLC Cache, contribuindo para este resultando ruim.

Mas felizmente, as unidades de maiores densidades oferecem uma eficiência bem maior, o consumo também aumenta bastante pois como vimos, este SSD é capaz de consumir até 9 W, mas suas larguras de banda também são muito maiores que a unidade de 256GB.

image074

Podemos observar que em relação aos demais SSDs, ele teve um consumo relativamente baixo, mas devemos levar em conta que são SSDs com densidade 4x maior e boa parte são SSDs PCIe 4.0, portanto para um SSD deste nível 3.0 e dessa capacidade foi um consumo bem elevado.

image076

Já seu consumo médio foi apenas um pouco menor que sua máxima, mas ainda sim foi bem elevado para esta categoria de SSDs PCIe 3.0, por exemplo, o SK Hynix P41 que está entre um dos 5 melhores SSDs do planeta teve uma média pouco menor, e ele é um SSD flagship Gen 4.0.

image078

Por último e mais importante, teste em Idle, que é o cenário que a esmagadora maoria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiao, levando em conta que boa parte das requisições e operações feita pelos sistemas operacionais sequer exercem uma carga excessiva no SSD, mas podemos observar que neste quesito ele apresentou um resultado satisfatório um pouco acima apenas dos outros SSDs PCIe 3.0, mas que ainda sim se enquadra nessa categoria ficando abaixo dos demais SSDs 4.0.

Conclusão

Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?

Sim, este line-up de SSDs apresenta um excelente desempenho pelo custo, mas como qualquer unidade, apresenta vantagens e desvantages, onde essa unidade de 256GB não recomendaria e caso desejem este modelo, sugiro no mínimo a de 512GB, que possui desempenho superior à esta de 256GB. Mas cabe lembrar que temos também outras opções PCIe 4.0 na mesma faixa de preço, como por exemplo, o Kingston NV2, que testamos recentemente que apresentaram bons resultados.

VANTAGENS

  • Ótimas Velocidades de Leitura sequencial para SSDs PCIe 3.0
  • Velocidades Aleatória decentes para um SSD de baixo custo
  • Latência de leitura decente para este SSD
  • Desempenho em cenários práticos e casuais decentes e uma boa escolha para laptops
  • Não sofre thermal throttling e o “dissipador” ajuda
  • Construção interna boa, usa um ótimo controlador junto de bons dies, mas bem desatualizados
  • Volume de pSLC Cache de bom tamanho
  • Volume de pSLC Cache se recupera de forma OK, demora um pouco apenas para recuperar seu volume dinâmico
  • Bundle de Software com algumas funcionalidades
  • Bom nível de durabilidade
  • SSD com consumo elétrico em idle bem baixo
  • Possui Criptografia (AES-256 bit)
  • Preço competitivo e atraente
  • Garantia de Nacional de 5 Anos

DESVANTAGENS

  • Velocidades sequencial de escrita baixa para um SSD Gen 3, isso devido a sua densidade
  • Sofre variação de componentes internos
  • Latências de escrita um pouco elevada em unidades de menor densidade
  • Velocidade de gravação sustentada baixa
  • Consumo elétrico elevado e eficiência não é tão alta nas unidades de baixa densidade

Você também pode gostar...

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: