Review – Samsung 990 Pro 2TB – Um dos SSDs 4.0 mais rápidos do planeta!
Hoje, testaremos um SSD NVMe da fabricante sul-coreana, do segmento topo de linha, modelo 990 Pro. Neste teste, constataremos o modelo de 2TB.
Ele vem no formato M.2 com barramento de 64Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 4.0, protocolo NVMe 2.0, o que é um diferencial tendo em vista que boa parte dos SSDs usam a versão 1.4 deste protocolo, com capacidades que variam desde 1TB até 4TB, porém, até hoje, o SSD de 4TB é apenas uma promessa. Seu preço geralmente se encontra próximo dos R$1.009 para a unidade de 1TB, enquanto a unidade de 2TB se encontra por volta de R$1.700.
Especificações do SSD
A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 2TB):
Como podemos observar, a Samsung optou em não lançar unidade menores que 1TB, o que até faz sentido, porém, é decepcionante a empresa anunciar um produto como de 4TB e não lançar quase um ano após seu lançamento oficial. De todo modo, vamos abordar mais a frente o porquê da Samsung ter feito isto.
Softwares do SSD
A Samsung oferece um software chamado Samsung Magician, o qual é bastante conhecido no mercado, que é repleto de funcionalidades. Nele temos opções que vão desde o monitoramento do SSD, testes sintéticos para medir suas velocidades aleatórias, atualização de firmware, o que eu recomendo que seja realizado devido aos problemas apresentados por essa linha, fora algumas opções mais avançadas como possibilidade de diminuir ou aumentar a porcentagem de Over Provisioning e seus modos de uso, como Full Power mode, que também abordaremos em seguida.









Problema de degradação do SSD e atualização de Firmware
Talvez vocês já devem ter visto os problemas que este SSD e outros modelos da Samsung vem sofrendo com relação à rápida degradação da vida útil em um curto período. Neste trecho da análise irei abordar o que aconteceu, o que a Samsung fez para tentar resolver o problema e um breve tutorial para solucionar o problema.
Como podemos observar neste post do Tom’s Hardware referente ao problema do Samsung 990 Pro, “Samsung 990 Pro SSDs Report Rapid Health Degradation“, foi possível constatar que alguns usuários do Reddit, apresentaram queda grande e repentina da vida útil do SSD, por isso é importante a atualização do firmware.
Para iniciarmos o processo de atualização do firmware, vamos para a sessão do software chamada de Drive Details
Logo em seguida, clicamos em “Update” aonde ele fará uma varredura dos drives que temos instalados e no banco de dados da Samsung por novos firmwares
Logo após o software ter encontrado o firmware, ele dá um aviso que o computador será reiniciado em 20 segundos após o término da atualização.
Após clicarmos em OK, ele mostra essa mensagem que o processo está em andamento.
Agora que o processo terminou, ou esperamos 20 segundos, ou clicamos em reiniciar agora e assim que PC reiniciar, o SSD estará com o firmware mais recente.
Unboxing
O SSD vem em uma caixa preta com uma foto do SSD em sua parte frontal enquanto na parte traseira vemos que ele acompanha apenas algumas informações do produto. E ao removermos o produto da caixa vemos que ele vem numa case branca com um plástico de proteção.



Todo line-up de SSDs 980 Pro e 990 Pro são SSDs single sided, o que facilita para o arrefecimento térmico.


O seu PCB conta com 4 chips principais, 2 NAND Flashs, um módulo LPDDR4 como DRAM Cache e seu controlador.

Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, faz com que o SSD tenha um bom desempenho.
Este SSD da Samsung utiliza um controlador topo de linha de alto desempenho da própria fabricante, marcado como S4LV008, também conhecido como Pascal.
Infelizmente, a Samsung não divulga informações sobre o controlador, provavelmente seus núcleos de processamento sejam ARM Cortex-R5 já que eles foram desenvolvidos para este tipo de tarefa, talvez sejam a mesma quantidade de núcleos dos antigos controladores que costumavam ter 5 núcleos.
Este controlador possui 8 canais de comunicação e “possivelmente” suporte para 8 comandos “chip enable” por canal, permitindo desta forma se intercalar com até 64 Dies. Além disto foi utilizado um processo de fabricação Samsung 8nm.
DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.
Este SSD de 2TB utiliza um C.I. como DRAM Cache, sendo este modelo, “K4F6E6S4HM-BGCJ”, que é um chip do tipo LPDDR4 com 16Gb de densidade (2GB), optaram em utilizar estes módulos LPDDR4 que são facilmente encontrados em smartphones para que ele conseguisse aumentar sua eficiência energética, porém, infelizmente, não foi possível detectar a frequência e latência deste C.I.
NAND Flashs
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 2TB possui 2 chips Nand flashs marcados como “K9DVGY8JRD-DCK0”. Tratam-se de Nands da fabricante sul-coreana Samsung, modelos 3D TLC V7 V-NAND sendo neste caso dies de 512Gb (64GiB) contendo 176-Layers de dados.
Cada um desses dies oferecem um throughput de até 184 MB/s com latência de 40 µs em sua leitura (tR) e em sua programação efetiva, uma média de 347 µs (tPROG), o que sao extremamente rápidos para NANDs TLC.

Acima podemos ver uma ilustração desses novos Dies TLC da Samsung, e um ponto positivo que a Samsung fez nesses novos Dies, é que diferente dos seus antecessores, eles incluíram 4 planes nestes dies, o que aumentou drasticamente o desempenho individual deles.
Se repararmos bem, cada die oferece um throughput teoricamente maior que as Micron B47R, que até o momento eram os melhores Dies TLC no quesito de largura de banda, aonde um SSD com 32 dies podia alcançar velocidades próximas dos 4GB/s de forma nativa, gerando uma vazão de cerca de 120 a 130 MB/s para cada Die. Com estes dies da Samsung V7 512Gb, cada um consegue oferecer cerca de 150 a 160 MB/s considerando o overhead, fazendo com que um SSD com 32 dies tenha uma largura de banda de 4.800 a 5.120 MB/s, superando a marca das B47R. Veremos se isso realmente ocorre no decorrer da análise.
Outro detalhe interessante é que a essas NANDs possuem um barramento bem alto de 2000 MT/s (1.000 MHz) de comunicação com o seu controlador.
P.M.I.C. / VRM (Power Delivery)
Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum funcionamento, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts até próximo de 10 watts, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um circuito eletrônico responsável por prover alimentação para demais componentes.

Neste SSD, temos tanto a presença de “Load switches” responsáveis por prover a alimentação dos SSDs, sendo um dos tipos utilizados, o “Texas Instruments TPS22990“, cujas especificações técnicas dizem conseguir trabalhar com até 5.5 V, 10A e uma resistência de 3.9 mΩ.

Fora isso encontramos vários capacitores, indutores e resistores ao redor do VRM do SSD. Junto de seu PMIC principal marcado como.
SSD NVMe Power States
Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.
Podemos ver inicialmente que o SSD possui em seu adesivo uma marcação que ele trabalha com “Até 3.3V e 2.2A” o que pode gerar um total de 7.26W, veremos no decorrer da análise se isto acontece, além de que seus power states anunciam consumos de mais de 9W o que é bem elevado mas o SSD provavelmente fica muito abaixo disto.
O que seria este “Full Power Mode” da Samsung
Para os usuários mais atentos, na sessão que mostramos o software Samsung Magician, é possível notar que existem algumas funções de desempenho no SSD, aonde a “Full Power Mode” é uma dela, e nesta review iremos testá-la também.
Inicialmente uma das principais e mais importantes mudanças que ela realiza é desativar os demais Power States desde o PS 1 até Power States em Idle como PS2 até o PS4, junto dos L1.2.
Com isto sendo feito o SSD está “sempre pronto” para qualquer atividade, tendo em vista que em sua esmagadora maioria do tempo em um uso cotidiano mais realístico o controlador fica em power states de menor consumo para ter uma melhor eficiência, porém, ao surgir uma demanda maior onde o controlador necessita ter um consumo maior e ser mais “responsivo” ele precisa transitar para power states ativos como os Power States “PS0, PS 1 e PS 2“, porém, podemos notar que para realizar essa mudança há um certo tempo para que ela ocorra, que é o tempo de latência de entrada e saída.
Os power States em Idle possuem um tempo de entrada e saída muito mais elevados do que quando o SSD está ativo, o que em “TEORIA“, estaria limitando brevemente o desempenho do SSD. Com este Full Power Mode, este problema é sanado deixando o SSD sempre em seu Power State PS0 que é o principal e mais ativo e responsivo, porém, seu consumo também deve aumentar.
CURIOSIDADES SOBRE O SSD SAMSUNG 990 PRO 2TB
Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.
Felizmente, por se tratar de um design totalmente proprietário ele não sofre variação de componentes internos, pelo menos até o momento desta análise.
Outro ponto interessante é que, de fábrica este SSD acompanha um volume de Over-provisioning de aproximadamente 9.9% de onde dos 2048 GiB de espaço que o SSD possui, 1863GiB são disponíveis como L.B.A. (para o usuário utilizar). Porém ao acionarmos o Full Power Mode a Samsung também aumenta bastante o volume de over-provisioning para cerca de 22.1%, aonde sua capacidade cai para cerca de 1677 GiB. Isto é bom, pois aumenta o desempenho do SSD como veremos, sem falar que diminuir o W.A. (Write Amplification), porém o ponto negativo é a perca de 186GiB de espaço.
METODOLOGIA DE TESTES
Nesta bateria de testes, serão utilizados softwares como Crystal Disk Mark, PCMark 10 (versão paga), IOmeter, 3DMark, ATTO Disk Benchmark, Adobe Premiere, além de utilizar o Final Fantasy XIV para teste de tempo de carregamento de games e tempo de carregamento de Boot do Windows 10 e 11 utilizando o Bootracer.
Importante ressaltar que, quaisquer breves mudanças no sistema operacional, plataforma utilizada seja Intel ou AMD, versão de drivers como Chipset, modelo de processador, modelo de placa mãe, versões do Sistema Operacional, podem gerar resultados com uma diferença do apresentado, levando isto em conta, a seguir, será listado todas as especificações da bancada utilizada, sendo que cada teste realizado foi aferido 3 vezes tendo utilizado a média de cada resultado.
BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 21H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 21H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 3050 Gigabyte Gaming OC (Drivers: 512.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 001C)
– SSD testado: SSD Samsung 990 Pro 2TB (Firmware: 3B2QJXD7)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.
ONDE COMPRAR
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Aliexpress – SSD Samsung 990 Pro 1TB – R$ 660,77
CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:
Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread
Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads


Ao testarmos suas velocidades sequenciais podemos observar que ele teve um dos melhores resultados, principalmente em sua escrita, embora a diferença tenha sido pequena foi muito legal este desempenho.


Já em suas latências, o qual são os cenários mais realistas que podemos ver em casos de uso cotidiano, vemos que ele apresentou um empate com o P44 Pro da Solidigm no quesito de leitura quando usamos seu “Full power mode” e já em sua escrita, ele acabou se saindo bem também, porém, se afastou do P44, que se manteve no pódio.


Ao testarmos suas velocidades aleatórias com 1 fila e 4 threads alocadas, em sua leitura ele novamente tem os melhores resultados do comparativo utilizando seu modo FPM. Estamos vendo uma boa consistência de resultados com este modo, o que é um excelente ponto positivo, já em sua escrita ele apresentou um desempenho mais regular de acordo com outros SSDs.


Já com apenas uma thread alocada, ele conseguiu ultrapassar os 97 MB/s em sua leitura e em sua escrita ele obteve um resultado mais humilde, mas realmente, em sua leitura para esta plataforma AMD foi ótimo ao usar o FPM.
ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4
Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:
Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB
Tamanho do arquivo: 256MB
Queue Depth: 1 e 4.


O ATTO disk benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora observamos que em sua leitura, principalmente em blocos pequenos ele consegue se sair a frente dos demais SSDs, apenas quando passamos de 256KB que ele perde a liderança para outros modelos.
Em sua escrita ele novamente em blocos muito pequenos dispara em relação aos demais ficando parelho com o Solidigm P44 com seu driver NVMe customizado


Já com apenas 1 thread alocada, em QD de 1 vemos que em sua leitura ele novamente dispara em relação aos demais SSDs, em sua escrita ele também se saiu bem consistente com os demais SSDs mesmo com seu modo FPM.
3DMark – Storage Benchmark
Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns games e transferências de arquivos de pastas de games.


Já neste novo benchmark da 3DMark voltado a uso cotidiano e para cenários com foco em games e outras tarefas realísticas, vemos que ele conseguiu entregar um excelente resultado, graças a sua largura de banda que foi bem elevada e sua latência que foi bem baixa, mas acabou perdendo apenas para o Solidigm P44 Pro, com seu driver NVMe customizado.
PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.
Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)
Neste benchmark um pouco mais antigo e menos “otimizado” com um foco maior em produtividade com pacote Adobe e Office, vemos que ele ultrapassou o P44 Pro da Solidigm, o que foi outro incrível resultado, passando bem dos 4.000 pontos.
TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.
Ao utilizarmos este projeto no Premiere, vemos que ele não apresentou o melhor resultado mas se saiu bem, com um empate técnico com o NV7000 de 2TB e o SN850.
TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo. Por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho.
Neste benchmark do Final Fantasy, aonde cada setor do benchmark é calculado o tempo médio estimado que cada cena levou para ser carregada, vemos que o Samsung em seu modo normal possui um empate técnico com o Netac NV7000 de 1TB, o que foi um resultado decente, porém ao ativar o modo FPM ele teve uma queda no tempo de carregamento o que levantou o ranking deste SSD tendo um resultado melhor.

Considerando que, neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, vemos que o Samsung ao usar o modo FPM foi o SSD que teve o menor tempo para carregar o OS embora a diferença seja mínima ainda sim foi o melhor.
TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).
Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache híbrido, cerca de 240GB, embora a Samsung informe que este SSD possui 226GB, de onde 10GB são estáticos e 216GB são dinâmicos, vemos que ele conseguiu manter velocidade média de ~ 6493 MB/s até o fim do buffer, o que foi um ótimo resultado.
Neste caso este design híbrido é similar a demais modelos utilizados por outras fabricantes como o nCache 4.0 da Western Digital que encontramos em SSDs como o SN850 e o Hyper Write que encontramos em modelos da Solidigm e SK Hynix, aonde todos são designs híbridos que focam em ter tanto desempenho quanto durabilidade.
Após ele ter gravado 240GB, ele começou a escrever nos blocos programados nativamente como TLC, aonde gravou de 241GB até 2TB, representando sua velocidade nativa cuja média foi de 1403 MB/s. O curioso é que, geralmente SSDs com essa quantidade de volume de pSLC Cache, geralmente precisam entrar no estado de folding/Copyback para poderem liberar mais espaço e continuar sua gravação, curiosamente este SSD não teve queda de desempenho após esta primeira queda, pois como havíamos mencionado anteriormente, a Samsung aparentemente está limitando a velocidade de gravação nativa TLC deste SSD para diminuir seu consumo elétrico e dissipação térmica. E com isso possa ser que esteja acontecendo algum folding em segundo plano.
Nesta unidade de 2TB, vemos que de seus 226GB à 240GB, ele possui um volume de pSLC Cache estático que aparenta ser de aproximadamente 10GB enquanto possui quase 216GB de volume dinâmico, que diminui conforme o SSD vai se enchendo.
Ao comparamos suas velocidades de gravação pos pSLC Cache com os demais SSDs, vemos que ele não consegue alcançar o Rocket 4 Plus de 4 TB devido as limitações da Samsung, mas ainda sim conseguiu obter um excelente resultado com um design bem otimizado, o que com certeza é mais do que suficiente para qualquer workload que for utilizado.


Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e, no decorrer da nossa bateria de testes, que vai de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele conseguiu recuperar cerca de 10GB em menos de 30 segundos em idle, que representa seu volume de pSLC Cache estático, infelizmente, mesmo após 2 horas em idle ele não conseguiu recuperar mais do que isto.
Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos, novamente reforçando que este design Turbo Write 2.0 foi bem implementado.
TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) e sua versão extraída com o Winrar para uma pasta contendo 1.874 arquivos menores juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB.
Ao utilizarmos a imagem do sistema operacional do windows 10 compactada para uma pasta, vemos que ao usar o modo FPM ele obteve o melhor resultado do comparativo.
Já ao utilizarmos a pasta do CSGO sendo muito maior, vemos que novamente este modo FPM fez com que o SSD atingisse o primeiro lugar do comparativo.
TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.
Durante o teste de escrita foi possível constatar que o SSD não sofreu thermal throttling embora ele tenha ficado bem próximo do limite térmico de 82ºC.
Curiosamente este SSD possui 3 sensores de temperatura, aonde um acusava mais de 93 °C, porém, com a câmera térmica não foi possível medir essa temperatura em lugar algum no PCB, o hotspot mais quente que foi possível detectar foi sobre o IHS do controlador, aonde bateu 80 °C.
No vídeo acima vemos uma breve time-lapse utilizando uma câmera térmica Infiray T3 durante 15 minutos de um teste de stress no IOmeter para observamos quais pontos de seu PCB superaquecem.
CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA
SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.
Neste trecho da análisem utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.
Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.
No quesito de eficiência vemos que a Samsung detonou a concorrência nesse quesito, e curiosamente mesmo no cenário de usar o FPM ele ainda foi levemente mais eficiência pois conseguiu realizar a transferência em menos tempo devido sua maior largura de banda.
Com relação ao consumo máximo que este SSD atingiu, ele foi muito menor que os 9.39W marcados em seu power state, o que foi um resultado ótimo, e mesmo sendo um SSD de 2TB, ele foi o Gen4 topo de linha com menor consumo até o momento, até mesmo menor que o do Solidigm.
Já em sua média, ao realizarmos uma transferência de mais de 210GB vemos que ele teve um consumo um pouco mais elevado que o Western Digital, mas ainda sim foi um resultado incrível.
Já em Idle que é o power state que os SSDs se encontram pela maioria do tempo vemos que ele teve um consumo levemente superior aos demais Gen4 do comparativo, mesmo sem ativar seu modo FPM. Já ao ativá-lo seu consumo aumentou para mais de 1.3W.
Conclusão
Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?
No quesito de desempenho, esse SSD se mostrou um produto incrível, como foi possível ver nos testes, mas nem tudo são rosas, para ele ter um desempenho neste nível, o preço também acompanha, e é aí que o vem o problema, pois o preço deste SSD é bem salgado. Então, caso esteja procurando por um SSD Gen4 com desempenho legal, temos diversas soluções com melhor custo benefício como o Kingston Fury Renegade ou Solidigm P44 Pro.
VANTAGENS
- Até o momento, as melhores velocidade sequenciais
- Velocidades Aleatória excelentes, o SSD com melhor resultado em QD1
- Excelentes latências de leitura e escrita
- Desempenho em cenários práticos e casuais incríveis e perfeito para ambiente profissionais
- Não sofre variação de componentes internos
- Não sofre thermal throttling
- Construção interna impecável, controlador incrível com Dies super rápidos
- Volume de pSLC Cache de ótimo tamanho
- Velocidade sustentada de escrita pós pSLC Cache ótima
- Volume de pSLC Cache se recupera de forma razoável
- Bundle de Software bem completo
- Excelente nível de durabilidade
- Excelente eficiência energética
- Baixo consumo elétrico em Idle
- Oferece criptografia AES-256 bit e TCG Opal
- Garantia de 5 anos
DESVANTAGENS
- Unidade de 4TB ainda não foi disponibilizada
- Preço muito elevado
- Garantia fora do Brasil