Review – Lenovo ThinkPad E14 Gen3 AMD – Uma boa opção de notebook para trabalho!
Fala pessoal, tudo bem?
Nessa review, iremos analisar o notebook Lenovo ThinkPad E14, que pertence à linha corporativa da marca, sendo voltado a uso profissional e oferecido em versões equipadas tanto com processadores da AMD quanto da Intel, onde o exemplar dos nossos testes é de terceira geração “Gen3” e usa CPU AMD.
O Laptop vem em uma caixa de papelão relativamente simples, com grande destaque a série “ThinkPad” e o fabricante Lenovo. Acompanha o aparelho apenas um carregador USB-C de 65W.
Do exterior do notebook, por ser um modelo com tela de 14”, ele possui dimensões razoavelmente compactas, com 20,9 mm (Altura) x 324 mm (Largura) x 220,7 mm (Profundidade) e pesa cerca de 1,64 Kg.
Já em relação ao acabamento, o E14 possui o visual externo sóbrio, como era de se esperar de um ThinkPad, onde a tampa superior tem um acabamento que a princípio é bonito, contudo, pega marcas de dedo com muita facilidade, deixando de ser bonito e requerendo certo cuidado do dono, já a tampa inferior é de plástico e possui vários vãos para admissão/exaustão de ar pelo sistema de refrigeração.


Como dito anteriormente, o visual do notebook é bastante sóbrio, mas nem por isso a fabricante não deixou de incluir alguns detalhes legais, por exemplo, o pingo no “I” do ThinkPad é, na verdade, um led vermelho que acende quando o aparelho está ligado e na parte de baixo, existem borrachas anti-derrapantes, similares àquelas que encontramos em alguns teclados mecânicos.



Em relação às conexões externas são as seguintes:
1x USB-C 3.2 Geração 1 (suporte para transferência de dados, Power Delivery 3.0 e DisplayPort 1.2TM)
1 x USB 3.2 Geração 1 (unidade sempre ligada)
1 x USB 2.0
1 x HDMI 1.4
1 x RJ-45
1 x Áudio combo jack (conector combinado fone de ouvido e microfone)
De todo, seria interessante ver ao menos mais uma USB 3.2 nesse notebook, o que seria em muitos casos úteis, afinal, só de se usar um teclado e mouse externos, as duas USBs já estariam ocupadas, sendo necessário recorrer a um HUB USB caso precise de mais portas.


Ao abrir o notebook, o visual é o tradicional dos ThinkPads, que remontam da época que essa era a divisão de notebooks da IBM, ou seja, continua tudo clássico, sóbrio e sem “firulas”, o que muita gente, pode considerar antiquado ou “chato”.



Em relação ao teclado, as teclas possuem tamanho normal e são razoavelmente firmes, porém, confortáveis para um teclado de membrana. A versão do E14 vendida no Brasil não possui retro-iluminação e obviamente, não incluem teclado numérico, já que não seria possível de incluí-lo em um chassis de 14″ sem reduzir as teclas.
O trackpad tem tamanho normal de 6 cm x 10 cm e conta com dois botões adicionais. No todo, o conjunto passar impressão de solidez e funciona a contento. Além disso, temos o tradicional trackpoint no meio do teclado, algo que vem desde a época que os ThinkPad ainda eram fabricados pela IBM e tem a preferência de muita gente, afinal, esse é literalmente um “mouse” no meio do teclado, o que confere alguma agilidade extra a quem já está acostumado com ele.



Em relação à tela, são oferecidas quatro opções de painel, três IPS com 250 ou 300 nits, incluindo uma 100% sRGB com foco nos usuários que pretendem usar o notebook para edição de imagem e também uma TN com 250 nits, todas com resolução de 1920×1080.
Infelizmente, aqui no Brasil, o E14 é oferecido apenas o painel TN, que traz consigo as limitações características desse tipo de tela, ou seja, reprodução de cores aquém de um painel IPS ou VA, contraste limitado e ângulos de visão lateral que requerem do usuário ficar “acertando” a tela para conseguir ver as coisas.
Dito isso, o painel do E14 está longe de ser o pior TN que você já viu, com qualidade de imagem e cor até toleráveis, porém, com as irremediáveis limitações no ângulo de visão, brilho e contraste.
Sobre a webcam, ela é 720p, inclui microfone e especificamente para esse notebook, os projetistas tiveram a genial ideia de incluir uma espécie de “tampão de correr”, que você pode mudar a posição caso não esteja usando a câmera, bloqueando assim a visão.
Essa é uma solução ótima para aqueles que desejam privacidade, eliminando a necessidade de fazer gambiarra com adesivos.
O acesso à placa-mãe é feito ao remover a tampa inferior, presa por sete parafusos, contudo, tenha em mãos um kit de palhetas plásticas para usar no vão entre a carcaça e a tampa, pois ela não sai apenas com a remoção dos parafusos.
Ao abrir o notebook, vemos que ele conta com duas M.2, onde uma delas é 2242 e a outra 2280 e um slot de memória SO-DIMM DDR4, o qual se encontra logo abaixo daquela armadura metálica. No geral, fazer upgrades ou manutenção nesse notebook tende a ser uma tarefa razoavelmente simples, contanto que tenha em mãos as ferramentas adequadas.
Detalhes do hardware:
CPU
O ThinkPad E14 Gen3 “AMD” é oferecido com processadores Ryzen 5000U “Lucienne”, ou seja, os com segundo digito impar. Apesar desse nome passar a impressão de que estamos lidando com CPUs Zen3, na realidade, o “Lucienne” é um refresh do Renoir, ou seja, usa núcleos Zen2 e GPU Vega.
O exemplar testado veio equipado com o Ryzen 3 5300U, ou seja, trata-se de um quad-core Zen2 com frequência de boost máximo de 3.8GHz, TDP de 15W configuráveis até 25W e GPU integrado Vega 6. É importante ressaltar que esses processadores são BGA, estão soldados diretamente na placa-mãe, portanto, é bom escolher bem na hora da compra, já que isso impossibilita upgrades futuros.
Memória
Sobre a memória, esse modelo vem com 8GB de RAM DDR4-3200 já soldados na placa-mãe, o que é um ponto negativo e, infelizmente, prática comum em notebooks de entrada, já que para uma pequena economia de escala, restringe-se a liberdade do usuário final em fazer upgrade, fora que se algum desses chips de memória apresentar defeito, o reparo pode sair muito mais caro do que simplesmente trocar um módulo SO-DIMM defeituoso.
Apesar disso ser um ponto negativo, é importante ressaltar que essa é uma situação melhor do que a de muitos outros notebooks de entrada, que vem com apenas 4GB de RAM soldado, o que limita ainda mais o upgrade, com o usuário invariavelmente caindo em um cenário de “dual channel” assimétrico, já que 8GB de RAM é o mínimo do mínimo hoje em dia.
Em relação aos chips de memória utilizados, são quatro Samsung A-Die 16Gbit com especificação de 3200 Mbps 1.2V e timings JEDEC (22-22-22-XX) e slot de expansão SODIMM protegidos por uma capa metálica.


É uma boa ideia pensar no upgrade para ao menos 16 GB não só pela maior capacidade, mas também pelo “Dual Channel”, que deve fazer uma diferença considerável no desempenho gráfico e em algumas aplicações, por isso, testaremos como ele vem de fábrica e também com upgrade para 16GB de RAM, investindo cerca de 110 reais a mais por um módulo de memória DDR4-3200 CL20.
Apesar de termos feito o upgrade para 16 GB de RAM, é possível instalar até 40 GB de memória usando um módulo de 32 GB, ainda que essa seja uma configuração de memória assimétrica com desempenho um pouco menor do que o “dual channel tradicional”.
SSD
A respeito do SSD que acompanha o notebook, é uma unidade NVMe PCIe Gen4 no formato M.2 2240, com capacidade de 256 GB. Por questão de garantia, não foi possível remover a etiqueta para dar uma olhada nos componentes e por ele vir com o S.O instalado, também não foi possível fazer a identificação via software.
De todo modo, a foto do datasheet desse unidade sugere que essa é uma unidade “DRAM Less” com controladora Silicon Motion, porém, esse é só um palpite, já que a imagem pode ser meramente ilustrativa.
É importante lembrar que apesar desse SSD ser Gen4, esse notebook está restrito a PCIe Gen3 por limitação do Ryzen 3 5300U, onde o suporte a Gen4 só chegou aos notebooks AMD com a APUs Ryzen 6000 de codenome “Rembrandt”.
Bateria
A Lenovo incluiu nesse modelo uma bateria de 3 células de 45 Wh com carregamento rápido, prometendo cerca de 80% de carga em apenas 1h. Veremos adiante qual a duração dessa bateria durante o uso.
Software
Não é de hoje que as fabricantes têm a fama de fazer customizações de gosto duvidoso no sistema operacional de notebooks e até mesmo celulares, incluindo um caminhão de programas inúteis que só servem para ocupar espaço no armazenamento, felizmente, esse não foi o caso da Lenovo com o E14 Gen3, que acompanha o Lenovo Vantage, anti-vírus McAfee e Office instalado.
Sobre o Lenovo Vantage, trata-se de um software realmente útil, o qual permite ao usuário acompanhar diversos “atributos” do notebook, desde duração da garantia, alterar parâmetros bem úteis, por exemplo, limitar o carregamento da bateria a uma determinada porcentagem, o que pode servir bem as pessoas que usam o notebook ligado na tomada na maior parte do tempo, preservando a vida útil da bateria.
Além disso, é possível fazer atualização de drivers e bios, configurações no áudio, brilho na tela e teclas de função.








Onde encontrar e preço?
O Lenovo ThinkPad E14 Gen3 pode ser adquirido tanto na loja oficial da Lenovo quanto na Amazon, onde atualmente, apenas a versão com Ryzen 5 5500U está disponível.
Configurações utilizadas (Hardware / Software)
Lenovo ThinkPad E14 Gen3 AMD
CPU: Ryzen 3 5300U (Zen2 + Vega 6)
RAM: 8 GB DDR4-3200 CL22 soldados + 8 GB HyperX Impact DDR4-3200 CL20
SSD: 256 GB NVMe PCIe x4 4.0 @ 3.0
Software: Windows 11 atualizado, Microsoft Office (versão 16.0.16731.20234), 7Zip 23.01, Blender 3.6.4, CapframeX, HWiNFO 7.62
Resultados
Benchmarks 2D
Sobre os benchmarks utilizados, foi utilizado o Windows 11 atualizado, onde os números foram obtidos com o HPET desligado, com no mínimo três rodadas para cada teste, onde o melhor e o pior resultado foi descartado.
Todos os testes foram conduzidos com perfil de energia “Balanceado”.
- 7Zip, que é uma ferramenta de compressão/descompressão de arquivos de código aberto, provavelmente um dos mais utilizados mundialmente e no caso, foi utilizada a ferramenta benchmark integrada com suas configurações padrão.
- Blender 3.6.4, que é novamente um software de código aberto utilizado para modelagem, renderização e animação 3d, no caso, foi utilizado a “clássica” cena da renderização do BMW que pode ser encontrada nesse link com o nome de “Car Demo”.
- Cinebench R20, tradicional software de benchmark de renderização utilizando a engine Cinema 4D, escala com várias threads, usa AVX2 e permite rodar o teste no modo singlethread e multithread.
- Dolphin 5.0 CPU Benchmark, é um teste que usa um emulador de GameCube/Wii chamado Dolphin como base para processar o luabench, o que permite ter uma noção do desempenho de cada processador na emulação. Por uma questão de padronização, foi usada a versão 5.0 “for dummies” nos testes.
- Octane 2.0, que consiste em um “pacote” com 17 testes em Javascript, portanto, é um bom referencial para o desempenho da CPU enquanto navegando na ‘internet’. Por conta desse benchmark rodar direto do navegador, foi utilizado a última versão do Google Chrome na obtenção desses resultados, caso alguém se interesse, esse é o link para o teste.
- PCMark10 Express, que se trata de uma ferramenta benchmark generalista que testa diversos aspectos do uso cotidiano do computador, no caso, ele simula tempo de inicialização dos aplicativos, navegação na ‘internet’, videoconferência e aplicativos de escritório, no caso, ele é muito interessante por conta da integração de softwares de código livre reais que fazem cada uma dessas funções, o que implica que ele não é só mais um benchmark sintético. Para esses testes, foi utilizada o preset “Express”, cujos detalhes podem ser verificados nesse documento.
- UL Productivity Office, esse é um benchmark da ferramenta UL Procyon, usada pela indústria para testes de desempenho em diversos cenários de uso profissional, além de duração de bateria. No “Productivity Office”, ele testa o desempenho da máquina usando Word, Excel, PowerPoint e Outlook, dando um número como resultado do benchmark, similar aos demais softwares de teste da UL.







Foi verificada uma diferença de desempenho entre o notebook na bateria e ligado na tomada, a qual foi de 15.4% na média, onde o pior caso foi o UL Productivity Office com uma diferença de 40.22% e o melhor foi o Blender, o qual foi 3.6% mais rápido com o notebook na bateria, o que apesar de estranho foi algo consistente em nossos testes.
Outra coisa interessante é que o upgrade para 16 GB de RAM trouxe ganhos médios de 7.52%, onde o maior responsável por puxar essa média para cima foi o 7Zip “Compressing”, que é especialmente sensível a banda de memória.
É importante citar que a temperatura máxima observada para a CPU durante os testes ficou na casa dos 82 °C, o que é excelente! Discutiremos esse ponto com mais detalhes em um artigo futuro.
Benchmarks 3D
Sobre os benchmarks, foram escolhidos 3dmark Time Spy, Cyberpunk 2077, Horizon: Zero Dawn e Shadow of the Tomb Raider (SOTTR), ou seja, três jogos com suporte as últimas tecnologias e um benchmark sintético.
É importante destacar que os testes em jogos foram realizados com o notebook ligado na tomada e apenas com 16 GB de RAM pelo simples fato dos 8 GB serem insuficientes para esses jogos, com eles crashando ou apresentando instabilidade por falta de memória. O 3dmark Time Spy foi testado em ambas as condições, o que nos permite ter uma ideia de como seria o desempenho com “single channel”.
- No Cyberpunk 2077, foi utilizada a última versão do jogo, rodando em 720p com o preset “Low” e FSR 2.1 ativado no modo “Balanced” Para obtenção desses números, foi utilizada a ferramenta de benchmark inclusa no jogo.
- Horizon: Zero Dawn em 720p “Baixo” com FSR ligado no modo “Balanced” usando a ferramenta de benchmark do jogo.
- Para o SOTTR, foi utilizada a ferramenta de benchmark inclusa, em 720p + preset “Low”
No Time Spy, ficou evidente o tamanho da diferença que faz “Dual Channel” em relação ao “Single Channel” e dá uma pista do quão limitado pela banda de memória é a Vega 6, apresentando um ganho de aproximadamente 81% na pontuação total do benchmark por esse motivo.
Já em relação aos jogos, mesmo após reduzir consideravelmente a qualidade gráfica, usando resolução abaixo da nativa, baixo nível de detalhe e até mesmo FSR, títulos modernos e mais exigentes ficam no limite do aceitável ou mesmo abaixo dele, de forma que não é possível recomendar esse notebook para jogos atuais, o que não é exatamente um problema, já que esse passa bem longe de ser o seu foco.
De todo modo, apesar de não constar na tabela, testamos uma partida de ARAM e TFT no League of Legends e apesar de não ter registrado formalmente os números de desempenho, ele foi bastante satisfatório, ficando entre 80 e 120 fps no ARAM em 1080p no Médio e 60 fps cravados no TFT em 1080p com Vsync ativado, o que é um bom indicativo que esse notebook vai bem em jogos competitivos, casuais ou um pouco mais antigos.
SSD e armazenamento
Como dito anteriormente, o E14 Gen3 acompanha um SSD Gen4 no formato M.2 2240, o qual não foi possível descobrir a controladora e a NAND utilizada, contudo, é possível ter uma breve noção do seu desempenho por meio do Crystalmark. Essa ainda não é a forma mais adequada de se testar um SSD, já que a unidade em questão está com o sistema operacional instalado/rodando e o ideal seria testá-lo “zerado”
Dadas as limitações do teste, o SSD incluso pela Lenovo apresentou desempenho similar a outras unidades PCIe 3.0 de baixo-custo já testadas aqui no site, o que não é lá muito bom se considerarmos que esse é um modelo PCIe 4.0, porém, torna-se “OK” quando lembramos que isso é irrelevante no caso desse notebook, já que ele está limitado a PCIe 3.0 e não há nada que possa ser feito para mudar isso.
Bateria
Quem procura um notebook, obviamente o faz por conta da mobilidade, da necessidade de levar um computador consigo e usá-lo mesmo em circunstâncias mais adversas, por exemplo, quando não existe uma tomada por perto. Por essa razão, é importante testar a duração da bateria em condições de trabalho, algo que fizemos usando a suite do UL Procyon.
Para esses testes, a bateria foi 100% carregada, a tela foi mantida com brilho máximo e o perfil de energia do Windows foi configurado no modo “Balanceado”, onde foi utilizado o modo “Office Productivity Battery Life” no teste, o qual simula uso da suite Office até o fim da bateria.
Desse modo, a bateria de 47 Wh que equipa o E14 Gen3 AMD foi boa para 7 h 59 min de trabalho, o que é excelente. É importante lembrar que esse tempo pode mudar drasticamente a depender do uso do aparelho
Câmera
Por esse ser um modelo voltado ao uso corporativo, a câmera integrada torna-se um recurso bem importante, afinal, seu uso é bastante comum em teletrabalho, reuniões a distância ou mesmo na participação de workshops/cursos não presenciais.
Dito isso, a qualidade da câmera integrada é aceitável para esse uso, lidando razoavelmente bem com ambientes com iluminação adequada ou mesmo nem tão boa assim.
Conclusão
A respeito da qualidade de construção, no geral, a Lenovo fez um bom trabalho com o ThinkPad E14 Gen3, seguindo a risca a “escola” de design clássica dos ThinkPad, incluindo o tradicional TrackPoint. Os materiais utilizados são de boa qualidade, mas existem algumas ressalvas, por exemplo, a tampa do aparelho é bastante sensível a marcas de dedo, ficando com um aspecto não muito agradável.
Dos dispositivos integrados, o conjunto trackpad e teclado são excelentes, o microfone é de boa qualidade, os alto-falantes são competentes com bom volume e a webcam é aceitável. O maior senão é o fato da Lenovo oferecer apenas a tela com painel TN aqui no Brasil, deixando os IPS de fora, o que é um pouco decepcionante, já que o TN tem suas limitações na reprodução de cores, brilho e ângulo de visão. Apesar disso, para uma tela TN, ela está longe das piores, mas é preciso ficar atento se o uso envolver necessidade de reprodução fiel das cores.
Do hardware, essa série é equipada com processadores Ryzen 5000U, contudo, não com os baseados na APU Cezanne, mas sim no “Lucienne”, que é um refresh dos Ryzen 4000U “Renoir”. Trocando em miúdos, isso implica que essas APUs usam arquitetura Zen2 junto a uma GPU integrada Vega.
Outro ponto a se observar é que esse notebook vem com 8 GB de memória DDR4-3200 soldadas na placa-mãe, o que não é exatamente uma boa prática, apesar de comum em modelos de entrada. Feita essa observação, esse ainda não é nem o pior dos casos, já que o mercado está lotado de modelos que vem com 4 GB de memória soldados, sendo possível, no caso do E14 Gen3, colocar mais um módulo de 8 GB para fechar 16 GB em “dual channel” sem precisar recorrer a configurações assimétricas.
A respeito do desempenho, o Ryzen 3 5300U do nosso exemplar foi bem nos testes, apresentando desempenho bastante satisfatório durante o uso do notebook, sem engasgos em tarefas cotidianas e sendo competente até mesmo para rodar alguns jogos mais leves ou mesmo competitivos, ainda que ele não tenha sido suficiente para títulos AAA mais sofisticados, o que era esperado e até aceitável, já que esse nem é o foco dessa máquina.
A duração da bateria também surpreendeu positivamente, com ela durando praticamente 8 horas de uso em condições de trabalho com suíte de office.
A respeito do preço, o Lenovo ThinkPad E14 Gen3 AMD pode ser encontrado na própria loja da Lenovo por R$2340, apresentando boa relação custo-benefício diante do desempenho apresentado, além de ter menos compromissos que as demais opções disponíveis nessa faixa de preço, que ora vem com 4 GB de memória soldada, telas com resolução inferior ou “form-factor” maior, dito isso, se você procura um notebook acessível para usar no trabalho, universidade ou mesmo para alguns jogos casuais, o ThinkPad E14 Gen3 certamente irá atender as suas necessidades, apenas com a recomendação de que faça o upgrade de memória para ao menos 16 GB de RAM, já que isso fez uma diferença considerável no desempenho.
excelente review!
descobri uma coisa peculiar nos Ryzen AM5, parece que algumas opções de overclock e até o Curve Optimize na AGESA 1.0.8.0 é o que esteja dificultando meu uso da DDR5 6400MHz Polaris XMP da GeiL. Quando desativei todas as opções de overclock dos núcleos, a memória estabilizou nos primeiros testes novamente em 6000MHz com DDR5 NITRO e GDM off, coisa que não fazia de jeito nenhum e com timings primários relativamente baixos 30-36-36-72 e tRFC 416. A tensão da memória deixei 1,35/1,25 VDD/Q e o vSoC pegou 1,240v que poderia talvez ser menor, já que deixei no automático.