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2x8GB HyperX Predator DDR4-3600CL17 – Hynix CJR – Testes e resultados

Fala pessoal, tudo bem?

Nesse review irei analisar um kit de memória da HyperX, pertencente a série “Predator RGB” na qual oferece modelos que vão desde os 2933MHz até 4600MHz, capacidades que vão dos 16 GB (2×8 GB) até os 64 GB (16×4 GB) com possibilidade de os pentes serem adquiridos individualmente. O produto dessa análise é um kit de 16 GB, 3600MHz com timings 17-19-19-39.

Os pentes de memória vem em uma embalagem que traz informações a respeito da linha na qual o produto pertence, destacando que esse é um modelo de “alta performance”, suporte a XMP, RGB e garantia lifetime, enquanto na parte de trás, o fabricante incluiu mais uma foto dos pentes. Dentro dessa embalagem, as memórias vêm devidamente protegidas por um ‘blister’ plástico, acompanhando também um adesivo “HyperX” e um guia de instalação.

Em relação ao design, a HyperX optou por usar belos dissipadores com aspecto robusto, além de trazer a sua logomarca gravada juntamente ao “Predator” e o “DDR4”. O modelo em questão possui RGB, oferecendo suporte ao software NGenuity, que pode ser usado para customizar a iluminação dos produtos HyperX com RGB.

De acordo com o Thaiphoon Burner, esses módulos são ‘single rank’ e os chips utilizados são os Hynix CJR, o que é bastante interessante, afinal de contas, essas são as primeiras memórias voltadas a um público mais entusiasta usando esses chips a passar pelas minhas mãos e presumidamente, elas devem ser razoavelmente bem binadas por se tratarem de um modelo 3600MHz da linha de alto desempenho do fabricante.

Por fim, caso alguém venha a se interessar, nesse link pode ser encontrada a página do produto.

  • Configurações utilizadas:

CPU:AMD Ryzen 7 5800X (obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VIII Impact (UEFI 3204)

RAM: 2×8 GB HyperX Predator 3600 CL17 (obrigado HyperX!)

GPU: GIGABYTE RX 5500 XT (Obrigado Terabyteshop!)

PSU: Antec Quattro 1200W

COOLER: Water Cooler da bancada

SSD: Sandisk 120GB

Software: Windows 10 2004 x64, TM5 0.12 1usmus config v3, AIDA64 6.32.5600 e Geekbench 3.4.2.

Objetivo e metodologia dos testes: Descobrir qual o limite para uso diário das HyperX Predator 3600 CL17 usando um Ryzen 7 5800X e verificar como se comportam essas memórias com chip Hynix CJR.  Para facilitar a compreensão dos resultados, eles foram separados em três grupos:

1) XMP: Que basicamente se trata do máximo que possível de se obter apenas carregando o perfil XMP e subindo clock/tensão, parando no “sweet spot” de 3800MHz 1:1 com FCLK @ 1900MHz que é considerado a opção mais balanceada/fácil de se obter bons números usando o Ryzen, claro, isso se a memória que estiver sendo testada for capaz de chegar lá.

A vantagem da abordagem 1 é que ela é extremamente simples e não demanda nenhum ajuste do usuário no que diz respeito aos timings, entretanto, você paga o preço da simplicidade com menor desempenho, pois os ajustes são feitos automaticamente pela placa-mãe e podem ser bastante relaxados.

2) 24/7 com ajuste fino: E aqui, foram feitos ajustes manuais em todos os timings possíveis visando obter o melhor resultado possível com viabilidade para uso diário. Por conta disso, quando possível, será testado além dos 3800MHz para explorar o limite da memória, porém, mantendo o FCLK em 1900MHz para um melhor desempenho no modo assíncrono.

Nos casos 1 e 2, utilizei o TM5 0.12 1usmus config v3 para verificar estabilidade, o AIDA64 para ter noção dos números de banda e latência e o Geekbench 3.4.2 para ter uma melhor ideia do desempenho. Para esses testes, a CPU foi mantido em stock.

  • XMP:

Com essa abordagem, foi possível obter estabilidade no TM5 com 3800 MHz usando tensão padrão. Outro ponto a se destacar é que por conta do XMP usar tCL ímpar, automaticamente ele é arrendondado para o valor par mais próximo, no caso 18, enquanto o Geardown estiver ativado, o que costuma ser o padrão dos Ryzen.

  • 24/7 com ajuste fino:
predator3600 tabela timings 2

Com os ajustes finos, foi possível melhorar consideravelmente vários timings relevantes para o desempenho, onde é possível destacar:

tCL: Foi possível usar CL16 com até 4000MHz, onde, para ir além, foi necessário usar CL18 sob pena do sistema nem sequer passar no post (código F9). Incrementos de tensão não fizeram diferença, de forma que nas Hynix CJR, esse timing deve apenas variar de acordo com a qualidade do módulo que você tem em mãos.

tRCDWR: Nas plataformas AMD, o tRCD foi desmembrado em dois, tRCDRD e tRCDWR, o que permite tentar ajusta-los separadamente para tirar algo a mais no desempenho e no caso das Predator, foi possível baixar o tRCDWR para até 10 com 3800MHz, o que é ótimo! Com 4000MHz foi mantido o tRCDWR = tCL durante os testes, até achar o ajuste para obter estabilidade e por falta de tempo hábil, acabei não testando um valor menor, contudo, é bem possível que ainda seja possível obter algo < 16.

tRCDRD e tRP: Esses dois não aceitaram trabalhar com valores abaixo dos 19, sendo até possível de carregar o SO com eles em 18, porém, instável. Nas plataformas Intel, o tRCD = tRCDRD = tRCDWR, então, ele acaba ficando limitado pelo valor maior, que no caso, foi o do tRCDRD. Aumentar a tensão da memória não fez diferença alguma aqui.

tRFC: Para 3800MHz, foi possível obter tRFC = 480, onde valores menores acabaram resultando no post code “1F” e para 4000MHz, foi necessário subir o tRFC para 500 e apesar de não figurar aqui, para 4200MHz o mínimo foi 520, ou seja, para cada 200MHz é necessário um incremento de 20 unidades no tRFC, o que pode variar com a qualidade dos chips que equipam as memórias e novamente, esse ajuste não escalou com tensão adicional.

Os demais timings que mudaram entre o ajuste de 3800MHz e 4000MHz não possuem impacto considerável no desempenho, contudo, seu ajuste pode ser importante para obtenção de estabilidade em frequências mais altas. Outro detalhe é que por usar o R7 5800X nos testes e infelizmente a estabilidade com FCLK @ 2000MHz ser uma utopia nessa combinação de processador e placa-mãe, o teste foi realizado com FCLK em 1900MHz, o que acabou resultando em desempenho não muito bom por conta do modo assíncrono, porém, o objetivo aqui é mostrar o que essas Predator foram capazes de fazer ao nível de uso diário com timings ainda aceitáveis, de forma que é perfeitamente viável usar ajuste semelhante em uma plataforma Intel ou mesmo com FCLK 1:1 e bom desempenho usando uma APU Renoir como o R3 4350G ou R5 4650G. Caso alguém não esteja familiarizado com a diferença no desempenho entre o modo síncrono e assíncrono do FCLK nos Ryzen esse artigo deve esclarecer a questão.

Também é necessário destacar a importância da ventilação nas memórias usando um fan soprando diretamente sobre elas, pois caso contrário, o TM5 apresenta erros aleatórios, o que indica que esses chips são sensíveis a temperaturas mais elevadas de forma que os erros somem ao mantê-las na casa dos 50 °C ou menos, conforme medido com a FLIR One LT.

Abaixo, os números de Leitura/Escrita/Cópia/Latência, obtidos no benchmark do AIDA64 e também no sub teste de memória do Geekbench 3.4.2, lembrando que todos os resultados aqui apresentados passaram no teste de estabilidade do TM5 0.12 v3 e ao menos especificamente para as amostras que tenho em mãos, representa algo que pode ser usado diariamente.

E para constar, uma captura de tela com os resultados das memórias rodando em 4000MHz com FCLK assíncrono.

4000 otimizado

Validação de frequência máxima:

Visando verificar a frequência máxima de validação com essas memórias trabalhando em refrigeração ambiente e também possíveis diferenças de qualidade entre os módulos, os timings mais relevantes foram bastante relaxados enquanto os demais ficaram em AUTO, afinal de contas, dessa forma a placa-mãe mantém um valor “frouxo” o suficiente para eles e assim, foi possível validar 4800MHz em um dos módulos e 4866MHz no outro, o que mostra que o pessoal da HyperX está bem afiado no processo de seleção dos chips utilizados, não apresentando grandes variações em um mesmo kit, ao menos para a amostra testada. Curiosamente, foi necessário subir a tensão das memórias para algo como 1.55V, o que implica que a frequência nesses chips escalam com a tensão, ainda que pouco.

Conclusão:

O kit 2x8GB HyperX Predator 3600 CL17 apresentou boa compatibilidade com a plataforma AMD, funcionando normalmente com XMP, com a ressalva do tCL impar ser arredondado para cima por conta do Geardown ativado por padrão. Com esse ajuste XMP, foi possível obter estabilidade em 3800MHz sem precisar nem mesmo recorrer a incrementos de tensão das memórias, o que é excelente!

Já com o ajuste manual, foi possível obter 3800MHz 16-10-19-19-32 com tRFC em 480 e apenas 1.45V, o que é uma ótima marca para as Predator e também para os chips Hynix CJR utilizados, que nesse cenário de uso diário, se mostraram uma alternativa tão boa quanto os Micron E-Die. Após alguns ajustes, foi possível de se obter estabilidade a 4000MHz ainda com CL16, deixando a possibilidade de ir além com CL18 fazendo mais ajustes, porém, a custo de afrouxar ainda mais os timings, o que talvez venha a não compensar do ponto de vista do desempenho, a não ser que esteja usando uma APU com vídeo integrado, onde toda e qualquer banda de memória extra faz sentido. Ainda foi possível validar 4800MHz em um dos pentes e 4866MHz no outro, o que mostra que ao menos para a amostra desse review, não existe muita variação entre os pentes.

Em relação à disponibilidade, no momento (14/4/2021) elas se encontram indisponíveis na Terabyteshop, entretanto, o último preço praticado para esses modelos foi de R$495,03, o que da pouco menos de R$1000 para um par dessas memórias e as colocam na mesma faixa de preço de outros modelos de 3600MHz com RGB, porém, com a HyperX oferecendo melhores timings padrão que essas e apresentando boa capacidade de overclock direto da caixa, com margem para ajustes posteriores, então, se o que você procura é um kit de memória com visual bacana, RGB e que ainda manda bem no overclock, especialmente a nível de uso diário, as HyperX Predator 3600CL17 certamente irão lhe agradar.

E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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