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Ugreen CM559 M.2 SATA/NVMe Enclosure Review

Fala galera beleza? Na review de hoje, trarei um produto mais diferenciado, que também tem como foco o uso de SSDs, mas de utilização externa. Hoje irei testar as cases externas Ugreen CM559 M.2 SATA/NVMe que a Ugreen nos enviou. Desde já muito obrigado Ugreen <3 .

Como muitos pediram testes de cases para SSDs, procurei no AliExpress qual seria o modelo mais popular por lá, portanto, foi a que decidi “comprar”.

Quando entrei em contato com a Ugreen, expliquei que faria uma análise aprofundada e havia perguntando como desmontar o case para mostrar a construção interna, como eles não sabiam dizer, pois não estava conversando com alguém da engenharia, expliquei que existia o risco de desmontar e gerar um dano no produto e aí que me surpreendi, com a Ugreen se propondo a enviar dois cases para que caso uma tenha algum dano, a outra esteja intacta.

Antes de começarmos a análise, vamos ver um pouco de suas informações do produto. A Ugreen marca essa enclosure como USB 3.2 Gen 2, sendo capaz de alcançar uma transferência máxima de até 10Gbps e retro compatível com outros protocolos USB até o 1.0.

Ela também oferece suporte diversos tipos de SSDs, desde PCIe com protocolo NVMe, até dispositivos SATA com protocolo AHCI. Além de oferecer suporte ao TRIM e o UASP, onde UASP é um protocolo de transferência de arquivos para interface USB.

Ao montarmos um disco no sistema operacional, existem 2 partes do protocolo que podem ser usadas, o Mass Storage Device, que é uma parte bem mais antiga do protocolo USB 1.1, que não tem Caching e permite realizar transferências apenas de maneira sequencial. E o UASP que é o USB Attached SCSI.

UNBOXING

Esta enclosure vem em uma caixa branca com uma foto ilustrativa da case e em sua parte traseira vemos uma breve especificação do produto.

Ao removermos os conteúdos a caixa observamos que ele acompanha 2 cabos USBs, um USB-C para USB-C e um USB-C para USB-A. Um ponto negativo que vemos é que embora sejam cabos de boa qualidade, são cabos curtos demais, não chegam a medir nem 30 cm de comprimento.

Além dos cabos USB, ela acompanha uma capinha de borracha, uma chave para parafusar ou remover o parafuso da case e alguns thermalpads para usar no SSD.

Fora isto, esta enclosure possui um peso estimado de aproximadamente 77 gramas e dimensões 123mm x 37mm x 13mm (Comprimento x Largura x Altura)

Instalação da Case

Agora que já vimos como ela vem pré-embalada, vamos utilizar o SSD Kingston Fury Renegade 1TB que testamos anteriormente para avaliar esta case externa.

Um ponto positivo é que logo após removermos o parafuso da case para inserir o SSD, não é necessário mais nenhum tipo de ferramenta, pois o SSD é fixado por uma pecinha de borracha que pode ser girada para fixar o SSD no lugar. Sem mencionar que o parafuso da tampa também é fixo na carcaça, portanto não é possível perdê-o, outro ponto positivo.

Realizamos também a instalação do thermalpad sobre o SSD para melhorar o arrefecimento térmico dele, tendo em vista que tende a esquentar bastante. Outro ponto positivo é que pelo fato da case ser metálica, isso contribuiu para a troca de calor com o ar.

Construção Interna

Inicialmente podemos ver, que para desmontar a unidade basta desafixar os pequenos clips que prendem o PCB a carcaça, porém, isso demanda de um certo cuidado, pois uma força muito grande pode quebrar com facilidade estes clips e danificar a case permanentemente.

Logo após removermos esta pequena tampinha, o PCB inteiro se desliza para fora pelo outro lado do conector USB-C. Ai vemos que em seu PCB Frontal, lado onde fica o conector USB-C, ele quase não possui nenhum C.I.

Ao lado do USB-C, podemos ver um indutor de 3nH, junto do LED indicador de atividade e alguns resistores e capacitores.

Ugreem CM559 External Enclosure PCB USB C

Já em seu PCB Traseiro podemos ver alguns componentes a mais que iremos abordar um a um.

Ugreem CM559 External Enclosure PCB Trasiro PT2

Bridge Chip

Qualquer enclosure que faça a conversão de sinal NVMe/PCIe ou AHCI/SATA para USB ou Thunderbolt precisa de um C.I. mediador para realizar a essa “tradução” tendo em vista que estes SSDs não suportam estes tipos de conversão nativamente no controlador dos SSDs, ou em alguns casos como mais recentes o controlador já vem embutido com este Bridge Chip integrado, mas este caso é mais comum apenas em SSDs Externos portáteis mais recentes.

Ugreem CM559 External Enclosure Bridge Chip

Esta Enclosure utiliza um chip da Realtek, modelo RTL9210B que realiza a tradução do sinal PCIe usando protocolo NVMe (downstream) para a interface USB (upstream). Este modelo em particular oferece suporte até 2 linhas PCIe 3.0, ou seja oferece suporte até 8 Gbps ou 1 GT/s. E converte este sinal para o conector USB 3.1 Gen 2 de 10Gbps. Ele possui uma arquitetura MIPS 32-bit, mas seu modelo exato não pode ser encontrado.

Além disso, ele também suporta trabalhar com upstream para interface AHCI/SATA de 6Gbps.

Fora isto ele permite passthrough dos comandos TRIM, do S.M.A.R.T. e até do protocolo de comunicação do UASP.

Junto do PCB, próximo do Bridge Chip encontramos um C.I. marcado como P25D40SH, que deve ser o responsável por armazenar o firmware deste Bridge Chip.

Ugreem CM559 External Enclosure IC Firmware

Trata-se de um chip de armazenamento de baixo consumo de 4Mb da fabricante Puya Semiconductor.

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 22H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 22H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 3050 Gigabyte Gaming OC (Drivers: 531.xx)
– Armazenamento (OS): SSD SK Hynix Platinum P41 2TB (Firmware: 51060A20)
– Enclosure Testada: Ugreen CM559 (Firmware: EIFK31.6)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.

ONDE COMPRAR

A seguir, estarei listando alguns links afiliados no AliExpress para os interessados que desejam contribuir de alguma forma com o site.

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Avisos importantes

Como estamos testando uma case externa USB 3.1 10Gbps, e muito das máquinas e notebooks hoje já possui USBs capaz de atingir esse barramento, também foram incluídos resultados de comparação a enclosure conectado em uma entrada USB 3.0 (5Gbps) e em uma entrada USB 2.0 (480Mbps) para aqueles que não possuem tais conectores.

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Começando os testes com sua leitura e escrita sequencial, vemos que eles conseguem facilmente superar o barramento, ficando acima de 1 GB/s quando conectados em uma entrada e 10Gb/s, já quando conectado em uma porta 5 Gbps, ele apresentou velocidades similares a SSDs SATA, ficando muito inferior apenas ao se conectar a portas USB 2.0, que apresentou resultados terríveis.

No quesito de latências, tanto em sua leitura quanto escrita não tiveram resultados ruins, e foram bem próximas quando conectados em USB de 10Gbps e 5Gbps. Suas latências acabam aumentando muito apenas quando conectadas em USB 2.0, devido sua largura de banda ser muito inferior.

Suas velocidades aleatórias em QD4 foram também novamente similares no quesito de leitura quando conectadas em 10Gbps e 5Gbps, tendo uma maior diferença em sua escrita. Novamente vemos as portas USB 2.0 destruindo o desempenho do SSD Externo.

Já em QD1 vemos que o mesmo se repetiu ao compararmos os conectores de 10Gbps e 5Gbps, entretanto, a queda na escrita foi muito menor.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, podemos observar que durante o teste em suas portas de 5 e 10 Gbps ele tem um desempenho satisfatório, enquanto ao estar em uma porta USB 2.0 o desempenho foi terrível.

Em QD1, vemos que o mesmo ocorreu.

3DMark – Storage Benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

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Neste benchmark, com traces mais realistas e tradicionais de uso cotidiano, constatamos que nesta enclosure, é capaz de entregar um ótimo desempenho, porém, mesmo assim, em entradas mais lentas como a USB 2.0 houve uma queda gigantesca de desempenho.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

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Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

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Este mesmo cenário se repetiu neste benchmark com foco em produtividade, aonde houve sim uma queda ao sairmos da USB de 10 Gbps para 5 Gbps, mas não foi tão gigante quanto a da porta USB 2.0.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

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Ao deixarmos o projeto dentro do SSD externo, vemos que houve um salto gigantesco do tempo levado para carregar o projeto, e isso tende a piorar conforme o projeto aumenta de tamanho e complexidade.

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES
Neste trecho da análise vamos utilizar a ferramenta de benchmark integrada do Final Fantasy XIV que possibilita medir de forma precisa o tempo que foi necessário para carregar cada loading scene do game e no fim afere um tempo final. 

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Vemos que até mesmo neste caso, um benchmark que representa demais a realidade, houve uma diferença ENORME quando usamos a enclosure em uma porta USB 2.0, portanto para aqueles que queiram usar um SSD externo para deixar games armazenados, evitem entradas USB 2.0.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

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Durante este teste de transferência vemos novamente que a porta USB 2.0 é limitada demais, pois ela levou quase 10x mais tempo para realizar a transferência do que a USB 3.0

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E quando usamos a pasta do CSGO o mesmo se repetiu, onde ela ainda conseguiu um resultado ainda pior.

TESTE DE TEMPERATURA

Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de desempenho.

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Durante o teste de temperatura, iniciando com a enclosure na porta de 10Gbps vemos que o SSD não chega a sofrer throttling, mas ficou próximo, pois sua temperatura estava acima dos 70 °C e sua temperatura na sua carcaça foi de 58 °C, o que é alarmante, apenas desconfortável de se segurar, pois, pode queimar a mão. Já ao testarmos com outras portas, devido à menor largura de banda sua temperatura também caiu.

Uma curiosidade interessante é que, como a velocidade sustentada de escrita deste SSD é de mais de 1GB/s, quando o SLC Cache acaba neste SSD sua velocidade não tem queda, portanto, ele enche a unidade sempre a uma velocidade fixa. Mas isso é uma característica deste SSD Kingston que testamos, pois se trata de um SSD Gen 4 de alto desempenho.

Conclusão

Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir nesta Enclosure?

Olha, esta foi a primeira vez que tivemos contato com esta enclosure da Ugreen, e inicialmente me surpreendi com a construção, não achava que esta enclosure seria capaz de evitar o SSD de sofrer thermal throttling, mas ela conseguiu isso. Além de ter um preço ótimo. Obviamente tem pontos negativos que vamos abordar agora, mas de maneira geral, esse é um produto que vale muito a pena.

VANTAGENS

  • Excelente desempenho que ela oferece mesmo com SSDs bem rápidos
  • Acompanha uma boa quantidade de acessórios
  • Fácil instalação do SSD
  • Case bem portátil e leve
  • SSD não sofre thermal throttling
  • Suporta SSDs SATA ou M.2 NVMe de até 2280
  • Garantia 1-Ano
  • Preço muito bom

DESVANTAGENS

  • Cabos USB-C e USB-A são muito curtos
  • SSD não sofre throttling mas a case esquenta muito em cargas longas ou intensivas
  • Não possui IP Ratings como resistência a água ou queda

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4 Responses

  1. RenatoKazuo8w disse:

    Comprei semana passada sem ter visto nenhuma avaliação, não esperava nem encontrar review do produto, mas esse review completo me ajudou a ver que adquiri um bom produto e posso ficar tranquilo, obrigado!

  2. Fernando disse:

    Olá. Vi alguns relatos que esse o modelo CM559/90408 suporta ssds de no máxim 2TB, enquanto o outro modelo vendido no mesmo anúncio, modelo 30alguma coisa suporta até 8TB. Você testou SSD superior a 2TB?

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