Review – Ugreen US221 2.5″ SATA Enclosure
Fala galera beleza? Na review de hoje, trarei um produto mais diferenciado, que também tem como foco o uso de SSDs, mas de utilização externa. Hoje irei testar as cases externas Ugreen US221 SATA 2.5″ que a Ugreen nos enviou. Desde já muito obrigado Ugreen <3 .
Antes de começarmos a análise, vamos ver um pouco de suas informações do produto. A Ugreen marca essa enclosure como USB 3.1 Gen 2, sendo capaz de alcançar uma transferência máxima de até 10Gbps e retro compatível com outros protocolos USB até o 1.0.
Ela também oferece suporte a SSDs do tipo SATA com protocolo AHCI, sem oferecer suporte aos SSDs NVMe. Além de oferecer suporte ao TRIM e o UASP, onde UASP é um protocolo de transferência de arquivos para interface USB.
Ao montarmos um disco no sistema operacional, existem 2 partes do protocolo que podem ser usadas, o Mass Storage Device, que é uma parte bem mais antiga do protocolo USB 1.1, que não tem Caching e permite realizar transferências apenas de maneira sequencial. E o UASP que é o USB Attached SCSI.
UNBOXING
Esta enclosure vem em uma caixa de papelão na cor beje e com uma breve foto ilustrativa em sua parte frontal, enquanto atrás, temos informações técnicas do produto, e ao abrirmos vemos a case embalada em um protetor plástico.



Ao removermos os conteúdos a caixa observamos que ele acompanha 2 cabos USBs, um USB-C para USB-C e um USB-C para USB-A. Ao menos desta vez os cabos são um pouco maiores, são de 50 cm.


Vemos que a parte superior da Enclosure possui um LED azul de indicativo de atividade do disco.
Fora isto, esta enclosure possui um peso estimado de aproximadamente 77 gramas e dimensões 128.5mm x 82mm x 14mm (Comprimento x Largura x Altura)
Instalação da Case
Agora que já vimos como ela vem pré-embalada, vamos utilizar o SSD Seagate Ironwolf 125 1TB que em breve também será testado aqui no site.
Vemos que sua instalação não demanda de nenhuma ferramenta ou algo do tipo, basta apenas puxar para trás a tampa frontal, que ela desliza possibilitando a instalação do SSD ou HD.

Construção Interna
Inicialmente, podemos ver que para desmontar a unidade basta desafixar os pequenos clips que prendem o PCB a carcaça, porém, isso demanda de um certo cuidado, pois uma força muito grande pode quebrar com facilidade estes clips e danificar a case permanentemente.

Logo após removermos a tampinha, o PCB inteiro se desliza para fora pelo outro lado do conector USB-C. Ai, vemos que em seu PCB Frontal, lado onde fica o conector USB-C, ele quase não possui nenhum C.I.

Bridge Chip
Qualquer enclosure que faça a conversão de sinal NVMe/PCIe ou AHCI/SATA para USB ou Thunderbolt precisa de um C.I. mediador para realizar a essa “tradução” tendo em vista que estes SSDs não suportam estes tipos de conversão nativamente no controlador dos SSDs, ou em alguns casos mais recentes, o controlador já vem embutido com este Bridge Chip integrado, mas este caso é mais comum apenas em SSDs Externos portáteis mais recentes.
Esta Enclosure utiliza um chip da ASMedia, modelo ASM235CM que realiza a tradução do sinal SATA usando protocolo AHCI (downstream) para a interface USB (upstream). Este modelo em particular oferece suporte até SATA III (6Gbps). E converte este sinal para o conector USB 3.1 Gen 2 de 10Gbps. Ele possui uma arquitetura MIPS 32-bit junto de um núcleo de processamento de 8-bits e possúi memória RAM integrada.
Fora isto ele permite passthrough dos comandos TRIM, do S.M.A.R.T. e até do protocolo de comunicação do UASP.
Junto do PCB, próximo do Bridge Chip encontramos um C.I. marcado como P25D40H, que deve ser o responsável por armazenar o firmware deste Bridge Chip.
Trata-se de um chip de armazenamento de baixo consumo de 4Mb da fabricante Puya Semiconductor.
BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 11 Pro 64-bit (Build: 22H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 4060 Galax 1-Click (Drivers: 536.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 51060A20)
– Enclosure Testada: Ugreen US221
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
ONDE COMPRAR
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Avisos importantes
Como estamos testando uma case externa USB 3.1 10Gbps e muitas máquinas já possuem USBs capazem de atingir esse barramento, também foram incluídos resultados de comparação, com a enclosure conectada em uma entrada USB 3.0 (5Gbps) e USB 2.0 (480Mbps), para aqueles que não possuem tais conectores.
CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:
Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread
Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads


Começando os testes com sua leitura e escrita sequencial, vemos que eles conseguem facilmente atingir os limites do SSD SATA ao estar conectado em uma porta de 10Gbps, ao conectar em uma de 5Gbps embora ainda tenha velocidades semelhantes ao SATA III é um pouco abaixo do padrão de SSDs topo de linha, e no USB 2.0 vemos velocidades comparáveis a pen drives.


No quesito de latências, tanto em sua leitura quanto escrita não tiveram resultados ruins, e foram bem próximas quando conectados em USB de 10Gbps e 5Gbps. Suas latências aumentam muito apenas quando conectadas em USB 2.0, devido sua largura de banda ser muito inferior.


Já as velocidades aleatórias em QD4, foram similares no quesito de leitura quando conectadas em 10Gbps e 5Gbps, tendo uma maior diferença em sua escrita. Novamente vemos as portas USB 2.0 destruindo o desempenho do SSD Externo.


Já em QD1 vemos que o mesmo se repetiu ao compararmos os conectores de 10Gbps e 5Gbps, entretanto, em sua escrita houve uma diferença um pouco maior.
ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4
Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:
Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB
Tamanho do arquivo: 256MB
Queue Depth: 1 e 4.


O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, podemos observar que durante o teste em suas portas de 5 e 10 Gbps ele tem um desempenho satisfatório, enquanto ao estar em uma porta USB 2.0 o desempenho foi terrível.


Em QD1, aconteceu o mesmo do último caso.
3DMark – Storage Benchmark
Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.


Neste benchmark, com traces mais realistas e tradicionais de uso cotidiano, constatamos que nesta enclosure, é capaz de entregar um ótimo desempenho, porém, mesmo assim, em entradas mais lentas como a USB 2.0 houve uma queda gigantesca de desempenho. E mesmo estando em uma porta de 5Gbps ainda tem uma diferença grande para a de 10Gbps.
PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.
Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)
Este mesmo cenário se repetiu neste benchmark com foco em produtividade, aonde houve uma queda ao sairmos da USB de 10 Gbps para 5 Gbps, sendo de quase metade da pontuação, mas não foi tão gigante quanto a da porta USB 2.0.
TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.
Ao deixarmos o projeto dentro do SSD externo, vemos que houve um salto gigantesco do tempo levado para carregar o projeto, e isso tende a piorar conforme o projeto aumenta de tamanho e complexidade.
TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES
Neste trecho da análise vamos utilizar a ferramenta de benchmark integrada do Final Fantasy XIV que possibilita medir de forma precisa o tempo que foi necessário para carregar cada loading scene do game e no fim afere um tempo final.
Vemos que até mesmo neste caso, um benchmark que representa demais a realidade, houve uma diferença ENORME quando usamos a enclosure em uma porta USB 2.0, portanto para aqueles que queiram usar um SSD externo para deixar games armazenados, evitem entradas USB 2.0.
TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB.
Durante este teste de transferência vemos novamente que a porta USB 2.0 é limitada demais, pois ela levou quase 10x mais tempo para realizar a transferência do que a USB 3.0
E quando usamos a pasta do CSGO o mesmo se repetiu, onde ela ainda conseguiu um resultado ainda pior.
TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de desempenho.
Durante o teste de temperatura, iniciando com a enclosure na porta de 10Gbps, vemos que o SSD não chega a sofrer throttling, aonde sua temperatura no controlador ficou próximo de 58 °C enquanto a enclosure não passou de 51 °C usando um sensor e 42 °C usando uma câmera térmica.
Conclusão
Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir nesta Enclosure?
Esta foi a segunda vez que tivemos contato com uma enclosure da Ugreen, as quais nos surpreenderam com a qualidade de construção, além de ter um preço ótimo. Obviamente, tem pontos negativos que vamos abordar agora, mas de maneira geral, esse é um produto que vale muito a pena!
VANTAGENS
- Consegue oferecer desempenho legal ao estar em uma porta de 10Gbps
- Acompanha uma boa quantidade de acessórios
- Fácil instalação do SSD
- Case bem portátil e leve
- SSD não sofre thermal throttling
- Case não esquenta a ponto de ser desconfortável de pegá-la
- Suporta SSDs SATAs e HDs
- Cabos não são “tão curtos” quanto antes
- Garantia 1-Ano
- Preço muito bom
DESVANTAGENS
- Não possui IP Ratings como resistência a água ou queda