Review – SSD Pichau Aldrin Pro 2TB – Um grande salto para o armazenamento, ou um pequeno passo para o MN-5236?
Hoje, testaremos um SSD NVMe da Pichau, do segmento topo de linha, modelo Aldrin Pro, o qual a Pichau nos enviou para testarmos. Obrigado Pichau 🙂 .
Ele vem no formato M.2 com barramento de 64Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 4.0, protocolo NVMe 1.4 e capacidades que variam desde 512GB até 2TB. Seu preço fica próximo dos R$850 mas ja encontramos promoções abaixo dos R$600.
Especificações do PICHAU
A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 2TB):
Softwares do SSD
Infelizmente, os SSDs da Pichau não possuem software que forneça informações do produto, como durabilidade e nem mesmo atualizações de firmware.
Unboxing
O SSD vem em uma caixa toda preta, aonde na parte frontal temos apenas o nome “Aldrin” e na parte traseira temos um adesivo com algumas especificações técnicas do SSD.



Já ao abrirmos a caixa vemos que o SSD vem embalado igual ao outro SSD Pichau Aldrin A1 que testamos anteriormente.

Esse SSD é double-sided, ou seja, possui componentes em ambos os lados do PCB, o que é bem tradicional para SSDs de 2TB com este controlador Innogrit.


Este SSD acompanha em seu PCB frontal seu controlador, múltiplos Load Switches, um chip de DRAM Cache, e duas NAND Flashs, e em seu PCB traseiro temos mais um módulo de DRAM Cache e mais 2 NAND Flashs


Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.
Este SSD uma um controlador High-end da Innogrit: o IG5236, modelo ISA ARM 32-bit de 4 núcleos Cortex® R5 (Quad-core) com processo de fabricação FinFET CMOS da TSMC de 12nm da mesma forma que o outro tradicional Phison E18. Aonde seus 4 núcleos principais trabalham com clock de 667 MHz, já em comparação do Phison E18, os 3 núcleos trabalham em 1GHz com 2 extras trabalhando em uma frequência bem mais reduzia. Este controlador é encontrado em diversos SSDs topo de linha como XPG Gammix S70, S70 Blade, Asgard AN4, dentre diversos outros modelos.
Neste caso, se trata de um controlador com 8 canais de comunicação com suporte a barramento até ONFI 4.1 ou Toggle 2.0/3.0/4.0, ou seja, um barramento de até 1200 MT/s, sendo que por cada canal de comunicação ele consegue ter um suporte de Interleaving com até 4 conexões Chip Enable, que é um comando e um caminho fisicamente conectado de cada Die até o controlador, permitindo assim ele se comunicar com um máximo de 4 dies por canal, num total de até 32 dies para desempenho máximo.
Ele também oferece suporte para DRAM Cache do tipo DDR3L/DDR4, DR3L/4, LPDDR3/LPDDR4, além de oferecer suporte a diversos tipos de métodos de criptografia como AES, RSA e SHA.
Em resumo, ele não difere tanto em relação ao E18, onde uma das principais diferenças fora a questão da quantidade de núcleos é o barramento, onde o Phison E18 suporta trabalhar em até 1600 MT/s enquanto este trabalha em até 1200 MT/s, mas para trabalhar em 1600 MT/s, os Dies também precisam suportar trabalhar nesta velocidade, e mesmo assim o ganho serial quase imperceptível na maioria dos cenários.
DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.
Notamos que este SSD utiliza 2 módulos de DRAM Cache da fabricante Micron modelo D8BPK que ao utilizar o decoder da própria fabricante temos modelos “MT40A512M16TB-062E:R“. Aonde cada DRAM Cache possui 8Gb (1 GB) de densidade totalizando 2GB DDR4-3200 MT/s CL22.
NAND Flash
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 2TB possui 4 chips Nand flash “SYMN09TC1B1RC6C”. Tratam-se de Nands da fabricante chinesa YMTC, modelos CDT1B sendo neste caso dies de 512Gb (64GB) contendo 128-Layers de dados e um total de 141 gates, gerando uma array efficiency de 90,7%, aonde das 141-Layers do SSD, 128 são alocadas para armazenamento o que gera esta eficiência.
Neste SSD, cada NAND Flash possui 8 dies com 512Gb de densidade, totalizando 512GB por NAND, que ao todo se gera 2TB. Elas se comunicam com o controlador com seu barramento máximo de 1600 MT/s para melhor desempenho.
Cada um destes dies possuem 4 planes para que quando o controlador acesse cada die, possa aumentar o paralelismo e dessa forma o desempenho. Importante destacar que existem 2 modelos de dies YMTC de 128-Layers, os que foram lançados a um tempo atrás conhecidos como CDT1B que também possuem 4 planes como vemos na foto a seguir.
Já os novos dies possuem um design de 1×4 dies como esse, ou seja, eles estão um do lado do outro verticalmente, nos dies CDT2A, que também são chamados de X2-9060, possuem um alinhamento de 2×2 planes, onde temos um agrupamento de planes de forma diferente como veremos na imagem a seguir.
Através destas mudanças é possível atingir uma maior eficiência neste design 2×2, pois o formato do die fica diferente, mudando o design do circuito gerenciador e do CMOS, permitindo desta forma dies menores e mais fáceis de produzir, sem mencionar o custo que deve ser reduzido.
Neste design “dual deck” da YMTC, o deck superior contém 72 layers enquanto o inferior 69-gate layers, gerando esse total de 141 gate layers contando os String Selectors, dummy word lines dentre outros.
Apenas relembrando que em nossa unidade, aparentemente, os dies utilizados são os CDT1B.
PMIC (Power Delivery)
Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum trabalho, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts até próximo de 10 W, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes.


Podemos observar que ele utiliza múltiplos chips SY8003A da fabricante Sylergy cujo são Reguladores DC-DC Step-down de alta frequência. Ou seja eles recebem a entrada de 3.3V e fornecem na saída rails de alimentação menor para cada C.I. Eles conseguem forncer um total de até 3A de forma contínua com frequência de comutação de até 1MHz. Isto considerando uma resistência térmica bem elevada de 8.2ºC/W.
SSD Power States
Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.
Vemos que o SSD possui 5 power states primários, 3 ativos e 2 em Idle, aonde seus ativos possuem baixas latências de entrada e saída e um consumo “máximo” de 3.5W, que veremos mais adiante fica bem mais que isto. Isso pode estar ocorrendo devido o controlador estar reportando incorretamente os valores destes power states. Sem mencionar que se a fabricante realmente configurou o SSD para ter temperatura de operação acima de 120?°C, é algo perigoso e que deveria ser diminuído com urgência, pois pode acarretar danos no SSD. Mas novamente, isso caso o report esteja correto tendo em vista que funciona via NVMe-CLI.
CURIOSIDADES SOBRE O SSD PICHAU ALDRIN PRO 2TB
Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.
Até o momento desta análise não foi possível encontrar outras variantes deste mesmo SSD.
OS PROBLEMAS DAS NANDS YMTC 128-LAYERS (X2-9060)
Como todos já devem ter visto, houve um incremento grande no número de casos de pessoas que tem tido problema com SSDs do Aliexpress e de marcas renomadas até que acompanhavam SSDs com NANDs YMTC X2-9060, e em boa parte acontecia em SSDs com controlador Innogrit IG5236, sendo que nós mesmos já tivemos esse problema e escrevemos um artigo detalhado explicando o que ocorria com estes SSDs neste artigo abaixo.
Em resumo para aqueles que não entenderam, o principal problema era dos “Wafers” de NAND Flash que estavam vindo com problema de fábrica, e este problema é conhecido como Read Disturb.
Mas afinal o que é o “Read Disturb”?
O “Read Disturb” é um fenômeno indesejado que ocorre em NAND Flash SSDs durante operações de leitura. Ele se manifesta quando a leitura repetida e frequente de células de memória NAND adjacentes a uma célula de destino pode causar o vazamento de carga elétrica, resultando em uma modificação não intencional do estado de uma ou mais células de dados próximas. Isso acontece porque as operações de leitura envolvem a aplicação de tensões elétricas nas células, e esse estresse repetido pode afetar as células vizinhas, levando a erros de leitura ou perda de dados ao longo do tempo. Para mitigar esse problema, os controladores de SSD implementam técnicas como leituras de ECC (código de correção de erro) e realocação de dados para garantir a integridade dos dados em NAND Flash SSDs.

Por este motivo que muitos SSDs com esse conjunto de controlador (IG5236 + NAND YMTC) e NANDs apresentavam o famigerado problema “MN-5236” pois devido a tantos problemas de Read Disturb dentro de cada célula, o controlador não conseguia dar conta mesmo com algorítmos de ECC de tantos erros que fazia o SSD parar de ser reconhecido ou corromper até seu Firmware, já que ele é gravado dentro das NAND Flashs.
Tá, mas e a solução?
Quando a YMTC detectou este problema eles começaram a entrar em contato com os fabricantes para removerem estes lotes defeituosos do mercado e inúmeros fabricantes já lançaram Firmware para correção deste problema, porém, a Innogrit até agora não lançou, mas a Maxiotech sim.
Vemos no retângulo vermelho que SSDs com Firmware SVN11590 e outras versões já trazem uma solução para este problema que tem dado tanta dor de cabeça em inúmeros SSDs.
Existe algumas opções que inúmeros controladores do mercado fazem para contornar este problema, entre elas são:
Read Disturb Mitigation: Alguns controladores possuem algoritmos específicos para mitigar o impacto do “Read Disturb”, como ler células vizinhas antes da leitura real para minimizar o efeito do estresse elétrico nas células.
Algoritmos de Garbage Collection e Wear Leveling: Esses algoritmos redistribuem os dados gravados nas células de NAND Flash para garantir que todas as células sejam usadas de maneira uniforme, minimizando assim o número de leituras repetidas em células específicas.
Uso de Múltiplas Camadas de NAND: SSDs de alta qualidade muitas vezes usam NAND Flash de várias camadas (como TLC, MLC ou SLC) para minimizar o impacto do Read Disturb, já que diferentes tipos de células têm diferentes níveis de durabilidade.
BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 11 Pro 64-bit (Build: 22H2)
– Processador: Intel Core i7 13700K (5.7GHz all core) (E-cores e Hyper-threading desabilitados)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: MSI Z790-P PRO WIFI D4 (Bios Ver.: 7E06v18)
– Placa de Vídeo: RTX 4060 Galax 1-Click OC (Drivers: 537.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 001C)
– SSD testado: SSD Pichau Aldrin Pro 2TB (Firmware: 3.F.J.CC)
– Versão drive Chipset Intel Z790: 10.1.19376.8374.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.
ONDE COMPRAR
Este SSD é geralmente vendido diretamente na pichau e estarei deixando links na descrição:
SSD Pichau Aldrin Pro 512GB – R$425
SSD Pichau Aldrin Pro 1TB – R$680
SSD Pichau Aldrin Pro 2TB – R$860
CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:
Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread
Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads


Ao testarmos suas velocidades sequenciais, ele entrega o que promete, ficando na média dos demais SSDs com controlador MAP1602, Phison E18 e este IG5236 e se saindo de forma idêntica ao Netcore que testamos anteriormente.


Já em suas latências, vemos que ele se destacou bem do NV7000 de 2TB que também tem a mesma construção interna, ponto positivo para ele aqui, novamente com empate técnico com o Netcore.


Ao testarmos suas velocidades aleatória em ‘Queue depth’ de 4, vemos que em sua leitura ele fica igual ao NV7000 de 1TB.
Enquanto na sua escrita houve um empate técnico com o novo NV7000-T com controlador Maxiotech.


Ao alocarmos apenas 1 thread para melhor representar uma carga de trabalho típica do dia a dia, observamos o mesmo resultado do Netcore, enquanto na sua escrita vemos que ele ficou um pouco abaixo do netcore.
ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4
Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:
Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB
Tamanho do arquivo: 256MB
Queue Depth: 1 e 4.


O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, na leitura vemsoq ue ele se saiu igual ao netcore, e vemos que boa parte dos SSDs com innogrit sofrem uma degradação de performance em blocos de sub-page ou seja, principalmente em páginas lógicas de 4 KiB, pois as páginas de cada bloco do SSD são de 16 KiB, porém logicamente armazenam em conjuntos de 4 KIB o que causa uma degradação na performance, por isso vemos essa queda em boa parte de controladores Innogrit.
Já na sua escrita a diferença entre quase todos estes SSDs de 7000 MB/s é tão pequena que é imperceptível.


Novamente, observamos o mesmo comportamento em relação ao NV7000 de 2TB.
3DMark – Storage Benchmark
Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.


Já neste benchmark vemos algo peculiar, ele teve um desempenho abaixo do esperado para um SSD desta categoria de desempenho. Isso pode ser por inúmeros fatores, desde NAND Flashs de “bins” menores com menor endurance, desde otimizações no firmware que deixam a desejar, também pode ser ao fato de utilizar em múltiplos cenários armazenamento em sub-pages o que no ATTO Diskbenchmark vimos uma degradação de performance neste ssds come estes controladores.
PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.
Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)
Neste cenário, que é um benchmark prático com foco um pouco maior em escrita do que o 3DMark, vemos que ele já se saiu um pouco melhor, ficando um pouco mais próximo do CT300 da MiWhole, com um empate técnico com o NV7000 de 1TB da Netac.
TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.
Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, vemos que ele foi bem responsivo com um empate técnico com os top 3 melhores SSDs do comparativo.
TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho.
Neste game, vemos que a Pichau levou 7.5 segundos para realizar todas os carregamentos de texturas e cenas do benchmark, o que foi um resultado ok, ficando acima de alguns outros SSDs que testamos anteriormente.

Neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, podemos observar que o Pichau se destacou aqui com o segundo menor tempo de carregamento.
TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).
Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache que aparenta ser dinâmico, imenso, de cerca de 691GB, ele conseguiu manter velocidade média de ~ 6579MB/s até o fim do buffer, o que foi uma velocidade boa considerando que essa é uma unidade SSD PCIe 4.0 de 2TB com 32 dies.
Após ter gravado 691GB, ele começou a gravar nos blocos programados nativamente como TLC, onde sua velocidade média foi de aproximadamente 2159 MB/s, o que é excelente. E ele gravou nesta média de 693GB até cerca de 868GB, ou cerca de 175GB a uma média de quase 2200 MB/s.
Após 868GB, ele começou o processo de folding, onde reprogramou os blocos que estavam em modo pSLC de volta para TLC, resultado em uma queda grande de desempenho. O SSD manteve uma velocidade média de escrita de 863 MB/s até encher a unidade.
Já sua média geral contanto o Folding junto de sua velocidade nativa foi de aproximadamente 937 MB/s, um pouco a frente do Netcore mas abaixo do CT300.



Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele conseguiu recuperar cerca de 79GB à 91GB em cerca de 5 minutos à 1 hora em idle, foi um resultado incrível, considerando este cenário irrealístico e não proporcional.


Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.
TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB.
Ao utilizarmos a imagem .ISO do Windows 10, vemos que ele acabou tendo o melhor resultado.
Já ao realizarmos este mesmo teste com uma pasta muito maior, de um game, novamente ele mostrou que é um ótimo SSD para transferência de arquvios, graças a seu imenso volume de SLC Cache.
TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.
Como visto acima, este SSD por padrão possui um limite de limitação térmica de 120?°C, que é bastante alto, até recomendaria ser diminuído. Entretanto, o SSD nem chegou a esquentar a este ponto, não ultrapassou 73ºC nos sensores internos do controlador, já no seu dissipador ficou bem abaixo disso ainda, provando ser um dissipador bem eficiênte na transferência de calor.
CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA
SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.
Neste trecho da análise utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.
Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.
De forma impressionante, o SSD conseguiu atingir um nível de eficiência bastante elevado graças ao seu imenso volume de SLC Cache e também pelo fato da sua largura de banda bem elevada, pois embora o seu consumo tenha sido alto, a sua largura de banda ajudou bastante ficando acima dos 3900 MB/s.
Com relação a seu consumo máximo, vemos que estes 3 SSDs com controlador Innogrit e NANDs YMTC tem resultados bem semelhantes, o NV7000 2TB, Netcore 2TB e o Pichau. O que foi ainda sim um resultado elevado mas compreensível para um SSD desta categoria de desempenho.
Novamente vemos ele tendo um consumo semelhante aos demais SSDs que mencionamos acima, porém este drive teve um consumo. até mesmo maior que outros com controlador Phison E18 como o Sabrent Rocket 4 Plus-G
Por último e mais importante, teste em Idle, sendo o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiano, e como já era de se esperar, estes SSDs com IG5236 na esmagadora maioria das vezes possuem um consumo elevadíssimo, ficando quase a 1.9W e consumo. Em laptops o seu consumo deve diminuir porém ainda sim é um consumo elevado em comparação aos demais, e vemos que ele não chega a ficar com os níveis de consumo dos seus power states como constatamos anteriormente.
Conclusão
Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?
Se formos levar apenas o desempenho em consideração, ele é “OK” ou satisfatório, porém, temos os problemas que vem ocorrendo com SSDs com controlador Innogrit IG5236 + NANDs YMTC 128-Layers CDT1B, portanto, caso a YMTC ou o fabricante não consigam provar a solução deste problema, não temos como recomendar este tipo de produto.
Um ponto positivo é que mesmo que comprem este SSD, vocês ainda terão garantia local de 1 ano, o que honestamente acho muito pouco, mas é muito melhor do que ter de enviar de volta para a china.
VANTAGENS
- Velocidades Sequenciais decentes
- Ótimas Velocidades aleatórias
- Bons resultados de latência para este kit IG5236
- Não possui variantes com componentes diferentes
- Volume de pSLC Cache imenso
- Velocidade pós SLC Cache muito alta.
- Volume de pSLC Cache se recupera incrivelmente rápida
- Não chega a sofrer thermal throttling
- Preço agressivo
DESVANTAGENS
- Desempenho em cenários práticos por vezes abaixo do esperado, como vimos no PCMark e 3DMark
- Durabilidade aparenta ser na média dos demais SSDs com IG5236 + YMTC, mas ficamos a merce da sorte para sabermos se estes lotes de Wafers de NAND Flashs não apresentarão falhas de Read-disturb
- Consumo elétrico em Idle muito elevado
- Não oferece software de gerenciamento
- Garantia de Apenas 1 ano































Mais uma análise espetacular!! Parabéns pelos conhecimentos e informações trazidas ao publico!!
obrigado, e fico feliz que tenha gostado
Porra isso que eu chamo de rewiew ???
Obrigado 😀
Muito técnico, bem aprofundado no review! ( não entendi muito, mas aí é culpa minha haha). Parabéns!
Obrigado 😀 hahahah
Agora no site da Pichau tá 3.5k esse mesmo SSD ????