Review – Machenike K500-B61 – Switch Huano Blue – O teclado compacto rei do custo-benefício!
Fala pessoal, tudo certo?
Nesse artigo irei analisar o Machenike K500-B61, que se trata de um teclado mecânico “60%”, ou seja, sem teclado numérico e com teclas de função e direcional compartilhados com outras teclas, no padrão ANSI, sem “Ç”, com construção em plástico e iluminação RGB. Será esse um bom teclado? É o que vamos descobrir! 🙂
- Unboxing:
A embalagem, que é bastante compacta, traz em sua frente uma ilustração do produto e faz menção ao modelo e marca. Na parte de trás, temos destaque a algumas “features” como keycaps ABS, cabo USB-C removível e design compacto, além de uma etiqueta constando informações sobre a fabricante e o switch utilizado.


Ao abrir a embalagem, nos deparamos com o teclado embalado em um saco protetor, manual impresso, um cabo USB-C com cerca de 1.6m de comprimento, uma ferramenta para remoção dos switches e outra para as keycaps, além de dois switches sobressalentes, o que é excelente.
- Hardware:
Como dito anteriormente, o Machenike K500-B61 usa padrão “compacto” 60%, onde essa porcentagem indica o seu tamanho em relação ao ”full-size”, que é aquele com teclado numérico.
A sua estrutura em plástico, como é comum para a maioria dos modelos produzidos em série nesse padrão, no entanto, existe oferta de cases customizados em diversos materiais diferentes, como alumínio, acrílico e até mesmo madeira, como pode ser visto nesse link. De todo modo, a estrutura utilizada apresenta bom acabamento e é robusta o suficiente, de forma que o teclado não apresenta torção em demasia.



A parte inferior do teclado possui 2 borrachas nas extremidades e apesar de ser um modelo 60%, ele possui os “pezinhos” para ajuste da altura, que assim como o restante da carcaça, também são em plástico.



Sobre a conexão do teclado, é feita a partir de uma porta USB-C com cabo removível, o que é bom por se tratar de um padrão mais moderno e largamente adotado.
As keycaps utilizadas são de plástico PBT com impressão doubleshot, que basicamente trata-se de um processo onde a keycap é prensada em outra peça plástica transparente com o carácter e a vantagem é que esse processo anula a possibilidade delas descascarem e se tornarem ilegíveis com o tempo.


Os switches utilizados são fornecidos pela Huano, que é um fabricante bastante conhecido pelos seus switches para mouses, mas que de uns tempos para cá, entrou no mercado de switches para teclados, fornecendo tanto clones dos consagrados Cherry MX Red/Blue/Brown/Black quanto outros modelos próprios considerados “diferenciados” com características tácteis distintas. Esse modelo é oferecido em variantes com Huano Red/Brown/Blue.
A amostra do Machenike K500-B61 desse review utiliza o Huano Blue, que se trata de um switch “clicky”, portanto, com “feedback” táctil e audível ao serem pressionados, força de atuação de 50g, o que pode ser considerado “leve”, e pré-curso de 2 mm, o que é um pouco mais curto do que o Cherry MX Blue.
Os estabilizadores, que nos teclados mecânicos se referem a algum tipo de “apoio” extra para as keycaps longas (exemplo clássico: barra de espaço) não ficarem “dançando” ao serem acionadas pelas extremidades, são do tipo “Cherry” e utilizam “cruzinhas” similares ao encaixe do switch, porém, localizados nas extremidades da keycap. O acionamento das teclas que utilizam estabilizador foi bastante suave mesmo “forçando a barra” ao pressionar as teclas pelas bordas, o que é um ponto positivo.


Sobre o processo de desmontagem, ele é bem simples, bastando remover apenas as keycaps necessárias para acessar os seis parafusos que unem a “baseplate” com a carcaça plástica do teclado. Abaixo é possível ver a localização desses parafusos.


Relativo a sua construção interna, a qualidade do pcb é boa, sem soldas quebradiças ou sujeira de fluxo. O microcontrolador utilizado é o BYK916, que, aparentemente, trata-se de um rebrand do Sinowealth SH68F90.
É importante observar que esse teclado suporta “hot swap” com qualquer outro switch de 3 terminais, permitindo upgrades, caso essa seja a vontade do usuário.




- Software:
A Machenike oferece um aplicativo para o K500-B61 que permite configurar funções diferentes para as teclas (Macro) e também 21 modos de iluminação diferentes, sendo que alguns deles possuem opções de customização na cor e velocidade do efeito, entretanto, é necessário destacar que também é possível fazer esses ajustes de forma independente ao software, no caso, usando as teclas de atalho FN+[ALT DIREITO] para selecionar o efeito, FN + [M] para alterar o brilho, FN + [,<] para ajustar a velocidade e FN + [ESPAÇO] para alterar a cor.




- No uso:
Por ser um teclado mais compacto que o usual, talvez alguns usuários acabem precisando de tempo para se adaptar, afinal de contas, muitas teclas compartilham diferentes funções e em um primeiro momento isso pode causar certa estranheza, com a tecla de função [FN] sendo bastante importante.
É preciso deixar claro que isso não é exatamente um ponto negativo do produto, mas sim uma limitação desse layout e o número reduzido de teclas. Excetuando-se esse detalhe, o modelo é confortável de se usar e ao menos na minha percepção, os switches Huano Blue são um pouco mais agradáveis do que os Cherry MX Blue originais, apesar da diferença não ser muito grande.
Por fim, segue um pequeno vídeo demonstrando como o Machenike K500-B61 se sai durante o uso, onde a ideia é mostrar detalhes como o ruído de digitação, que é algo bem único de cada teclado por conta das diferenças entre as keycaps, switches e “chassis”, e também, mostrar como é a iluminação backlight.
Por se tratar de um switch “clicky”, já é esperado um razoável nível de ruído na digitação, onde cabe observar que ele soa muito mais agradável do que o Outemu Blue, de todo modo, se silencio na digitação for prioridade, switches lineares são mais adequados.
- Conclusão:
Diante do apresentado, foi possível chegar nos seguintes pontos:
Relativo ao design e usabilidade, o visual do Machenike K500-B61 é agradável com suas keycaps com diferente padronagem de cor e a iluminação RGB que cumpre bem o seu papel. No que diz respeito a usabilidade, esse teclado usa padrão ANSI e por ser em layout 60%, várias teclas compartilham funções, o que significa que alguém que já esteja habituado aos modelos 100% ou 85% talvez precisem de algum tempo para se acostumar com isso, no entanto, é necessário destacar que isso não é um ponto negativo do produto e sim uma característica que também pode ser comum a outros teclados nesse padrão.
Sobre a qualidade de construção, a estrutura do K500-B61 é em plástico, porém, com boa qualidade/acabamento e os switches utilizados, ao menos no exemplar analisado, são os honestos Huano Blue, que são “clicky”, ou seja, possuem feedback táctil e audível. A respeito da sua reputação, praticamente não existem pessoas relatando falhas prematuras com esses switches, o que é bom, mas de todo modo, o teclado é “hot swap” e a fabricante tratou de incluir dois switches sobressalentes. O cabo nesse modelo é removível e utiliza conector USB-C, o que é mais um ponto positivo.
A respeito do preço, o Machenike K500-B61 pode ser encontrado por cerca de R$118 + Impostos (19/11/2023), cerca de R$138, no AliExpress, ou seja, esse teclado apresenta excelente proposição de valor, especialmente diante da qualidade apresentada, portanto, se o que você procura é um teclado 60% bom, bonito e barato, fica nossa recomendação para esse modelo da Machenike.
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