Review – SSD Teamgroup T-Force G50 1TB – Desempenho OK, mas e o preço?
Hoje, testaremos um SSD NVMe da Teamgroup, modelo T-Force G50 de 1TB, que a Teamgroup nos enviou para testarmos.
Ele vem no formato M.2 com barramento de 64Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 4.0, protocolo NVMe 1.4 e capacidades que vão dos 512GB até 2TB. Seu preço na unidade de 1TB se encontra na faixa dos R$599, o que é um valor um pouco elevado para um SSD dessa capacidade.
Especificações do Teamgroup T-Force G50 1TB
A seguir, informações mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 1TB):
Softwares do SSD
Infelizmente, este SSD não acompanha software de gerenciamento, portanto, é necessário a utilização de ferramentas de terceiros como Crystal Disk Info para verificar parâmetros do SSD, como sua vida útil.
Unboxing
O SSD vem em uma caixa bem simples na cor preta, onde na parte frontal, temos apenas o nome do produto junto de uma imagem ilustrativa, enquanto que na parte traseira, existe apenas um vazado mostrando um pedaço do SSD pela caixa, com breve descrições do produto.


Ao remover o SSD da caixa, ele vem em um suporte plástico para maior segurança no transporte.


Por ser um SSD de “apenas 1TB”, ele usa um design Single-sided, ou seja, seu PCB traseiro é totalmente vazio, não contendo nenhum componente. Além disso, ele acompanha uma fina chapa de cobre niquelado para atuar como “dissipador”, embora na prática isso não ajude muito.
Já em seu PCB frontal, observamos que ele possui 3 componentes principais, seu controlador, e mais 2 NAND Flashs, além do VRM repleto de componentes.
Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.
Esse SSD usa um controlador da fabricante Innogrit: modelo RainierQX também mais conhecido como IG5220, que é um controlador ISA ARM 32-bit de 3 núcleos Cortex® R5 (Tripple-core) com processo de fabricação da TSMC de 12nm sendo similar a outras soluções de alguns fabricantes mais conhecidos no mercado como Phison e Silicon Motion. Este controlador é DRAM-Less, portanto, ele utiliza tecnologias como H.M.B. para armazenar as tabelas de metadados.
Fora isto, oferece suporte a 4 canais de comunicação com um barramento de até 2400 MT/s, o que é um diferencial, pois boa parte dos controladores de 4 canais Gen4 DRAM-Less costumam suportar até 1600 MT/s apenas. Ele oferece um suporte até 16 dies utilizando comandos “Chip enable”, que são conexões direta e fisicamente ligadas aos Dies.
DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.
Neste projeto, observamos que o controlador aloca 64 MB da memória do sistema para salvar suas tabelas de metadados.
NAND Flash
Com relação a suas NANDs, o SSD de 1TB possui 2 Nand flash marcadas como “JKBYTHYV7”. Devido o “HYV7” podemos concluir que se tratam de Nands da fabricante Sul Coreana SK Hynix, sendo neste caso dies 4D V7 512Gb 176-Layers (64GB) contendo 176-Layers de dados e um total de 196 gates, gerando uma array efficiency de 89.8%.

Nesse projeto, temos 2 NANDs, cada uma tem um total de 512GB e devido a cada Die ter uma densidade de 64GB (512Gb), podemos assumir que essas são 8DP NANDs (8 Dies por NAND) que ao total, temos 16 dies de 64GB totalizando seus 1TB.
Outro detalhe é que, embora essas NANDs sejam boas, sua velocidade máxima de seu barramento é de 1600 MT/s. Portanto, o SSD não consegue usufruir de seu desempenho máximo por estar limitado à essa velocidade, sendo que seu controlador consegue trabalhar em 2400 MT/s.
PMIC (Power Delivery)
Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum trabalho, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts até próximo de 10 watts, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes.

Neste projeto, ao invés de termos apenas um C.I. como PMIC, temos múltiplos componentes marcados como “rDFXA” que são Step Down Converters da fabricante Sylergy, modelos SY8003A1. Capazes de trabalhar com até 5.5V, fornecendo uma corrente máxima de 3A podendo trabalhar com até 1.5 MHz de frequência de comutação.
Internamente, ele possui 2 switches / mosfets de 130m? e 85m? de resistência, respectivamente, onde ele consegue atingir seu pico de eficiência acima dos 90% dependendo da Rail de alimentação.
SSD Power States
Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

Como todo NVMe padrão, temos 5 power states principais, entretanto, aqui vemos o mesmo comportamento observado em SSDs com o controlador Rainier IG5236, onde ele reporta Power States máximos com valores abaixo do que o controlador consume.
Além disto, um ponto negativo foi a temperatura de operação que a fabricante configurou neste SSD, pois para que ele sofra thermal throttling ele precisa atingir entre 100ºC à 110ºC, o que está longe de ser uma temperatura segura para um SSD.
E como observaremos no decorrer dos testes, ele ficou muito próximo disso e não sofreu thermal throttling, o que é meio perigoso.
CURIOSIDADES SOBRE O SSD TEAMGROUP T-FORCE G50
Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.
No caso deste SSD, há uma outra variante que foi encontrada em um review russo, e nesse outro projeto, ele manteve o mesmo controlador Innogrit RainierQX IG5220, porém, suas NANDs foram alteradas para as YMTC TLC X2-9060 CDT1B 512Gb 128-Layers.
Neste projeto observamos um desempenho bem similar, pois tanto esses Dies CDT1B quanto os SK Hynix 4D V7 possuem a mesma velocidade de 1600 MT/s. Única coisa de diferente no SSD acima é que possui 4 NAND Flashs ao invés de 2.
Na prática, isso não muda em nada a quantidade de NAND Flashs, pois tanto esses Dies da YMTC quanto a SK Hynix, são dies de 512Gb, portanto, para ter 1TB de capacidade, os 2 SSDs precisam de 16 dies.
Única coisa que muda é a quantidade de Dies por cada NAND Flash. Enquanto esse com dies YMTC possui 4 NANDs com 4 Dies em cada NAND, o nosso com dies SK Hynix possui 2 NANDs com 8 Dies. Ambos os casos trabalhando em 1600 MT/s.
A diferença entre as duas configurações está em como o controlador utiliza as linhas de Chip Enable (CE) para acessar os dies de NAND. Na configuração de 8-CE (2 dies por CE) (SSD com NAND SK Hynix), dois dies compartilham a mesma linha CE, permitindo maior eficiência de custo e consumo energético, mas com menor paralelismo e desempenho máximo. Já na configuração de 16-CE (1 die por CE) (YMTC), cada CE acessa um único die, maximizando o paralelismo e o desempenho, ideal para workloads intensivos, como aplicações de Big Data ou servidores.
A escolha por 8-CE ou 16-CE reflete o equilíbrio entre custo, desempenho e consumo energético. O 8-CE é mais adequado para SSDs de uso geral, enquanto o 16-CE é preferido em cenários que demandam alta performance. Além disso, a configuração de 1 die por CE oferece maior controle sobre wear leveling e recuperação de erros, mas a de 2 dies por CE reduz a complexidade e o custo do controlador.
BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 11 Pro 64-bit (Build: 23H2)
– Processador: Intel Core i7 13700K (5.7GHz all core) (E-cores e Hyper-threading desabilitados)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: MSI Z790-P PRO WIFI D4 (Bios Ver.: 7E06v18)
– Placa de Vídeo: RTX 4070 Ti Super Colorful (Drivers: 555.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 001C)
– SSD testado: SSD Teamgroup T-Force G50 1TB (Firmware: 1.W.G.31)
– Versão drive Chipset Intel Z790: 10.1.19376.8374.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.
ONDE COMPRAR
Infelizmente nas maiores lojas aqui do Brasil ele se encontra fora de estoque no período que realizamos nossos testes, mas pode ser que ele volte no futuro na Pichau:
CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:
Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread
Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads


O SSD consegue facilmente atingir suas velocidades sequenciais, obviamente, não será o SSD com os maiores valores de SSDs Gen4, porém, apresenta velocidades razoáveis pelo que se propõe.


Suas latências foram bem elevadas devido a largura de banda em QD1, mesmo sendo um SSD Gen4, suas latências foram bem maiores que os demais SSDs que testamos.


Em suas velociades aleatórias em QD4, na leitura, ele foi o SSD com a menor velocidade, apenas em sua escrita que ele consegue superar o SSD Pichau que testamos anteriormente.


Em QD1, mesmo em sua leitura, ele ficou abaixo dos demais SSDs, outro ponto negativo.
ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4
Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:
Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB
Tamanho do arquivo: 256MB
Queue Depth: 1 e 4.


O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente temos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, em sua leitura observamos que ele no início do teste se comporta muito bem, similar aos demais SSDs, apenas em blocos maiores que ele fica para trás devido a limitação de seu barramento de 5GB/s. Já em sua escrita essa diferença some, pois ele fica muito proximo também dos demais SSDs, apenas no finalzinho do teste que vemos essa diferença novamente.


O mesmo comportamento é observado em sua leitura e também em sua escrita.
3DMark – Storage Benchmark
Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.


Neste benchmark, que possui inúmeras traces realísticas tanto de trabalho como de uso cotidiano, observamos que dentre desses SSDs testados, ele teve o pior resultado. Essa combinação de NANDs SK Hynix com esse controlador Innogrit em outros projetos apresenta resultados semelhantes, ficando abaixo da média.
PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Aqui foi utilizada a ferramenta Storage Test e o “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.
Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)
Já neste benchmark, que também possui algumas traces realísticas, mas com foco maior em produtividade, o mesmo comportamento é notado, devido ao que mencionamos anteriormente.
TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.
Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, o SSD G50 foi levemente superior ao Fury Renegade que testamos no passado.
TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Aqui temos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho.
Neste benchmark com foco em carregamento de games, todos os NVMe tem uma diferença muito pequena entre si, o G50 não foi diferente, ele ficou pouco menos de 1 segundo “mais lento” que o NV7000-T.
Neste programa, é constatado o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, entretando, a diferença aqui foi extremamente pequena ao compararmos com os demais SSDs NVMes.
TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).
Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache dinâmico, de cerca de 328GB, onde ele conseguiu manter velocidade média de ~ 4665MB/s até o fim do buffer.
Logo após ele terminar de gravar na região do pSLC Cache, ele se mantem gravando brevemente na região nativa TLC por aproximadamente 90GB à uma média acima de 2.2 GB/s.
E então logo após ele terminar de escrever em sua região nativa, o SSD entra no estado de Folding / Copyback, onde ele reprograma os blocos de pSLC de volta para TLC aonde ele permanece escrevendo a uma média de 507 MB/s até encher sua unidade por completo.
Sua velocidade média geral contanto a região Nativa e a de Folding é de cerca de 564 MB/s e como vemos no gráfico abaixo, é basicamente metade da velocidade do SSD Kingston Fury Renegade de 1TB que testamos no passado.
Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC, podemos observar que ele conseguiu recuperar mais de 17GB em pouco tempo.


Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.
TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB.
Ao utilizarmos a imagem ISO do Windows 10, por se tratar de um arquivo de tamanho bem pequeno, a diferença de todos os SSDs NVMe é extremamente pequena, isso ocorre devido o volume de pSLC Cache deles ser muito maior que o tamanho do arquivo.
Com uma pasta maior a diferença não é tão grande, e devido a seu grande SLC Cache e sua velocidade média de transferência, ele teve um empate com o SMI70.
TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.
Neste projeto, o controlador está programado para sofrer thermal throttling entre 100ºC à 110ºC o que é extremamente alto, essa temperatura target deveria ser menor. No gráfico acima, a leitura Térmica (vermelho) se refere ao que foi medido com a câmera térmica e o sem observações (verde), a leitura do sensor. Abaixo temos a gravação da câmera térmica, com o G50 ultrapassando os 100ºC.
CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA
SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.
Neste trecho da análise utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.
Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.
Sua eficiência também não foi algo espetacular, devido sua largura de banda média.
Em seu pico durante sua escrita sequencial, ele obteve um consumo máximo de 4.71W, o que não é muito alto e ficou idêntico à SSDs com o MAP1602, porém de 2TB.
Seu consumo médio foi bem baixo, o que foi um ótimo resultado, mas em contra partida, sua largura de banda média também foi baixa, abaixo dos 1500 MB/s, enquanto que os SSDs mais eficiêntes conseguem acima de 3000 MB/s, esse foi o motivo de ter derrubado sua eficiência.
Por último e mais importante, teste em Idle, sendo o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiano, e aqui já é algo de se esperar de controladores Innogrit, da mesma maneira que vemos no IG5236, este possui um consumo elevado, mesmo sendo um controlador de 4 canais.
Conclusão
Será que vale a pena o investimento extra nesse modelo?
O Teamgroup G50 apresentou desempenho modesto mas ainda aceitável para uma unidade de entrada, ficando atrás de alguns modelos equipadas com NANDs QLC, sendo ainda um pouco superior ao Kingston NV2 que testamos à alguns anos.
Apesar de ainda ser OK para o seu nicho de mercado, o problema é que pelos R$599 que ele estava sendo vendido antes de se esgotar, fica dificil justifica-lo perante a concorrência, que possui modelos competitivos em desempenho, mas por um menor valor.
É importante destacar que por um valor abaixo desse último praticado, ele se torna uma opção bem mais aceitável para um modelo de entrada.
VANTAGENS
- Velocidades sequenciais decentes
- Velocidades aleatórias decentes
- Desempenho prático “OK“, semelhante a um Kingston NV2
- Construção decente, NANDs de boa qualidade, embora essa combinação de Innogrit + NANDs SK Hynix não tenha o maior desempenho.
- SLC Cache Grande
- SLC Cache se recupera rapidamente
- Velocidade de escrita sustentada razoável para um SSD de 1TB
- Durabilidade na média dos demais SSDs (TBW)
- 5 Anos de garantia
DESVANTAGENS
- Velocidades aleatórias meio baixas, especialmente em QD1 ~ QD4, tanto que a fabricante nem informa em seu datasheet velocidades aleatórias.
- Não sofre Thermal Throttling – Isso está como ponto positivo, pois embora seja legal que ele não tenha queda de performance, o SSD atingir 100ºC e não diminuir sua performance é muito preocupante.
- Possui variação em seu Hardware
- Não possui pack de softwares
- Não possui Criptografia
- Preço elevado
- Baixa eficiência energética e alto consumo em Idle e em cargas de trabalho mais leves.


























