Overclock extremo (LN2) no i5 12600K – Experiência e resultados
Fala pessoal, tudo certo?
No último post de 2021, que foi sobre uma sessão de overclock extremo, testei o i9 12900K, o qual juntamente a excelente Maximus Z690 Apex e as memórias DDR5 ADATA, foram capazes de atingir uma série de bons resultados, incluindo uma validação a 6.8GHz e benchmarks rodando a 6.6GHz, o que apesar de não ser suficiente para quebrar recordes, definitivamente são números restritos apenas a bons exemplares de i9 12900K.
Mas graças a Terabyteshop, a brincadeira não poderia parar apenas com o i9 12900K, o que significa que chegou a vez do i5 12600K descobrir o frio extremo! 😀
Sobre a preparação para essa sessão, o isolamento da placa-mãe foi feito usando fita isolante liquida por conta da fácil aplicação, custo relativamente baixo e facilidade de remoção caso necessário e para complementar, as memórias também foram isoladas com o mesmo material, algo que se mostrou necessário pelo que foi observado nas sessões anteriores.
Feitas as apresentações, vamos ao hardware utilizado!
- Configuração utilizada:
CPU: Intel i5 12600K (Obrigado Terabyteshop!)
MOBO: ASUS ROG Maximus Z690 Apex (Obrigado Terabyteshop!)
VGA: GeForce GT210
RAM: 2x8GB ADATA DDR5 4800 40-40-40 (Obrigado ADATA/XPG)
REFRIGERAÇÃO: SF3D Inflection Point + Nitrogênio Líquido + Kingpin KPX
STORAGE: SSD Kodak X100 120 GB
SO: Windows 11 x64 “Ghostspectre”
Objetivo dos testes: Verificar como o i5 12600K se sai no overclock extremo, obtendo resultados para o HWBOT no processo. Os detalhes de como foram conduzidos os testes e metodologia estão descritos no texto que acompanham os resultados.
Resultados:
Como é de praxe nas placas-mãe da linha ROG, existem threads com diversas informações importantes e ferramentas para uso em overclock extremo e claro, a Maximus Z690 Apex não seria diferente, então, o primeiro passo para se obter sucesso na empreitada de congelar uma CPU “Alder Lake” com uma dessas placas é seguir a risca as recomendações da thread no que diz respeito as opções que devem estar ativadas/desativadas, pois caso contrário, muito provavelmente surgirão problemas de throttling em alguns benchmarks ou mesmo desempenho abaixo do esperado.
Sobre o CB/CBB (coldbug / coldboot bug), a maior parte desses processadores funcionam bem a -196 °C, com algumas poucas unidades apresentando CB na casa dos -150 °C. No caso desse i5 12600K, a sorte não ajudou e ele infelizmente apresentou CB/CBB na casa dos -140 °C, o que não foi possível contornar nem mesmo com ajustes adicionais em PLL ou coisa do tipo.
Cabe lembrar que as placas-mãe ROG para Intel apresentam um índice chamado “SP”, que serve para estimar a qualidade da CPU com base nos parâmetros de tensão/frequência, retornando um valor que pode ser usado para estimar o quão boa é a amostra sem precisar rodar um benchmark sequer, claro, quanto maior esse número, melhor. No caso desse 12600K, ele apresentou SP 55, o que é bem baixo e provavelmente corresponde a uma amostra abaixo da média, enquanto o 12900K testado anteriormente, é SP84, o que já pode ser considerado decente.
Das frequências obtidas, os P-Cores conseguiram completar os benchmarks com frequências entre 6000~6200MHz usando cerca de 1.66V, já os E-Cores, algo como 4800MHz, porém, não muito estáveis e por alguma razão, dando throttling no Cinebench R20 com a CPU trabalhando como 6P+4E, algo que não ocorreu com apenas os P-Cores ativados.
A respeito dos rankings, para essa geração, o HWBOT optou por criar dois rankings para esses modelos: Um com todos os núcleos (P+E) ativados e outro apenas com os P-Cores, o que implica um i5 12600K pode disputar o ranking global de 10 cores, onde ele enfrenta forte concorrência do i9 10900K e no global de 6 cores.
Dos resultados, no Cinebench 6P, ele pontuou 7293 pontos, o que foi bom para um 17.º lugar no ranking global das CPUs 6x cores, 55283 no GB3, o que resultou em um 24.º lugar e 22.28 fps no HWBOT X265 Benchmark 4k, bom para um 13.º lugar, novamente, no ranking global 6x cores. Já no ranking 10x cores, foi possível atingir 67428 pontos no GB3, o que foi bom para ficar em 24.º nesse ranking. Lembrando que essas posições foram as da data de publicação desse artigo, de forma que se você estiver lendo isso em um futuro um pouco mais distante, as coisas podem mudar bastante. 🙂




Por fim, a tradicional galeria de fotos do hardware todo congelado, algo que nunca pode faltar em um post sobre overclock extremo!



Conclusão:
Tudo correu bem na sessão de overclock extremo, com todo o conjunto funcionando conforme o esperado, sobrevivendo a “tortura” imposta por essa situação. Esse exemplar de i5 12600K definitivamente está longe de ser dos melhores, classificado como SP55 e apresentando CBB/CB na casa dos -140 °C, onde foi possível completar os benchmarks com frequência na casa 6000~6200 MHz 1.66V nos P-Cores e ao algo como 4800 MHz nos E-Cores. Dos resultados, foi possível ao menos ficar no top-20 dos rankings globais em alguns dos testes, o que não é nada mal para uma amostra que não foi bem na loteria do silício.
E por hoje é só! Dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima e um excelente 2022 para todos!
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