Ultima sessão de overclock extremo de 2021 – i9 12900K a 6800 MHz!
Fala pessoal, tudo certo?
Final do ano chegando e como manda a tradição aqui na página, o último artigo tem que ser sobre overclock extremo e de preferência com algum hardware diferenciado, então, graças ao apoio da Terabyteshop e da XPG, para fechar 2021, teremos os resultados de um i9 12900K, junto a uma Maximus Z690 Apex e um kit ADATA 16 GB DDR5 4800! 😀
Fazendo uma breve introdução das peças, as quais certamente aparecerão por aqui mais vezes no ano que vem, o i9 12900K é o processador “topo de linha” da 12.ª geração, o qual é conhecido pelo codenome “Alder Lake” e utiliza uma arquitetura hibrida com “Performance Cores” e “Efficient Cores”, tudo isso fabricado com o processo de 10 nm da Intel, já as memórias, tratam-se de um kit básico da ADATA de 16 GB 4800 MT/s com timings 40-40-40 e chips Micron A-Die e por fim, a placa-mãe é a toda poderosa Maximus Z690 Apex, que assim como suas antecessoras, é voltada para entusiastas e uso em overclock extremo, oferecendo diversos recursos que permitem chegar ao limite dessa plataforma, como, por exemplo, a topologia DPC para as memórias e o monstruoso VRM usando powerstages de 105A!
Quem acompanha as lives na Twitch/Youtube e segue a página no Instagram certamente já deve ao ter visto essas fotos ou mesmo os primeiros testes dessas peças com refrigeração a água, então, se ainda não segue as nossas mídias, recomendo dar uma olhada para não perder esse conteúdo, que em muitas das vezes, é exclusivo dessas redes! 😉



Por esse ser um artigo sobre overclock extremo e a placa-mãe ainda ser “virgem”, foi necessário providenciar o isolamento o que no caso, foi feito usando fita isolante liquida por conta da fácil aplicação, custo relativamente baixo e facilidade de remoção caso necessário. Para complementar, foi usado papel toalha na região do socket e das memórias, o que é uma boa ideia, afinal, o pot fica muito próximo das DDR5 e o risco de condensação nelas é real.




Feitas as apresentações, vamos ao hardware utilizado!
CPU: Intel i9 12900K (Obrigado Terabyteshop!)
MOBO: ASUS ROG Maximus Z690 Apex (Obrigado Terabyteshop!)
VGA: GeForce GT210
RAM: 2x8GB ADATA DDR5 4800 40-40-40 (Obrigado ADATA/XPG)
REFRIGERAÇÃO: SF3D Inflection Point + Nitrogênio Líquido + Kingpin KPX
STORAGE: SSD Kodak X100 120 GB
SO: Windows 11 x64 “Ghostspectre”
Objetivo dos testes: Verificar como a nova geração da Intel se sai no overclock extremo, obtendo resultados para o HWBOT no processo. Os detalhes de como foram conduzidos os testes e metodologia estão descritos no texto que acompanham os resultados.
Resultados:
Como é de praxe nas placas-mãe da linha ROG, existem threads com diversas informações importantes e ferramentas para uso em overclock extremo e claro, a Maximus Z690 Apex não seria diferente, então, o primeiro passo para se obter sucesso na empreitada de congelar uma CPU “Alder Lake” com uma dessas placas é seguir a risca as recomendações da thread no que diz respeito as opções que devem estar ativadas/desativadas, pois caso contrário, muito provavelmente surgirão problemas de throttling em alguns benchmarks ou mesmo desempenho abaixo do esperado.
Sobre o CB/CBB, a maior parte desses processadores funcionam bem com -196 °C sem dificuldades com algumas poucas unidades apresentando CB na casa dos -150 °C. No caso da amostra que tenho em mãos, ela não apresentou CB, porém, teve CBB na casa dos -130 °C.
Das frequências obtidas, os P-Cores conseguiram completar os benchmarks com saudáveis 6600MHz usando cerca de 1.66V, já os E-Cores, que não foram exatamente o foco dessa sessão, conseguiram ao menos chegar nos 4500MHz, provavelmente com margem para ir até algo como 4900 e 5100MHz.
A respeito dos rankings, para essa geração, o HWBOT optou por criar dois rankings para esses modelos: Um com todos os núcleos (P+E) ativados e outro apenas com os P-Cores, o que implica um i9 12900K pode disputar o ranking global de 16 cores, onde ele enfrenta forte concorrência do Ryzen 9 5950X e no global de 8 cores, que é onde ele nada de braçada, então, sabendo disso, o foco acabou sendo no ranking 8C, afinal, é ali que estão os pontos e por essa mesma razão que disse que os E-Cores não foram o foco dessa sessão. 😉
Dos resultados, o Cinebench R20 pontuou 10530 pontos, bom para o 18º lugar no ranking global de até 8 cores e o GB3, 76643 pontos, bom para 21º lugar, o que são resultados razoavelmente bons para uma primeira tentativa. Por curiosidade, também rodei o benchmark do CPU-Z, o qual retornou insanos 1043.7 pontos de single thread!



Apesar de não ter sido o foco, também rodei o R20 e o GB3 com uma configuração 8P+8E, o qual resultou em 13687 e 93623 pontos, respectivamente, pontuações inegavelmente altas, porém, aquém das obtidas pelo Ryzen 9 5950X, implicando que ao menos nesse cenário, às oito threads e o menor IPC dos E-Cores ainda estão um pouco abaixo dos 16 cores Zen3.


Além desses benchmarks, também foi possível validar a frequência de 6798.37 MHz, o que é uma boa marca, provavelmente com margem para chegar nos “mágicos” 7 GHz, ainda que apenas subindo os melhores cores.
Por fim, a tradicional galeria de fotos do hardware todo congelado, algo que nunca pode faltar em um post sobre overclock extremo!


Conclusão:
Tudo correu bem na sessão de overclock extremo, com todo o conjunto funcionando conforme o esperado, sobrevivendo a “tortura” dos -196 °C. O exemplar de i9 12900K testado apresentou CBB em -130 °C e nenhum CB, sendo um processador relativamente simples de se lidar e com ele, foi possível completar os benchmarks com frequência de 6600 MHz 1.66V nos P-Cores e ao menos 4500 MHz nos E-Cores, com margem para melhora nesse último. Dos resultados, foi possível obter ao menos um top-20 global no Cinebench R20 no ranking de 8x cores e muito próximo disso no Geekbench 3, o que considero boas marcas para uma primeira tentativa.
E por hoje é só! Dúvidas, críticas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima e um excelente 2022 para todos!
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