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Review – SSD Redragon Blaze GD-703 512GB

Hoje, testaremos um SSD NVMe da Redragon, do segmento topo de linha, modelo Blaze GD-703, o qual nós adquirimos para testar, tendo em vista que ele tem se destacado bastante no AliExpress.

Ele vem no formato M.2 com barramento de 64Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 4.0, protocolo NVMe 1.4 e capacidades que variam desde 512GB até 1TB, infelizmente não há versões de 2TB até o momento desta análise. Seu preço geralmente se encontra na faixa dos R$299,9 até R$349 na unidade de 512GB, enquanto a de 1TB é um pouco mais cara, cerca de R$499,99 até os R$549.

Fotos Introducao

Especificações do SSD

A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 512GB):

Especificacoes Line up Redragon Blaze

Softwares do SSD

Infelizmente, os SSDs da Redragon não possuem software que forneça informações do produto, como durabilidade e nem mesmo atualizações de firmware.

Unboxing

O SSD vem em uma caixa básica contendo seu nome uma foto ilustrativa do produto na parte frontal, já na parte traseira, vemos as especificações técnicas. E ao abrirmos a caixa podemos observar o SSD em uma case preta sem conter mais nada, apenas prendendo o SSD para não se mover durante transporte.

Esse modelo usa design single-sided com C.I.s apenas na parte frontal da PCB, facilitando o arrefecimento do SSD, também que não possui nenhum tipo de dissipador de calor e sim um fino adesivo, mas como veremos no decorrer da análise, isso sequer foi necessário.

Ele acompanha por padrão um volume de 7.4% alocado para over-provisioning e em seu PCB Frontal encontramos 4 chips principais, 2 NAND Flashs, um controlador e seu PMIC.

Como podemos observar o projeto deste SSD é bem-parecido como de outras marcas como Hikvision, MiWhole, Acer GM7 dentre outros, portanto, já podemos ter uma certa expectativa do desempenho deste SSD.

Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.

SSD MiWhole CT300 1TB Controlador

Este SSD usa um controlador da fabricante MaxioTech: modelo MAP1602A, que é um controlador ISA ARM 32-bit de 1 núcleos Cortex® R5 (Single-core) com processo de fabricação da TSMC de 12nm sendo similar a outras soluções de alguns fabricantes mais conhecidos no mercado como Phison e Silicon Motion.

Este controlador é DRAM-Less, portanto ele utiliza tecnologias como H.M.B. para armazenar as tabelas de metadados. Fora isto, oferece suporte a 4 canais de comunicação com um barramento de até 2400 MT/s, o que é um diferencial, pois boa parte dos controladores de 4 canais Gen4 DRAM-Less costumam suportar até 1600 MT/s apenas. Ele oferece um suporte até 16 dies utilizando comandos “Chip enable”, que são conexões direta e fisicamente ligados aos Dies e como veremos logo mais, suas NAND Flashs operam em 2400 MT/s

DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.

Como havíamos mencionado, por se tratar de um controlador DRAM-Less, ele não oferece suporte a DRAM Cache, portanto, para realizar o armazenamento da tabela de metadados, ele aloca 32 MiB da memória RAM do sistema para agilizar o acesso a esta tabela.

NAND Flash
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 1TB possui 2 chips Nand flash “YMC6G002Tb72BA1C0”. Tratam-se de Nands da fabricante chinesa YMTC, modelos EET1A sendo neste caso dies de 1Tb (128GiB) contendo 232-Layers de dados e um total de 253 gates, gerando uma array efficiency de 91,7%, aonde das 253-Layers do SSD, 232 são alocadas para armazenamento o que gera esta eficiência.

SSD Redragon Blaze 512GB NAND Flash

Neste SSD, cada NAND Flash possui 2 dies com 1Tb de densidade, totalizando 256GB por NAND, que ao todo se gera 512GB. E elas se comunicam com o controlador com seu barramento máximo de 2400 MT/s para melhor desempenho.

Cada um destes dies possuem 6 planes para que quando o controlador acesse cada die possa aumentar o paralelismo e dessa forma o desempenho. Importante destacar que isso foi um aumento significativo de desempenho em comparação aos demais modelos anteriores da própria YMTC de 128-Layers.

YMTC 232 Layers 1Tb EET1A Die
YMTC TLC EET1A 232-Layers 1Tb Die

Já os novos dies, podemos observar que eles novamente possuem 2 decks que ao total geram 253-layers (Gates) de onde 232-Layers são para armazenamento. Sua densidade aumentou de 512Gb (128-Layers CDT1B e CDT2A) para 1Tb (EET1A) e com isso houve um incremento imenso na densidade do die, onde os anteriores tinham cerca de 60.42 mm² (CDT1B) e 59.93 mm² (CDT2A), sendo que essses novos dies possuem tamanho de 68.15 mm², com grande aumento de densidade, indo dos 8 Gb/mm² para mais de 15.03 Gb/mm².

YMTC 232 Layer 1Tb X Ray Diagram Tech Insight
Techinsight – YMTC TLC EET1A “X3-9070” 232-Layers 1Tb

PMIC (Power Delivery)

exemplo pmic

Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum trabalho, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts  até próximo de 10 W, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes. 

Neste SSD podemos observar que ele utiliza um PMIC marcado como “FAEERA“, porém, infelizmente não foi possível descobrir mais informações sobre esse C.I.

SSD Power States

Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

SSD Redragon Blade GD 703 512GB Power States

Em relação aos seus principais power states, vemos que dos 5 primários, temos 3 de estados ativos cujo consumo é dado de “6.5W”, porém, veremos que, na prática, ele ficou muito abaixo disto, além de possuir baixas latências de entrada e saída. Enquanto os demais power states em “idle” possuem um consumo mais razoável, porém, com latências bem maiores.

Conseguimos ver também que o fabricante configura o controlador com uma temperatura de cautela e de thermal throttling bem alta, o que pode ser bom e ruim, pois dessa forma assegura do SSD não sofrer throttling, porém, se ele se mantiver temperaturas elevadas por muito tempo, isso diminuiria a vida útil do produto. No decorrer da análise veremos como ele se comporta nesses cenários.

CURIOSIDADES SOBRE O SSD REDRAGON BLAZE GD-703 512GB

Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.

Aparentemente até o momento desta análise não foi possível encontrar outras variantes deste mesmo SSD.

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 22H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 22H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 3050 Gigabyte Gaming OC (Drivers: 531.xx)
– Armazenamento (OS): SSD SK Hynix Platinum P41 2TB (Firmware: 51060A20)
– SSD testado: SSD Redragon Blaze GD-703 512GB (Firmware: SN08193)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.

ONDE COMPRAR

Este SSD é geralmente vendido na Terabyteshop ou na Pichau, portanto quem tiver interesse estes são os locais onde consegui-lo.

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Ao testarmos suas velocidades sequenciais ele ficou conforme com o que a fabricante estípula, ficando um pouco atrás apenas do AN4, em sua escrita ele não atinge velocidades tão altas quanto os 6000 MB/s devido à quantidade de dies que o SSD possui.

Já em suas latências, vemos que ele teve um empate técnico com o MiWhole CT300 em sua leitura, já na sua escrita ele foi levemente superior.

Ao testarmos suas velocidades aleatória em ‘Queue depth’ de 4, observamos que em sua leitura há basicamente um empate técnico entre CT300 e Redragon, o que é um ponto positivo. O mesmo se repetiu em sua leitura aleatória.

Ao alocarmos apenas 1 thread para melhor representar uma carga de trabalho típica do dia a dia, observamos o mesmo comportamento, em sua leitura o SSD se comporta bem, onde ele apresentou um empate técnico novamente com o CT300, já na sua escrita ele foi levemente inferior devido, novamente, a sua quantidade de dies ser a metade do CT300.

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Neste teste, foram feitas 3 configurações de acessos entre diversas configurações de queue depth desde QD1, que representam um uso do dia a dia, quanto QD16, que já se torna bem surreal, mais comparável com ambientes virtualizados.

Constatamos que nestes testes sintéticos que realizamos, o SSD acabou tendo um desempenho “BOM” com um resultado similar ao CT300.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, em blocos de menor tamanho, ele oferece um desempenho semelhante aos demais SSDs, conforme os blocos vão aumentando conseguimos ver a real diferença. Neste teste, tanto na leitura quanto na escrita ele se comportou igual ao CT300.

Utilizando QD1, percebemos que o mesmo cenário se repetiu, apresentando o mesmo empate com o CT300.

3DMark – Storage Benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

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Vemos que neste benchmark, com traces mais realistas e tradicionais de uso cotidiano, mesmo o Redragon ser idêntico ao CT300 ele conseguiu apresentar um resultado ainda superior mesmo sendo de capacidade inferior.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

pcmark10 fb og

Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

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Já neste outro teste, que é um pouco mais antigo com foco maior em produtividade, cujo tem uma demanda maior na sua escrita, vemos que aqui o CT300 leva vantagem devido sua maior largura de banda devido sua densidade, porém, se testarmos o Redragon de 1TB ele provavelmente vai ultrapassar o CT300.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

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Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, vemos que o redragon conseguiu carregar o projeto 1 segundo mais rápido que o MiWhole.

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho. 

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Neste game, vemos que o Redragon apresentou o segundo melhor resultado do comparativo, ficando apenas atrás do SK Hynix, o que foi um resultado incrível.

Neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, podemos observar que o redragon neste benchmark teve o pior resultado, mas foi uma diferença imperceptível para os demais SSDs do comparativo.

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).

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Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache que aparenta ser dinâmico, de cerca de 83GB, ele conseguiu manter velocidade média de ~ 3971MB/s até o fim do buffer, o que foi uma velocidade boa considerando que essa é uma unidade SSD PCIe 4.0 de 512GB.

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Após ter gravado 83GB, ele começou a gravar nos blocos programados nativamente como TLC, aonde sua velocidade média foi de aproximadamente 828 MB/s. E ele gravou nesta média de 84GB até cerca de 380GB

Após 380GB, ele começou o processo de folding, onde reprogramou os blocos que estavam em modo pSLC de volta para TLC, resultado em uma queda grande de desempenho. O SSD manteve uma velocidade média de escrita de 390 MB/s até encher a unidade.

Já sua média geral contanto o Folding junto de sua velocidade nativa foi de aproximadamente 615 MB/s, superando o gammix S50 Lite de 1TB e ficando pouco atrás do NV5000 de 1TB.

Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele conseguiu recuperar cerca de 4GB à 18GB em cerca de 30 segundos em idle, infelizmente, mesmo após 2 horas em idle ele não conseguiu recuperar mais do que isto. Entretanto, foi um resultado ótimo, considerando este cenário irrealístico e não proporcional.

Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

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Ao utilizarmos a imagem .ISO do Windows 10, vemos que ele acabou tendo um empate técnico com o AN4 de 1TB.

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Já ao realizarmos este mesmo teste com uma pasta muito maior, de um game, conseguimos observar que ele se saiu bem em comparação a alguns outros SSDs de categoria superior, onde ele obteve um resultado melhor que o WD Black SN850 de 1TB.

TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.

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Como visto acima, este SSD por padrão possui um limite de limitação térmica de 90 °C, que é bastante alto. O SSD sequer chegou perto dessas temperaturas, mesmo em testes sintéticos totalmente irrealista ele não ultrapassou 57ºC.

No vídeo acima vemos uma breve time-lapse utilizando uma câmera térmica Infiray T3 durante 15 minutos de um teste de stress no IOmeter para observamos quais pontos de seu PCB superaquecem.

CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA

SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.

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Agradecimento especial a Quarch Solutions por terem enviado esta unidade para testes

Neste trecho da análisem utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.

Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.

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Curiosamente, vemos que este SSD não teve uma eficiência tão grande quanto o CT300 que testamos, mas isso se deve a alguns fatores e não ao fato do SSD não ser eficiênte pois ele é e muito. Primeiramente, o CT300 tinha o dobro do volume de SLC Cache, portanto a maioria do benchmark ele passou na região de SLC Cache, ou seja em uma velocidade média elevada. Fora isto sua velocidade sustentada foi mais elevada também o que contribuiu, porém esta unidade de 512GB sofreu neste benchmark pois possui “apenas” metade do SLC Cache do CT300, e por possui metade da quantidade de dies que o CT300 possui sua velocidade nativa de escrita também é muito prejudica. Isso na unidade de 512GB, na unidade de 1TB ele provavelmente ultrapassaria o CT300, da mesma forma que o CT300 de 512GB teria um resultado levemente inferior a este Redragon Blaze 512GB.

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Com relação a seu consumo máximo, ele foi o SSD com o menor consumo elétrico até o momento, que foi tão baixo que chegou a ser menor que vários SSDs PCIe 3.0.

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Já em sua média ele ainda apresentou outro resultado impressionante, sendo quase idêntico a um SSD SATA de 2.5″.

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Por último e mais importante, teste em Idle, sendo o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiano, e mesmo aqui ele não deixa a desejar, ele conseguiu um excelente resultado ficando abaixo dos 710mW, ficando levemente acima do CT300.

Conclusão

Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?

Sem dúvidas! Pois embora ele seja um SSD “dram-less”, o desempenho não deixou a desejar e em vários cenários até ultrapassou o CT300.

Sem mencionar que comprando ele localmente, teríamos garantia local com a Terabyteshopcom bom preço, em promoção ele estava saindo por volta dos R$199, enquanto seu preço normal era de R$299, o que é um pouco acima do AliExpress, mas por ter garantia local já vale a pena.

Ele tem muitas vantagens, mas, como todos os produtos, tem desvantagens. Nesta seção, discutiremos se realmente é uma ótima unidade para recomendação ou não.

VANTAGENS

  • Boas Velocidades sequenciais
  • Velocidades Aleatórias satisfatórias
  • Bons resultados de latência
  • Oferece ótimo desempenho prático e até em cenários profissionais
  • Utiliza um bom conjunto de controlador com Dies TLC
  • Não sofre Thermal Throttling
  • Não possui variantes com componentes diferentes
  • Volume de pSLC Cache de ótimo tamanho
  • Velocidade pós SLC Cache decente
  • Volume de pSLC Cache se recupera de forma rápida até
  • Bom nível de durabilidade, acima da média (TBW)
  • SSD com consumo elétrico baixíssimo
  • SSD com uma boa eficiência energética
  • Garantia Local no Brasil
  • Oferece suporte à criptografia
  • Preço competitivo

DESVANTAGENS

  • Não oferece pack de software de gerenciamento
  • Garantia de apenas 1 ano
  • Não possui versões maiores que 1TB

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2 Responses

  1. Carlos roberto disse:

    Excelente review como sempre, mas eu tenho uma duvida, tem como aumentar o cache do nvme hmb pelo windows 11 ?

    • Gabriel Ferraz - Analista de Armazenamentos disse:

      Cara não tem necessidade de aumentar, mas é possível pelo Register do Windows

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