Kingbank KP260 0
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Review – SSD Kingbank KP260 2TB – Outro SSD baratinho do AliExpress, será uma boa opção?

Hoje, testaremos um SSD NVMe da Kingbank, do segmento intermediário, modelo KP260, o qual a Kingbank nos enviou para testarmos. Obrigado Kingbank 🙂 .

Ele vem no formato M.2 com barramento de 64Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 4.0, protocolo NVMe 1.4 e capacidades que variam desde 512GB até 2TB. Seu preço geralmente se encontra na faixa dos R$390 na unidade de 2TB, enquanto a de 1TB é um pouco mais barata, cerca de R$204,99.

Capturar

Especificações do KP260

A seguir, informações um pouco mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 2TB):

Especificacoes Kingbank KP260 2TB

Softwares do SSD

Infelizmente, os SSDs da Kingbank não possuem software que forneça informações do produto, como durabilidade e nem mesmo atualizações de firmware.

Unboxing

O SSD vem em uma caixa totalmente branca com a logo da Kingbank e um espelho de plástico que torna visível o SSD em seu PCB frontal.

Ao abrirmos vemos um suporte do SSD com seu manual e alguns parafusos de fixação, o que é sempre legal de se ver, já que é fácil de perdê-los e também seu dissipador não vem pré-instalado, outro ponto positivo da Kingbank.

Esse modelo usa design single-sided com C.I.s apenas na parte frontal da PCB, facilitando o arrefecimento do SSD e também possui um “dissipador” a parte para quem quiser instalar, o que veremos se contribui mesmo para arrefecimento no decorrer da análise.

Ele acompanha por padrão um volume de 7.4% alocado para over-provisioning e em seu PCB Frontal encontramos 5 chips principais, 4 NAND Flashs, um controlador, alguns load switches e mosfets para prover alimentação.

Controlador
O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.

SSD Kingbank KP260 2TB Controlador

Este SSD usa um controlador da fabricante MaxioTech: modelo MAP1602A, que é um controlador ISA ARM 32-bit de 1 núcleos Cortex® R5 (Single-core) com processo de fabricação da TSMC de 12nm sendo similar a outras soluções de alguns fabricantes mais conhecidos no mercado como Phison e Silicon Motion. Este controlador é DRAM-Less, portanto, ele utiliza tecnologias como H.M.B. para armazenar as tabelas de metadados.

Fora isto, oferece suporte a 4 canais de comunicação com um barramento de até 2400 MT/s, o que é um diferencial, pois boa parte dos controladores de 4 canais Gen4 DRAM-Less costumam suportar até 1600 MT/s apenas. Ele oferece um suporte até 16 dies utilizando comandos “Chip enable”, que são conexões direta e fisicamente ligados aos Dies e como veremos logo mais, suas NAND Flashs operam em 2400 MT/s

DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.

Flash ID

Como havíamos mencionado, por se tratar de um controlador DRAM-Less, ele não oferece suporte a DRAM Cache, portanto, para realizar o armazenamento da tabela de metadados, ele aloca 32 MiB da memória RAM do sistema para agilizar o acesso a esta tabela.

NAND Flash
Com relação a seus circuitos integrados de armazenamento, o SSD de 2TB possui 4 chips Nand flash “NH14TAA1842512G”. Tratam-se de Nands da fabricante chinesa YMTC, modelos CDT1B sendo neste caso dies de 512Gb (64GB) contendo 128-Layers de dados e um total de 141 gates, gerando uma array efficiency de 90,7%, aonde das 141-Layers do SSD, 128 são alocadas para armazenamento o que gera esta eficiência.

SSD Kingbank KP260 2TB NAND 4

Neste SSD, cada NAND Flash possui 8 dies com 512Gb de densidade, totalizando 512GB por NAND, que ao todo se gera 2TB. E elas se comunicam com o controlador com seu barramento máximo de 1600 MT/s para melhor desempenho.

Cada um destes dies possuem 4 planes para que quando o controlador acesse cada die, possa aumentar o paralelismo e dessa forma o desempenho. Importante destacar que existem 2 modelos de dies YMTC de 128-Layers, os que foram lançados a um tempo atrás conhecidos como CDT1B que também possuem 4 planes como vemos na foto a seguir.

ymtc 128 layers dieshot
YMTC TLC CDT1B 128-Layers 512Gb Die

Já os novos dies possuem um design de 1×4 dies como esse, ou seja, eles estão um do lado do outro verticalmente, nos dies CDT2A, que também são chamados de X2-9060, possuem um alinhamento de 2×2 planes, onde temos um agrupamento de planes de forma diferente como veremos na imagem a seguir.

Através destas mudanças é possível atingir uma maior eficiência neste design 2×2, pois o formato do die fica diferente, mudando o design do circuito gerenciador e do CMOS, permitindo desta forma dies menores e mais fáceis de produzir, sem mencionar o custo que deve ser reduzido.

Neste design “dual deck” da YMTC, o deck superior contém 72 layers enquanto o inferior 69-gate layers, gerando esse total de 141 gate layers contando os String Selectors, dummy word lines dentre outros.

Apenas relembrando que em nossa unidade, aparentemente, os dies utilizados são os CDT1B.

PMIC (Power Delivery)

exemplo pmic

Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum trabalho, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts  até próximo de 10 W, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes. 

Podemos observar que ele usa um load switch que é marcado como “ZB DIA” que deve ser um C.I. da Nexperia.

SSD Power States

Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

SSD Kingbank KP260 2TB Power States

Vemos que o SSD possui 5 power states primários, 3 ativos e 2 em Idle, aonde seus ativos possuem baixas latências de entrada e saída e um “consumo” máximo de 6.5W, que veremos mais adiante se quer ficou próximo disto. Enquanto seus demais power states em Idle possuem latências acima dos 5ms e consumo maior que 700mW. Outra curiosidade interessante é que ele tem os mesmos parâmetros desses power states do NV7000-T que analisamos anteriormente,

CURIOSIDADES SOBRE O SSD KINGBANK KP260 2TB

Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.

Até o momento desta análise não foi possível encontrar outras variantes deste mesmo SSD.


OS PROBLEMAS DAS NANDS YMTC 128-LAYERS (X2-9060)

Como todos já devem ter visto, houve um incremento grande no número de casos de pessoas que tem tido problema com SSDs do Aliexpress e de marcas renomadas até que acompanhavam SSDs com NANDs YMTC X2-9060, e em boa parte acontecia em SSDs com controlador Innogrit IG5236, sendo que nós mesmos já tivemos esse problema e escrevemos um artigo detalhado explicando o que ocorria com estes SSDs neste artigo abaixo.

Em resumo para aqueles que não entenderam, o principal problema era dos “Wafers” de NAND Flash que estavam vindo com problema de fábrica, e este problema é conhecido como Read Disturb.
Mas afinal o que é o “Read Disturb”?

O “Read Disturb” é um fenômeno indesejado que ocorre em NAND Flash SSDs durante operações de leitura. Ele se manifesta quando a leitura repetida e frequente de células de memória NAND adjacentes a uma célula de destino pode causar o vazamento de carga elétrica, resultando em uma modificação não intencional do estado de uma ou mais células de dados próximas. Isso acontece porque as operações de leitura envolvem a aplicação de tensões elétricas nas células, e esse estresse repetido pode afetar as células vizinhas, levando a erros de leitura ou perda de dados ao longo do tempo. Para mitigar esse problema, os controladores de SSD implementam técnicas como leituras de ECC (código de correção de erro) e realocação de dados para garantir a integridade dos dados em NAND Flash SSDs.

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Por este motivo que muitos SSDs com esse conjunto de controlador (IG5236 + NAND YMTC) e NANDs apresentavam o famigerado problema “MN-5236” pois devido a tantos problemas de Read Disturb dentro de cada célula, o controlador não conseguia dar conta mesmo com algorítmos de ECC de tantos erros que fazia o SSD parar de ser reconhecido ou corromper até seu Firmware, já que o Firmware é gravado dentro das NAND Flashs.

Tá, mas e a solução?

Quando a YMTC detectou este problemas eles começaram a entrar em contato com os fabricantes para removerem estes lotes defeituoso do mercado, e inúmeros fabricantes já lançaram Firmware para correção deste problema, porém a Innogrit até agora não lançou. Mas vemos que a Maxiotech sim.

Flash ID 2

Vemos no retângulo vermelho que SSDs com Firmware SVN11590 e outras versões já trazem uma solução para este problema que tem dado tanta dor de cabeça em inúmeros SSDs.

Existe algumas opções que inúmeros controladores do mercado fazem para contornar este problema, entre elas são:

Read Disturb Mitigation: Alguns controladores possuem algoritmos específicos para mitigar o impacto do “Read Disturb”, como ler células vizinhas antes da leitura real para minimizar o efeito do estresse elétrico nas células.

Algoritmos de Garbage Collection e Wear Leveling: Esses algoritmos redistribuem os dados gravados nas células de NAND Flash para garantir que todas as células sejam usadas de maneira uniforme, minimizando assim o número de leituras repetidas em células específicas.

Uso de Múltiplas Camadas de NAND: SSDs de alta qualidade muitas vezes usam NAND Flash de várias camadas (como TLC, MLC ou SLC) para minimizar o impacto do Read Disturb, já que diferentes tipos de células têm diferentes níveis de durabilidade.

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 10 Pro 64-bit (Build: 22H2) + Windows 11 Pro 64-bit (Build: 22H2)
– Processador: AMD Ryzen 9 5950X (16C/32T) (Frequência fixa em todos os núcleos, 4 GHz)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: Gigabyte X570s Aorus Elite AX (Bios Ver.: F5c)
– Placa de Vídeo: RTX 4060 Galax 1-Click OC (Drivers: 539.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 001C)
– SSD testado: SSD Kingbank KP260 2TB (Firmware: SN07443)
– Versão drive Chipset AMD X570: 4.03.03.431.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.

ONDE COMPRAR

Este SSD é geralmente vendido na Amazon ou no Aliexpress, por enquanto, ele ainda não chegou ao Brasil.

Aliexpress – SSD Kingbank KP260 512GB (R$122)

Aliexpress – SSD Kingbank KP260 1TB (R$205)

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Ao testarmos suas velocidades sequenciais, ele entrega o que promete, ficando bem próximo do Redragon Blaze que testamos anteriormente.

Já em suas latências, vemos que ele na sua leitura fica semelhante ao Asgard AN4 enquanto na sua escrita ele tem um empate com o CT300.

Ao testarmos suas velocidades aleatória em ‘Queue depth’ de 4, observamos que em sua leitura há basicamente um empate técnico com o Solidigm P41 Plus e na sua escrita ele já teve um desempenho mais baixo ficando em último do comparativo.

Ao alocarmos apenas 1 thread para melhor representar uma carga de trabalho típica do dia a dia, observamos o mesmo comportamento tendo um desempenho meio fraco para um SSD Gen4.

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Neste teste, foram feitas 3 configurações de acessos entre diversas configurações de queue depth desde QD1, que representam um uso do dia a dia, quanto QD16, que já se torna bem surreal, mais comparável com ambientes virtualizados.

Constatamos que nestes testes sintéticos que realizamos, o SSD acabou tendo um desempenho “OK” em sua escrita, mas na sua leitura foi bem fraco.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente vemos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, agora, na leitura acabou ficando um pouco atrás do Netac NV5000, enquanto na sua escrita, ele já fica acima do Netac e parelho com o Redragon.

Utilizando QD1, percebemos que na sua leitura em alguns cenários le fica na frente e atrás do NV5000 em diferentes tamanhos de blocos, já na sua escrita ele supera o NV5000.

3DMark – Storage Benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

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Vemos que neste benchmark, com traces mais realistas e tradicionais de uso cotidiano, obteve um resultado decente, superando o NV5000 com controlador Phison E16 que ainda tem DRAM Cache, ficando um pouco atrás do Solidigm e do CT300.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK
Neste teste, foi utilizada a ferramenta Storage Test e o teste “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

pcmark10 fb og

Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

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Já neste outro teste, que é um pouco mais antigo com foco maior em produtividade, cujo tem uma demanda maior na sua escrita, vemos que o mesmo cenário se repetiu, ele superou o NV5000 porém ficou atrás do Redragon e do Solidigm.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

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Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, vemos que Kingbank teve um empate técnico com o CT300.

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Fizemos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho. 

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Neste game, vemos que o Kingbank levou 7,2 segundos para realizar todas os carregamentos de texturas e cenas do benchmark, o que foi um resultado bom, sendo semelhante ao CT300 e o Solidigm.

Neste programa, consta deste o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, então, podemos observar que o Kingbank se destacou aqui com o menor tempo de carregamento.

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING
Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).

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Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache que aparenta ser dinâmico, imenso, de cerca de 338GB, ele conseguiu manter velocidade média de ~ 4168MB/s até o fim do buffer, o que foi uma velocidade boa considerando que essa é uma unidade SSD PCIe 4.0 de 2TB com 32 dies.

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Após ter gravado 338GB, ele começou a gravar nos blocos programados nativamente como TLC, onde sua velocidade média foi de aproximadamente 2577 MB/s, o que é excelente. E ele gravou nesta média de 339GB até cerca de 1526GB, ou cerca de 1187GB a uma média de quase 2600 MB/s.

Após 1527GB, ele começou o processo de folding, onde reprogramou os blocos que estavam em modo pSLC de volta para TLC, resultado em uma queda grande de desempenho. O SSD manteve uma velocidade média de escrita de 726 MB/s até encher a unidade.

Já sua média geral contanto o Folding junto de sua velocidade nativa foi de aproximadamente 1461 MB/s, superando o WD Black SN850 de 1TB e ficando um pouco abaixo do NV7000 de 1TB.

Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC podemos observar que ele conseguiu recuperar cerca de 200GB à 256GB em cerca de 1 minuto à 30 minutos em idle, foi um resultado incrível, considerando este cenário irrealístico e não proporcional.

Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, vemos que ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS
Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

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Ao utilizarmos a imagem .ISO do Windows 10, vemos que ele acabou tendo um empate técnico com o NV7000 de 2TB.

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Já ao realizarmos este mesmo teste com uma pasta muito maior, de um game, ele se igualou ao Redragon Blaze novamente superando até mesmo o CT300.

TESTE DE TEMPERATURA
Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.

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Como visto acima, este SSD por padrão possui um limite de limitação térmica de 95 °C, que é bastante alto, até recomendaria ser diminuído. O SSD chegou perto dessas temperaturas ficando bem quente mesmo usando o dissipador incluso cuja instalação é recomendável, porém o SSD não chegou a sofrer thermal throttling, mesmo alcançando temperaturas de 87ºC.

CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA

SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.

quarch programmable power module
Agradecimento especial a Quarch Solutions por terem enviado esta unidade para testes

Neste trecho da análise utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.

Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.

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De forma impressionante, o SSD conseguiu atingir um nível de eficiência bastante elevado graças ao seu imenso volume de SLC Cache e também pelo fato de que seu consumo médio foi muito baixo, elevando demais sua eficiência, porém ficou abaixo ainda dos SSDs com os novos Dies da YMTC de 232-Layers.

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Com relação a seu consumo máximo, vemos que ele teve um consumo pouco menor que o Kingston NV2 que tem um desempenho teórico bem inferior, sendo um bom resultado.

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Na sua média vemos que ele teve um consumo um pouco superior ao NV2 e ao NV7000-T e o CT300 o que fez com que sua eficiência tenha ficado levemente abaixo desses 2 SSDs do aliexpress.

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Por último e mais importante, teste em Idle, sendo o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiano, e mesmo aqui ele não deixa a desejar, ele conseguiu um excelente resultado ficando abaixo dos 770mW, isso pois usa os mesmos power states do NV7000-T como mencionamos acima.

Conclusão

Levando tudo isso em conta, realmente será que vale a pena investir neste SSD?

O desempenho do SSD realmente é legal e ele tem um bom preço, acaba oferecendo um bom custo benefício, porém, o KP280 que oferece um desempenho superior custa tão pouco a mais que ele acaba tendo um custo por desempenho melhor. Apesar disso, o KP260 ainda é um SSD bom capaz de atender a necessidade de muitas pessoas.

VANTAGENS

  • Velocidades Sequenciais decentes, porém abaixo dos SSDs de 7000 MB/s
  • Bons resultados de latência
  • Excelente desempenho em cenários práticos e em ambientes profissionais
  • Utiliza um bom conjunto de controlador com Dies TLC
  • Não possui variantes com componentes diferentes
  • Volume de pSLC Cache imenso
  • Velocidade pós SLC Cache muito alta.
  • Volume de pSLC Cache se recupera incrivelmente rápida
  • Durabilidade (TBW) na média dos demais SSDs
  • Não chega a sofrer thermal throttling mas o SSD esquenta em cargas excessivas ou extensas
  • SSD com consumo elétrico baixíssimo
  • SSD com uma excelente eficiência energética
  • Preço competitivo

DESVANTAGENS

  • Desempenho aleatório um pouco abaixo do padrão em pequenas QD (escrita)
  • Não oferece suporte à criptografia
  • Garantia de 3 anos mas só na China (ainda não chegou no Brasil)

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