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Intel UHD Graphics 770 – Testamos como anda o vídeo integrado da Intel!

Nesse artigo, iremos testar como o vídeo integrado da Intel, o UHD Graphics 770, vem se saindo em alguns jogos modernos, além dos ganhos ao se fazer overclock.

Pouco mais de dois anos atrás, testamos a UHD750 do Rocket Lake, que são os chips de 11ª geração, onde era novidade o advento da arquitetura Xe, que deu origem as primeiras GPUs dedicadas da Intel em decadas!

arc desktop

Apesar de interessante, a experiência com o UHD750 não foi lá muito positiva, com diversos problemas na execução dos jogos, o que na época, foi atribuido aos drivers. Desde então, muita coisa mudou, com o lançamento das Arcs e o grande investimento da Intel no software, não raro apresentando ganhos de desempenho de até dois digitos a cada atualização, beneficiando também as CPUs com vídeo integrado Xe, já que o pacote de drivers foi unificado.

Dessa vez, o vídeo integrado escolhido foi o UHD Graphics 770, que equipa os processadores K de 12ª, 13ª e 14ª gerações, o qual conta com 256 Shaders, 16 TMUs, 8 ROPs e no caso do i9 12900K, frequência padrão de 1550 MHz e TDP de 15W.

Configurações utilizadas:

CPU: Core i9 12900K

MOBO: ASRock B760M PG Riptide

RAM: 2x16GB Kingston Fury Renegade 8000 CL38 (Hynix A-Die) – Obrigado Kingston!

GPU: Intel Graphics UHD770

PSU: Coolermaster MWE 1250 Gold V2 – Obrigado Cooler Master!

COOLER: 1STPlayer TS-360

STORAGE: SSD Netac 240 GB + SSD Kingston A400 960 GB

Software utilizado: Windows 11 x64…

Objetivo e metodologia dos testes:

Verificar como anda a experiência de uso do vídeo integrado do Intel Graphics UHD770, além de testar o seu desempenho tanto em stock quanto em overclock. Maiores detalhes estão contidos nos textos a seguir.

Experiência:

Em relação a experiencia anterior com a UHD750, é possível afirmar que a situação mudou da água para o vinho! O primeiro detalhe positivo é o painel de controle, que agora é o Arc Control, uma clara evolução em relação ao antigo Command Center, tanto em relação a interface e usabilidade, quanto das opções disponíveis.

Mas a grande diferença foi na qualidade da entrega, com os problemas de estabilidade, frametime e artefatos se tornando passado e as coisas fluindo bem nos jogos testados, incluindo o SOTTR, que apresentava artefatos em DX12 na ocasião dos testes com a UHD750.

O único jogo que se recusou a rodar foi o Starfield, que apresentou uma mensagem dizendo que a placa de vídeo não atingia os requerimentos mínimos. Ao procurar na internet por uma solução, foram encontrados diversos outros usuários relatando o mesmo erro, incluindo alguns com GPUs AMD e NVIDIA. Dito isso, nesse caso, daremos o benefício da dúvida para a Intel.

starfield erro

Assim como no UHD750 e nos IGPUs da AMD, também é possível fazer overclock no UHD770 e felizmente você não precisa de um chipset ”Z” para isso, com essa funcionalidade já disponível nas placas ”B”, como a ASRock B760M PG Riptide usada nesse artigo.

O overclock na UHD770 é relativamente simples, bastando aumentar o limite de corrente da GPU integrada, selecionar o seu multiplicador (GT Frequency) e caso necessário, fazer ajuste da tensão (CPU GT Voltage). É importante destacar que o multiplicador máximo é de 21x (2100) e que a referência é o bclk, ou seja, subiu o bclk, a frequência do vídeo integrado vai junto.

Dito isso, foi possível atingir 2219 MHz no iGPU com tensão fixada em 1.35V, o que parece razoável, contudo, existem relatos de exemplares de 13ª geração chegando aos 2500 MHz.

Benchmarks:

Sobre os benchmarks, foram escolhidos o Cyberpunk 2077, Horizon: Zero Dawn, Shadow of the Tomb Raider (SOTTR) e o 3dmark Time Spy, ou seja, um benchmark sintético e três jogos com suporte as últimas tecnologias.

  • No Cyberpunk 2077, foi utilizada a última versão do jogo, rodando em 720p/1080p com o preset “Low” e quando ativado, FSR 2.1 no ”Balanced”. Para obtenção desses números, foi utilizada a ferramenta benchmark inclusa com o jogo e o CapframeX para gravar o log com os resultados.
  • Horizon: Zero Dawn em 720p/1080p com o preset de “Desempenho máximo” e FSR no ”Balanceado” e ”Performance”. Foi utilizada a ferramenta benchmark inclusa com o jogo e o CapframeX para gravar o log com os resultados.
  • Para o SOTTR, foi utilizada a ferramenta de benchmark inclusa, em 720p/1080p + preset “Low” + TAA e XeSS ”Performance” quando ativado.

Para os testes com overclock, o i9 12900K estava trabalhando a 2219 MHz no IGPU com tensão fixada em 1.35V, BCLK em 111 MHz, P-Cores @ 5 GHz, E-Cores @ 4 GHz, Uncore @ 4 GHz e memórias DDR5 @ 6660 MT/s CL32 com sub-timings ajustados manualmente.

Para os testes em stock, o MCE foi desativado, a memória estava a DDR5-4800 CL40 (Jedec) e a IGPU @ 1550 MHz, respeitando as especificações da CPU.

Sintéticos:

uhd770 3dm time spy

No 3DMark Time Spy, a UHD770 em stock apresentou GPU Score bastante similar ao de uma Vega 6 com DDR4-3200, que é o vídeo integrado usado em APUs como Ryzen 5 5350G e Ryzen 3 5300U, contudo, com overclock, houve um ganho de pouco mais do que 47%, o que é significativo.

720p:

Em uma GPU pequena como essa, tecnologias de upscaling como FSR e XeSS se mostraram uma mão da roda, tornando jogável algo que normalmente não seria, ainda que a custo da qualidade de imagem.

Traduzindo isso em números, o FSR trouxe um ganho de mais de 40% nas métricas, tornando até mesmo um jogo pesado como o Cyberpunk 2077 em algo razoavelmente jogável, claro, após o overclock. Isso também foi observado no SOTTR, cujo XeSS rendeu menos que o FSR, ficando na casa dos 25%, mas aindas sim, suficiente para torna-lo jogável.

1080p:

Como era de se esperar, em 1080p as coisas não ficaram muito boas para a UHD770, que mesmo com overclock e FSR/XeSS, sofreu nos três jogos. Interessante notar que o FSR no modo ”Performance” rendeu um teco a mais no desempenho, com ganhos entre 8 e 14% em relação ao ”Balanced” no Zero Dawn.

Conclusão:

A respeito da qualidade dos drivers e da funcionalidade, o esforço da Intel com suas GPUs dedicadas acabou fazendo muito bem aos seus vídeos integrados, afinal, por se tratar do mesmo pacote de drivers, as melhorias implementadas para as Intel Arc acabam valendo aqui, por exemplo, o novo Arc Control Center, as correções de bugs e otimização para os jogos, oferecendo uma experiência dramaticamente superior a da UHD750 do nosso teste de dois anos atrás, sem bugs, artefatos ou falhas gráficas, apenas com o Starfield apresentando uma mensagem de erro, o que talvez nem seja culpa da Intel.

Sobre o desempenho, como era de se esperar pelas suas especificações, ele é bastante modesto, mas suficiente para jogos de eSports e títulos mais antigos. Tecnologias de upscaling como FSR e XeSS tiveram grande impacto no desempenho, apresentando ganhos que vão dos 25 aos quase 50%, o que combinado ao overclocking, que por si só também trouxe 40% de desempenho a mais, deram um belo gás no UHD770, tornando alguns títulos AAA jogáveis, claro, com óbvios compromissos na qualidade gráfica.

E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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2 Responses

  1. Dan Jacques disse:

    Quem diria que teríamos uma Intel sendo capaz de rodar jogos razoavelmente. Como ela se posiciona em relação às Vega?

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