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Review – SSD Biwin Black Opal X570 Pro 2TB – O SSD Gen5 mais rápido e eficiente que já testamos!

Hoje, testaremos um SSD NVMe da Biwin, seu novo modelo Black Opal X570 Pro de 2TB, que a Biwin nos enviou para testarmos.

Ele vem no formato M.2 com barramento de 128Gbps, ou seja, 4 linhas PCIe 5.0, protocolo NVMe 2.0 e capacidades que vão dos 1TB até 4TB. Seu preço na unidade de 1TB se encontra na faixa dos €279.99, o que é um valor elevado em comparação aos SSDs Gen4 que temos no mercado, porém é abaixo de outros modelos com controlador Phison E26.

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Especificações do Biwin Black Opal X570 Pro

A seguir, informações mais detalhadas sobre o SSD que será testado (unidade de 2TB):

Spec Sheet PTBR 1

Softwares do SSD

A Biwin não oferece um software de gerenciamento deste SSD, então são necessárias ferramentas de terceiros para observar a saúde e comportamento deste SSD.

Unboxing

A Biwin disponibiliza este SSD em uma embalagem na cor preta bem elegante, onde em sua parte frontal temos apenas uma imagem ilustrativa do SSD com seu modelo. Enquanto na parte traseira, temos informações como seu product number, número de série e um espelho para vermos o SSD dentro da caixa.

Ao remover o SSD da caixa, ele vem em um suporte plástico para maior segurança no transporte. Também acompanha uma chave junto de um parafuso M2 para o SSD.

SSD Biwin Black Opal X570 2TB Pacote

O SSD tem um adesivo em sua parte superior, que ao menos em teoria, deve auxiliar na dissipação. Enquanto que em sua parte traseira, observamos que ele não possui nada além de um adesivo.

Já na imagem abaixo, observamos que no seu PCB frontal ele possui 4 componentes principais, seu controlador, sua NAND Flash, além de sua DRAM Cache, temos também múltiplos C.I.s responsável pelo VRM.

SSD Biwin Black Opal X570 2TB PCB

Controlador

O controlador do SSD é o responsável por fazer todo o gerenciamento de dados, over provisioning e garbage collection, dentre outras funções que ocorrem em segundo plano. E, é claro, isso faz com que o SSD tenha um bom desempenho.

SSD Biwin Black Opal X570 2TB Controller

Esse SSD usa um controlador high-end da Silicon Motion: o SM2508, modelo ISA ARM 32-bit de “5” núcleos, igual ao E26, mas desta vez, a SMI mudou o projeto deste controlador, pois neste projeto ele emprega o uso de 4 Cores Cortex-R8 como núcleos principais de trabalho, que operam em uma frequência de 1.25GHz, que pode ser considerada elevada para essa aplicação. Além deles, tem também outro núcleo, desta vez um Cortex-M0 que possui uma frequência bem mais baixa, pois seu foco é executar sinais da Sideband.

Estes sinais geralmente são sinais de metadados ou de controle do próprio SSD, como por exemplo, gerenciamento de energia como os APST, ASPM, além dos Power States do controlador, pode também ser utilizado para enviar relátorios de erros, dados do Smart e alguns serviços de telemetria, ele também pode fazer o gerenciamento térmico do SSD além de diversas outras funções como funcionalidades de segurança.

Este controlador da Silicon Motion foi desenvolvido através do processo de fabricação de 6nm da TSMC o que auxilia e muito na eficiência energética, consumo elétrico, e redução de dissipação de calor do controlador, como veremos no decorrer da análise

O SM2508 também possui suporte para até 8 canais de comunicação com barramento de até 3600 MT/s, o que é um valor bem elevado, deixando em aberto a possibilidade dele conseguir extrair o desempenho máximo de próximas gerações de NAND Flashs, além disso, cada um desses canais possui suporte até 4 comandos Chip Enable, o que possibilita este controlador se comunicar com até 32 Dies simultaneamente utilizando a técnica de Interleaving.

Ele possui um controlador de memória integrado, que permite trabalhar com módulos DDR4 e LPDDR4 com barramento de até 3200 MT/s.

DRAM Cache ou H.M.B.
Todo SSD topo de linha que visa oferecer um alto desempenho consistente necessita de um buffer para poder armazenar suas tabelas de mapeamento (Flash Translation Layer ou Look-up table). Com isso, ele consegue ter desempenho aleatório melhor e ser mais responsivo.

SSD Biwin Black Opal X570 2TB DRAM

Neste projeto, observamos que a fabricante optou em utilizar um módulo do tipo LPDDR4 que como o nome já diz, Low Power, tem como função auxiliar a reduzir o consumo elétrico desses dispositivos, tendo em vista que SSDs Gen5 tem costume de ter consumo mais elevado, portanto, qualquer redução no consumo já é bem-vindo.

O SSD tem este CI é marcado como “BWCC2X32N2A-16G-X“, da fabricante Biwin e trata-se de um módulo de 2GB LPDDR4.

NAND Flash
Com relação a suas NANDs, o SSD de 1TB possui 4 NAND Flash marcadas como “NY253”. Este part number representa a NAND “BWT2BN888-001T” da Micron, sendo neste caso dies 3D TLC B58R FortisFlash 1Tb 232-Layers (128GB) com 232-Layers de dados e um total de 255 gates, gerando uma array efficiency de 91.0%.

Nesse projeto, temos 2 NANDs, cada uma tem um total de 1TB e devido a cada Die ter uma densidade de 128GB (1Tb), podemos assumir que essas são 8DP NANDs (8 Dies por NAND) que ao total, temos 16 dies de 128GB totalizando seus 2TB que se comunicam com seu controlador à um barramento de 2400 MT/s.

Dos SSDs Gen5 que temos no mercado, temos 3 categorias de desempenho sequencial: Os que atingem 10GB/s, os de 12GB/s e os mais novos que ultrapassam os 14GB/s.

Isso ocorre devido, até o momento desta análise, boa parte dos SSD utilizarem velocidades de barramento diferentes com suas NAND Flashs

Se pegarmos os 8 canais deste controlador e multiplicarmos pelo barramento das NANDs de 2400 MT/s, chegariamos a um barramento máximo teórico de 19.200 MB/s ou 19.2GB/s, mas devido ao overhead, os SSDs ficam limitados abaixo dos 15.000 MB/s. Já SSDs rodando em 2000 MT/s gera-se velocidades próximas de 12.000 MB/s enquanto que os tradicionais 1600 MT/s gera-se os 10.000 MB/s.

O que cria esta diferença dos SSDs de 10GB/s para os de 12GB/s e para os de 14GB/s é o barramento que as NANDs trabalham junto ao controlador. No caso, a primeira leva de SSDs Gen5 alcançavam apenas 10GB/s.

No caso desse SSDs, ele consegue trabalhar tranquilamente com suas NANDs em seu barramento máximo de 2400 MT/s, extraindo seu total potencial, embora o controlador tenha possibilidade de suportar velocidade muito maiores do que estas.

PMIC (Power Delivery)

exemplo pmic

Assim como qualquer componente eletrônico que exerce algum trabalho, SSDs também possuem um nível de consumo de energia que pode variar desde poucos miliwatts até próximo de 10 watts, beirando o limite de alguns conectores ou slots. O circuito responsável por todo gerenciamento de energia é o PMIC, que significa “Power Management IC“, um chip responsável por prover alimentação para demais componentes. 

Nas imagens acima, os “f8 + GYB” são conversores DC-DC, da mesma maneira que nas seguintes imagens vemos os “JART + 4P5E” como conversores DC-DC também.

SSD Power States

Como sempre mencionamos em análises sobre consumo de energia, neste trecho veremos mais sobre os estados de alimentação deste SSD.

Como todo NVMe padrão, temos 5 power states principais, 3 power states ativos em diferentes cargas de trabalho e 2 em Idle, o que não vimos ele atingir mesmo com o SSD parado. Neste design, vemos que a Biwin configura este SSD com estados de thermal throttling e gerenciamento de temperatura na faixa dos 83ºC àos 85ºC o que é faixa de operação adequada para estes controladores, um ponto que achei negativo, é suas altas latências de transição de alguns estados como do PS2 para o PS1 que são 100ms, um tempo bem elevado.

CURIOSIDADES SOBRE O SSD BIWIN BLACK OPAL X570 PRO

Da mesma forma que circuitos integrados de memória RAM em um pente de memória sofrem variação, o mesmo ocorre com SSDs, nos quais há casos de mudanças de componentes como controlador e NAND flashs.

Até o momento desta análise, não foi possível encontrar este produto com variação de hardware, o que é uma boa notícia.

BANCADA DE TESTES
– Sistema Operacional: Windows 11 Pro 64-bit (Build: 23H2)
– Processador: Intel Core i7 13700K (5.7GHz all core) (E-cores e Hyper-threading desabilitados)
– Memória RAM: 2 × 16 GB DDR4-3200MHz CL-16 Netac (c/ XMP)
– Placa-mãe: MSI Z790-P PRO WIFI D4 (Bios Ver.: 7E06v18)
– Placa de Vídeo: RTX 4070 Ti Super Colorful (Drivers: 555.xx)
– Armazenamento (OS): SSD Solidigm P44 Pro 2TB (Firmware: 001C)
– SSD testado: SSD Biwin Black Opal X570 Pro 2TB (Firmware: FWX1221A)
– Versão drive Chipset Intel Z790: 10.1.19376.8374.
– Windows: Indexação desabilitada para não afetar resultados dos testes.
– Windows: Atualizações do Windows updates desabilitados para não afetar resultados dos testes.
– Windows: A maioria dos aplicativos do Windows desabilitados de rodar em segundo plano.
– Teste Boot Windows: Imagem limpa com apenas drivers e todos os updates.
– Teste de pSLC Cache: O SSD é arrefecido por fans para não gerar thermal throtling, interferindo no resultado.
– Windows: Anti-Vírus desabilitado para diminuir variação de cada Rodada.
– SSDs Testados: Utilizado como disco secundário, com 0% de espaço sendo utilizado e outros testes com 50% de espaço utilizado para representar um cenário realista.
– Quarch PPM QTL1999 – Teste de consumo elétrico: realizo com 3 parâmetros, em idle aonde o disco é deixado como secundário e após um tempo em idle é realizado a gravação por 1 hora e tirado a média.

ONDE COMPRAR

Embora o SSD já tenha sido lançado oficialmente, não encontramos ele à venda em lugar algum, pelo menos até o tempo da análise deste produto, no futuro podemos atualizar o artigo com o link.

CRYSTALDISKMARK
Realizamos testes sintéticos sequenciais e aleatórios com as seguintes configurações:

Sequencial: 2x 1 GiB (Blocos 1 MiB) 8 Queues 1 Thread

Aleatórios: 2x 1 GiB (Blocos 4 KiB) 1 Queue 1/2/4/8/16 Threads

Até o momento da nossa análise, este foi o nosso primeiro SSD Gen5 que conseguiu saturar o barramento PCIe 5.0 x4, sendo o único ultrapassou os 14GB/s em leitura e os 13GB/s em sua escrita.

Observamos que ambas as latências dos SSDs Gen5 ficam parecidas, isso ocorreu pois embora utilizem controladores diferentes, os SSDs que testamos usavam as mesmas NAND Flashs, as B58R da Micron.

Em suas velociades aleatórias em QD4, ele teve um desempenho incrível em tanto sua leitura quanto escrita, ficando na frente de todos os SSDs que já testamos até agora.

Em QD1, observamos este mesmo comportamento do que em QD4, ele tem um empate com o T700 em sua leitura e fica apenas levemente abaixo em sua escrita.

ATTO Disk Benchmark QD1 e QD4

Realizamos um teste utilizando o ATTO para observar a velocidade dos SSDs em determinados tamanhos de blocos diferentes. Neste benchmark, foi configurado da seguinte forma:

Blocos: de 512 Bytes até 8 MiB

Tamanho do arquivo: 256MB

Queue Depth: 1 e 4.

O ATTO Disk Benchmark é um software que faz um teste de velocidade sequencial com arquivos comprimidos, ou seja, para uma simulação em uma carga de transferência de dados como no Windows, geralmente temos algo em torno dos blocos de 128KB à 1 MiB, quando comparamos os SSDs Gen5, observamos que em sua leitura ele fica bem a frente dos competidores em blocos maiores, enquanto que na sua escrita, ele dispara em todos os tamanhos de blocos.

Através de melhorias pelo firmware, a SMI conseguiu fazer com que o SSD não tenha o mesmo problema que encontramos com os controladores Phison neste benchmark em específico, que devido as superpages das NANDs, estavam causando uma queda de desempenho no final do teste de leitura e aqui não foi possível observar este comportamento.

3DMark – Storage Benchmark

Neste benchmark, são realizados diversos testes voltados a armazenamento, incluindo testes de carregamento de games como Call of Duty Black Ops 4, Overwatch, gravação e streaming com o O.B.S. de uma gameplay à 1080p 60 FPS, instalação de alguns jogos e transferências de arquivos de pastas de games.

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Neste benchmark, que possui inúmeras traces realísticas tanto de trabalho como de uso cotidiano, os modelos Gen5 obtiveram os melhores resultados do comparativo, e aqui observamos um empate técnico entre os T700 e o nosso X570 Pro, isso ocorre pois a Phison otimiza bem seus SSDs para benchmarks como este e por esse motivo, vemos uma pontuação tão elevada quanto essa.

PCMARK 10 – FULL SYSTEM DRIVE BENCHMARK

Aqui foi utilizada a ferramenta Storage Test e o “Full System Drive Benchmark”, que faz testes leves e pesados no SSD.

pcmark10 fb og

Dentre estes traces podemos observar testes como:
– Boot Windows 10
– Adobe After Effects: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Illustrator: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Premiere Pro: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Lightroom: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Adobe Photoshop: Iniciar a aplicação até estar pronto para uso
– Battlefield V: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Call of Duty Black Ops 4: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Overwatch: Tempo de carregamento até o menu iniciar
– Usando Adobe After Effects
– Usando Microsoft Excel
– Usado Adobe Illustrator
– Usando Adobe InDesign
– Usando Microsoft PowerPoint
– Usando Adobe Photoshop (Uso intenso)
– Usando Adobe Photoshop (Uso mais leve)
– Copiando 4 arquivos ISOs, 20GB ao total de um disco secundário (Teste de Escrita)
– Realizando a cópia do arquivo ISO (Teste de leitura-escrita)
– Copiando o arquivo ISO para um disco secundário (Leitura)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para o disco sendo testado (Escrita)
– Criando cópias destes arquivos JPEG (Leitura-Escrita)
– Copiando 339 arquivos JPEG (Fotos) para outro disco (Leitura)

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Já neste benchmark, que também possui algumas traces realísticas, mas com foco maior em produtividade, o mesmo comportamento é notado, porém, desta vez, o Biwin leva a vantagem, embora que seja uma diferença bem pequena.

TESTE DE PROJETO – Adobe Premiere Pro 2021
A seguir, utilizamos o Adobe Premiere para medir o tempo médio de abertura de um projeto de cerca de 16.5GB com resolução 4K, 120Mbps de bitrate, cheio de efeitos até que estivesse pronto para edição. Ressaltando apenas que o SSD testado é sempre como drive secundário sem o sistema operacional instalado, pois isso poderia afetar o resultado, gerando inconsistências.

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Ao utilizarmos o Premiere para carregarmos um projeto de mais de 16GB, observamos um desempenho satisfatório do SSD ao realizar o carregamento do projeto, aqui chegamos ao ponto de “diminishing return” ou seja, chega um ponto que não adianta termos SSDs mais rápidos pois não será possível notar uma diferença

TESTE DE TEMPO DE CARREGAMENTO DE GAMES E WINDOWS
Aqui temos uma comparação entre múltiplos SSDs e um HD, utilizando uma instalação limpa do Windows 10 Build 21H1 junto do benchmark do Final Fantasy XIV abrindo o modo campanha. O teste consiste no melhor resultado após três boots seguidos do sistema, considerando o tempo total até finalizar na área de trabalho com o score informado pelo aplicativo, por isso, é mais lento do que o boot até mostrar a tela da área de trabalho. 

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Neste benchmark com foco em carregamento de games, todos os NVMe tem uma diferença muito pequena entre si e ambos os Gen5 não foram diferentes, o Biwin apresenta um ótimo resultado, com um empate técnico com o SN850X que testamos no ano passado.

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Neste programa, é constatado o tempo de boot até o carregamento dos últimos drivers do OS, o que neste caso, é feito uma instalação limpa com apenas drivers de sistema operacional, como de Rede, Wireless + Bluetooth, Áudio, Drivers Nvidia, PCH dentre outros, aqui é o mesmo caso do Final Fantasy, chegamos a um ponto que a diferença será cada vez menor e menor, embora o Biwin tenha tido o menor tempo até agora.

TESTE DE VELOCIDADE SUSTENTADA | SLC CACHING

Boa parte de SSDs no mercado atualmente utiliza como base a tecnologia de SLC Caching, em que certo percentual de sua capacidade de armazenamento, seja ele MLC (2 bits p/ célula), TLC (3 bits p/ célula) ou QLC (4 bits p/ célula), é usado para armazenar apenas 1 bit por célula. No caso, é usada como um buffer de escrita e leitura, em que o controlador inicia a gravação e quando o Buffer se esgota ele escreve nas NAND Flash nativas (MLC / TLC / QLC).

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Através do IOmeter, podemos ter uma ideia do volume de SLC cache deste SSD, já que o fabricante muita vezes não informa este valor. Pelos testes que realizamos, foi possível constatar que ele possui um volume de pSLC Cache dinâmico, de cerca de 407GB, onde ele conseguiu manter velocidade média de ~ 12707MB/s até o fim do buffer.

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Logo após ele terminar de gravar na região do pSLC Cache, ele se mantem gravando na região nativa TLC por aproximadamente 1TB à uma média acima de 3.947 MB/s, até este momento desta análise, foi a maior velocidade nativa TLC que já observamos em um SSD.

E então logo após ele terminar de escrever em sua região nativa, o SSD entra no estado de Folding / Copyback, onde ele reprograma os blocos de pSLC de volta para TLC aonde ele permanece escrevendo a uma média de 1899 MB/s até encher sua unidade por completo, estas velocidades são incríveis para um SSD de 2TB.

Sua velocidade média geral contanto a região Nativa e a de Folding é de cerca de 2897 MB/s e como vemos no gráfico abaixo, é extremamente alto, ultrapassando até mesmo o Crucial T700 que testamos.

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Realizamos também um teste para ver quanto tempo o SSD levaria para recuperar parte de seu Buffer e no decorrer da nossa bateria de testes, que dura de 30 segundos até 2 horas em idle, utilizando o TRIM e gargabe collection vs TRIM/GC não utilizados. Ao testarmos sem usar o TRIM/GC, podemos observar que em menos de um minuto ele já recupera mais de 60GB, conseguindo recuperar cerca de até 81GB em 2 horas. Isso embora seja em um cenário totalmente irrealístico, é um resultado incrível para este SSD.

Mas ao testarmos com TRIM/GC ativados, ele já consegue recuperar seu volume completo em poucos segundos.

TESTE DE CÓPIA DE ARQUIVOS

Neste teste, foi feita a cópia dos arquivos ISOs e do CSGO de uma RAM Disk para o SSD para ver como ele se sai. Foram utilizadas a ISO do Windows 10 21H1 de 6.25GB (1 arquivo) juntos da Pasta de instalação do CSGO de 25.2GB. 

Durante nossas baterias de testes de cópias de arquivos, observamos que arquivos muito pequenas, a diferença dos SSD é tão pequena que não conseguimos nem distinguí-los, apenas conforme aumentamos o tamanho de nossos arquivos que começamos a notar uma leve diferença maior dentre os SSDs, mas ainda sim bem pequena, nada que irá impactar na vida dos usuários. Embora o Biwin tenha apresentado um desempenho bem interessante aqui, especialmente em arquivos maiores.

TESTE DE TEMPERATURA

Neste trecho da análise, observaremos a temperatura do SSD durante um teste de stress, onde o SSD recebe arquivos de forma contínua, para podermos saber se houve algum thermal throtling com seus componentes internos que pudessem gerar algum gargalo ou perda de performance.

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Neste projeto, o SSD está programado para sofrer thermal throttling entre 83ºC à 85ºC e isto realmente acontece, pois o controlador precisa se proteger devido seu alto consumo que veremos logo mais.

O SSD acaba tendo uma queda de performance na sua região nativa TLC de quando está gravando à 4GB/s, onde ele cai para cerca de 1300 ~ 1700 MB/s por alguns segundos até ele retornar aos 4GB/s.

Embora em seus sensores que ficam dentro do encapsulamento do controlador tenham apresentado uma temperatura bem elevada de 92ºC, através de nossa câmera térmica, a temperatura máxima registrada foi de 70ºC devido o “dissipador” que o SSD acompanha. Ele não serve exatamente para remover completamente o calor do SSD mas ajuda mesmo que pouco, portanto, ainda e recomendado que usem um dissipador parrudo neste SSD.

Algo legal é que embora o SSD sofra thermal throttling, ele não sofre de maneira tão severa quanto os Phison E26, que literalmente fazem os SSDs cairem de 4 GB/s (nativa TLC) para menos de 100 MB/s, o que é uma velocidade comum de encontrarmos em SSDs QLC de baixa densidade.

CONSUMO ELÉTRICO E EFICIÊNCIA

SSDs da mesma forma que diversos outros componentes do nosso sistema tem um determinado consumo elétrico. Os mais eficientes conseguem realizar tarefas que foram requisitadas de forma rápida e com um consumo relativamente baixo, para que assim consiga transitar novamente para seus power states em idle aonde tende a ter um consumo menor.

quarch programmable power module
Agradecimento especial a Quarch Solutions por terem enviado esta unidade para testes

Neste trecho da análise utilizaremos o Quarch Programmable Power Module que a Quarch Solutions nos enviou (foto acima) para realizar estes testes e verificar o quão eficiente o SSD é. Nesta metodologia serão realizados 3 testes: O consumo máximo que o SSD possui, uma média em cenários práticos e casuais e em idle.

Este conjunto de teste, especialmente o de eficiência e em idle são importantes principalmente para usuários que pretendem utilizar drives em laptops, pois SSDs ficam a esmagadora maioria do tempo em power states de baixo consumo (Idle), portanto, isso ajuda e muito a economizar bateria.

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Aqui observamos algo impressionante, sua eficência energética é quase o triplo de vezes maior que os SSDs que testamos dos demais SSDs Gen5 que usavam controlador da Phison, mas devemos considerar que os SSDs com Phison que testamos eram de 1TB, portanto, os de 2TB devem ser mais eficientes, mas ainda sim, este controlador da Silicon Motion chegou com tudo no mercado, provando ser um excelente concorrente e mostrando que é sim possível criar um SSD Gen5 eficiente.

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Aqui é aonde este SSD brilha, pois sabemos que SSD Gen5 de 2TB desses de 14GB/s com controlador Phison podem chegar até a ultrapassar os 12W. Neste projeto o máximo observado foi de 8.37W o que é bem menor, o próprio KC3000 teve um consumo maior que este modelo, isso que ele é um SSD Gen4!

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Durante nosso benchmark, o X570 Pro obteve um consumo médio na faixa dos 3.93W o que contribuiu para o nível de eficência dele, pois sua largura de banda foi muito boa também.

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Por último e mais importante, teste em Idle, sendo o cenário em que a esmagadora maioria dos SSDs se encontram no uso do dia a dia ou cotidiano, embora seu consumo elétrico em idle ainda seja elevado, ele foi duas vezes menor que os controladores da Phison.

Conclusão

Será que vale a pena o investimento extra nesse modelo?

Novamente nos perguntamos se realmente vale este investimento, pois o maior ponto negativo desses SSDs Gen5 é seu preço. E aqui não é diferente, ele realmente ainda é caro.

Ele trouxe inúmeras vantagens em comparação aos demais SSDs Gen5 que temos no mercado atualmente, como sua alta eficiência energética em comparação com seu concorrente da Phison e seu desempenho espetacular. Mas ainda sim, ele também se trata de um SSD quente, portanto o uso de dissipadores é essencial.

Portanto, o SSD vale a pena para aqueles que tem um orçamento livre para gastar mais e querem o melhor existente no mercado, mas se ainda querem um custo benefício, e melhor olhar noutro lugar.

VANTAGENS

  • Maiores velocidade sequenciais que já testamos
  • Excelentes velocidades aleatórias
  • Desempenho prático e em cenários profissionais muito bom
  • Não possui variação de Hardware
  • Excelente qualidade de construção, ótimo controlador e ótimas NANDs
  • SLC Cache de ótimo tamanho
  • SLC Cache se recupera instantâneamente
  • Excelente velocidade sustentada de escrita
  • Durabilidade (TBW) na média dos demais SSDs
  • 5 Anos de Garantia
  • Bom nível de consumo elétrico em Idle e em carga para SSDs Gen5
  • Alta eficência para um SSD Gen5

DESVANTAGENS

  • Sofre thremal throttling, porém, não de forma tão severa como ocorre com os Phison.
  • Não possui Criptografia
  • Preço elevado

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