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RX Vega 64 Strix Crossfire – Resultados

Fala galera, tudo em ordem?

Alguns dias atrás, postei uma foto no facebook da página com um “teaser” de uma RX Vega 64 Strix com um WC AIO adaptado, o que naturalmente significa que em breve devo trazer um review da placa em questão e mais algum conteúdo, entretanto, aquele foi apenas um aperitivo, pois na realidade, não estou com apenas uma placa dessas e sim com duas! 😀

Resumidamente, a RX Vega 64 é a VGA top de linha da AMD, utiliza o GPU Vega 10 que é fabricado no processo 14nm LPP na GloFo e possui 4096 SPs, 64 ROPs e 256 TMUs com um die de 486mm², além disso, possui TDP de 295W e em relação a concorrência, entrega na média desempenho similar a de uma GTX1080. Outro ponto interessante é que esse GPU usa memórias HBM2 em um interposer sendo que em sua variante “gamer” é equipada com 2 stacks 4-Hi perfazendo um total de 8GB de VRAM.

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As placas que tenho em mãos são modelos custom fabricados pela ASUS, pertencem a linha Strix e olhando rapidamente, parecem (mas só parecem tá?) idênticas. Essas VGAs apresentam uma aparência bastante robusta com esse cooler massivo, três fans e uso de dois conectores de força de 8 pinos.

Nesse artigo pretendo mostrar o que essas placas podem fazer nos benchmarks competitivos mas cabe aqui uma ressalva com relação ao “uso real” dessas soluções mGPU (CF e SLI), que vem caindo no ostracismo devido ao número cada vez menor de títulos com suporte a essas tecnologias, custo de aquisição muito elevado e o fato desse tipo de configuração só se justificar para uso em resoluções bem altas (4K) e visando framerate acima dos 60fps.

Apenas para constar, o suporte ao Crossfire dessas placas (Vega 64/54) está restrito a apenas dois GPUs, o que significa que 3-way/4-way Crossfire acabou nas RX480/470/580/570.

Agradecimentos especiais ao Renan e ao outro amigo que cederam essas placas utilizadas nesse artigo. 🙂

Configuração utilizada:

CPU: AMD Ryzen 5 2600X (obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VII Hero

RAM: 2x8GB G.Skill Flare X 3200 CL14

GPU: 2x ASUS Radeon RX Vega 64 Strix

PSU: Antec Quattro 1200W

COOLER: WC Custom / SF3D Inflection Point

SSD: Crucial BX300 120GB

Resultados:

A princípio, rodei os benchmarks com o CPU na água, as duas VGAs usando o cooler padrão e como esse ultimo libera a maior parte do ar quente preso nas aletas pelas laterais, tratei de colocar um robusto fan da Scythe com mais de 100CFM para ajudar na refrigeração das placas.

Da parte do CPU, é evidente que o Ryzen 5 2600X representa alguma limitação nesses benchmarks modernos com múltiplos GPUs robustos como esse, entretanto, isso não ocorre por conta do IPC e sim pela menor core count em relação aos CPUs que costumam utilizar para esse tipo de brincadeira, o que limita um pouco as pontuações dos testes de CPU, que são altamente multithread. Levando isso em conta, digo que os resultados obtidos são extremamente satisfatórios para um six core que pode ser adquirido por cerca de R$1000 e cujo publico alvo não deve utiliza-lo para esse fim. 🙂

Para o GPUPI foi possível atingir 1810MHz e 1830MHz nos GPUs com 1.2V, que é o máximo possível de se aplicar sem recorrer a vmods, enquanto que nos benchmarks 3D os clocks ficaram na casa dos 1670~1660MHz, que na pratica significa algo oscilando entre 1570~1540MHz, com apenas 1.05V. Em relação as HBM2, uma das placas atingiu 1150MHz com 1V e a outra 1175MHz com a mesma tensão.

Com relação ao CPU, foi possível completar todos esses benchmarks com o mesmo rodando @ 4425MHz com cerca de 1.45V e memórias nunca abaixo dos 3533MHz. Caso alguém tenha curiosidade de conhecer melhor essa minha amostra de R5 2600X, sugiro a leitura desse artigo.

Apenas abrindo um parênteses, alguns podem estranhar essa diferença considerável nos clocks/tensões máximas para o GPU em cada situação mas isso ocorre devido a natureza do workload utilizado, por exemplo, o GPUPI é uma aplicação 100% compute usando OpenCL, o que significa que nesse caso a parte do GPU que deve estar sobre maior estresse são as unidades de execução propriamente ditas (NCUs) enquanto as demais partes responsáveis pela rasterização, texturização e geometria ficam ociosas, deixando margem térmica e de corrente disponível para buscar clocks/tensões mais agressivos.

Enfim, com o CPU rodando na água foi possível pegar ouro no GPUPI 1B, no Fire Strike Ultra e um terceiro lugar no Fire Strike Extreme na categoria 2x RX Vega 64 no HWBOT, o que definitivamente não é nada mal! Todos esses resultados foram obtidos com Tessellation e Frame Pacing desativados no driver, sendo esses tweaks permitidos pelas regras do HWBOT. 😉

Agora com o CPU rodando no gelo seco foi possível completar a maior parte dos benchmarks com frequências na casa dos 4700MHz e RAM @ 3600MHz, o que é algo menor do que aquilo que consegui no artigo do referido CPU usando uma RX480 e a mesma refrigeração sendo que isso pode ser creditado a um maior estresse na controladora PCI-E por conta dos múltiplos GPUs, montagem do pot / pasta térmica ruins ou até mesmo alguma degradação do R5 2600X.

De todo modo, esse ganho de cerca de 300MHz no CPU trouxe ganhos de cerca de 1000 pontos no 3dmark11 Performance e no Fire Strike em relação ao resultado obtido na água, majoritariamente por conta dos ganhos obtidos nos Physics Test e Combined Test, o que corrobora com aquilo que disse anteriormente de que a maior limitação nesse uso é o core count e não IPC.

Concluindo, foi possível usar com sucesso o Ryzen 5 2600X para benchmark competitivo com duas VGAs parrudas como essas, não que eu recomende tal configuração para uso diário mas como um experimento visando tirar uns pontos para a equipe no HWBOT, digo que foi bem sucedido com alguns bons resultados inclusos. 😀

Por ora é isso que tenho para lhes mostrar, até a próxima! 🙂

 

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1 Response

  1. ORION-com disse:

    parabéns pelo oc e pela analise, otima materia. vlw amd por ceder o hardware

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