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ASRock RX 5700 XT Challenger – Overclock extremo e resultados

Fala pessoal, beleza?

Como é de tradição por essas bandas, sempre que possível, ao publicar a análise de uma VGA também aproveito para fazer testes de overclock extremo na mesma pela ciência e claro, assim foi feito com a GTX 1080Ti LightningRX Vega 64 Strix, RTX 2080FE e RX590 Fatboy. Nem sempre essas sessões são livres de problemas, afinal de contas, essa brincadeira passa muito longe de ser uma atividade simples e por vezes também é preciso ser criativo na forma de como preparar a placa para a sessão, geralmente por conta de incompatibilidade da VGA com o TEK-9 FAT ou algum outro problema.

Então, nesse post irei lhes descrever como foi a experiência de congelar a ASRock RX 5700 XT Challenger, cujo review postei recentemente aqui na página. Começando do isolamento da placa, optei por usar borracha limpa-tipo devido a facilidade de remoção e limpeza após o uso, porém, também existem outras boas alternativas como spray plastidip e fita isolante liquida caso a ideia seja algo mais permanente, mesmo considerando que ambas alternativas também podem ser removidas sem maiores dores de cabeça! 😉

A principio, a ideia era usar o TEK-9 FAT, entretanto, já nessa fase de preparação da placa pude perceber que aqueles dois capacitores localizados na parte superior do pcb, próximo aos dois chips de memória poderiam ser um problema para a montagem do pot, dito e feito, para resolver isso existiam três alternativas:

  1. Remover esses capacitores e soldar os mesmos na parte de trás da placa, o que inviabilizaria o uso do backplate depois e também deixaria marcas no pcb oriundas do retrabalho na placa.
  2. Procurar um modelo de 5700XT com layout diferente e que para minha surpresa, encontrei apenas quatro modelos com pcb “XOC Friendly”: ASUS Strix, Sapphire Nitro+, MSI Gaming e ironicamente, a placa de referência.
  3. Usar o pot de CPU com a placa montada na horizontal, igual fiz com a RX Vega 64 Strix e com a RTX 2080FE.

Dessas alternativas, acabei optando pela terceira, ainda que ela tenha se mostrando um tanto quanto problemática das duas outras vezes que a usei, entretanto, a minha maior suspeita é que os problemas ocorriam por conta da temperatura muito baixa e da condensação no riser PCI-E, então, dessa vez tratei de tomar uma atenção especial para esses dois pontos, reforçando o isolamento do riser de forma a não deixar nenhum contato exposto, usando borracha em volta do slot e me certificando que o mesmo estivesse realmente firme na placa, sendo o “produto final” esse que pode ser visto na galeria abaixo:

E para dar conta do problema da temperatura, simplesmente deixei o secador de cabelo por perto e de vez em quando, usava o mesmo visando manter a temperatura do conector acima de 0ºC e livre de condensação. 🙂

Outro ponto que também resolvi melhorar foi no uso de um sistema de fixação para o pot, pois até então, estava usando apenas a gravidade para esse fim, então, tratei de “reciclar” o avançado sistema que havia desenvolvido para uso na A7N8X-X e o mesmo novamente acabou servindo bem ao propósito.

Será que dessa vez essa ratoeira adaptação vai funcionar a contento? É o que veremos, mas antes, segue a configuração utilizada:

Configuração utilizada:

CPU: AMD Ryzen 5 3600 (Obrigado AMD!)

MOBO: ASUS ROG Crosshair VII HERO

RAM: 2x8GB Patriot Viper Steel 4400CL19 (Obrigado Patriot!)

VGA: ASRock RX5700 XT Challenger (Obrigado Terabyteshop!)

STORAGE: SSD Crucial BX300 120GB

SO/Driver: Windows 10  x64 1903 e Radeon Software Adrenalin Edition 19.9.2

REFRIGERAÇÃO GPU: SF3D Inflection Point + 1.5Kg de gelo seco.

Objetivo dos testes: Testar se finalmente consegui sanar os problemas de se usar o pot de CPU para congelar o GPU e caso afirmativo, verificar até onde consigo chegar com a ASRock RX5700 XT Challenger utilizando refrigeração extrema, tal como o seu comportamento quando submetida a esse tipo de maus tratos esforço.

Resultados:

Bom, antes de tudo devo dizer que essa sessão foi a primeira onde não tive problemas de instabilidade por conta do GPU e que o desempenho do mesmo escalou como deveria, portanto, ainda que o CPU/RAM tenham tido seus momentos de instabilidade, não por culpa do GPU, @ 4400MHz com RAM @ 3800 1:1, isso as vezes também acontecia enquanto rodando o sistema todo na água e se resolveu baixando esses clocks, como pode ser visto no screenshot do FSE. Sendo assim, posso concluir que os problemas que tive quanto testei a RX Vega 64 e a RTX 2080 realmente foram ocasionados por conta da baixa temperatura e condensação no riser PCIe.

Acerca da VGA, foi possível completar o FSE com o GPU @ 2437/975 com 1.35V (é o limite máximo no Wattman, mesmo usando o SPPT), o que me pareceu bastante satisfatório se comparado a única referência disponível sobre overclock extremo em 5700XT, que foram os testes do Gamers Nexus, onde o Steve conseguiu cerca de 2450MHz no GPU também com 1.35V, só que @ -100ºC.

Sobre os resultados, apesar do Ryzen 5 3600 ser bastante esforçado, acabei limitado tanto pela frequência quanto pelo core count do mesmo, entretanto, ainda sim foi possível obter 14973 pontos no FSE e 26480 no FS, o que de toda forma, continuam a ser os primeiros lugares da categoria no HWBOT e provavelmente se não fosse os já mencionados problemas de estabilidade que tive com o CPU @ 4400 e RAM/IF @ 3900, teria conseguido quebrar os 15000 no FSE, de todo modo, fica para um próximo corajoso tentar quebrar essa barreira! 🙂

O gráfico abaixo se refere a uma run do Firestrike @ 2437/975 que gravei o log com o GPU-Z visando verificar o clock real do GPU nessa situação e como podemos ver, a frequência real ficou entre 2360 e 2380MHz, nada mal!

E por fim, segue a tradicional galeria de fotos da placa congelada! 😀

Conclusão:

A ASRock RX5700 XT Challenger se saiu muito bem na sessão de overclock extremo, sobrevivendo bravamente aos benchmarks nessas condições. No que diz respeito ao GPU Navi 10, o mesmo mostrou bom funcionamento com temperaturas de até -60ºC e escalou bem a frequência, batendo a marca dos 2400MHz,com potencial de ir além com temperaturas ainda menores ou tensão de operação acima dos 1.35V.

Outro ponto a se destacar é que após duas sessões não muito bem sucedidas, posso dizer que finalmente consegui sanar os problemas de estabilidade/desempenho que estava tendo ao usar o riser PCIe combinado ao pot de CPU na VGA, abrindo possibilidade para me usar desse método mais vezes no futuro e viabilizando testes de overclock extremo em VGAs incompatíveis com o Tek-9 FAT. 🙂

Então por hoje é só pessoal! Dúvidas, comentários, criticas e sugestões são bem-vindos!

Até a próxima.

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