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Review – 2x16GB Asgard Freyr T3 DDR5-5200 CL40 – Micron A-Die

Fala pessoal, tudo bom?

Nesse review irei analisar mais um kit de memória da Asgard, pertencente a série “Freyr T3”, a qual para as DDR5, oferece modelos de 4800 e 5200MHz, em módulos de 8 ou 16 GB, que podem ser adquiridos separadamente ou em kits de 16 GB ou 32 GB. O produto dessa análise é um kit de 32 GB com dois módulos de 16 GB, frequência de 5200MHz, timings 40-40-40-77 e tensão de operação de 1.25V.

Os pentes de memória vem em uma caixa retangular com uma foto do produto e ilustração do deus nórdico Freyr, que empresta o nome ao produto, onde na parte de trás, figuram explicações a respeito de Freyr e informações sobre as memórias, com etiquetas constando a capacidade e frequência.

Além da embalagem externa, as memórias vêm protegidas por uma segunda caixa, a qual passa uma impressão de requinte, onde acompanham o produto um par de luvas anti-estáticas, além das memórias com protetores nos contatos, com esses últimos removidos na foto abaixo.

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Em relação ao dissipador, para essa série, a Asgard optou por um dissipador prateado de alumínio simples sem qualquer tipo de iluminação, o que resultou em um visual bastante sóbrio.

Ao remover o dissipador, o que felizmente acabou sendo uma tarefa bastante fácil, é possível ver que ele não faz contato com um dos chips por conta da ilustração da runa no dissipador ser em relevo, o que definitivamente não é o ideal, especialmente em situação de overclock. Outro ponto é que não existe thermal pad para fazer troca de calor com o PMIC.

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A respeito dos chips, a Asgard optou por remarcá-los, porém, logo identificamos que se tratam dos Micron A-Die, que não são exatamente os melhores chips para quem pretende fazer overclock, atingindo, com muita sorte, 5600 MT/s. Apenas como referência, esses chips são fabricados usando um processo D1z e possuem die size de 66.26 mm².

Outro ponto a se observar é que o kit 2x8GB da Asgard que testamos anteriormente era equipado com chips Samsung B-Die, que são dramaticamente superiores aos Micron no que diz respeito a capacidade de overclock e timings, aliás, as especificações XMP também diferem, 40-40-40-77 nesse kit de 2x16GB e 36-36-36-77 no 2x8GB, não existindo garantia alguma em relação aos chips utilizados, já existindo relatos recentes de gente que comprou o modelo 2x8GB e recebeu CL40 ao invés de 36.

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Como já explicamos em outras oportunidades, com as DDR5, o conversor DC-DC responsável por alimentar as memórias foi deslocado do PCB da placa-mãe para o próprio módulo de memória, onde o intuito é ganhar na eficiência e minimizar perdas, colocando o conversor o mais perto possível da carga.

Esse conversor é chamado PMIC e corresponde a um circuito integrado que faz todo esse “trabalho sujo”, onde no caso desse kit da Asgard, foi adotado uma unidade da Richtek, a qual não é compatível com o “High Voltage Mode”, ou seja, essas memórias estão limitadas a uma tensão de VDD/VDDQ máxima de 1.43V.

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Caso tenha interesse, segue o link para o anuncio dessas memórias na loja oficial da Asgard, no AliExpress.

Configurações utilizadas:

CPU: AMD Ryzen 7 7700X (Obrigado AMD!) / Core i5 12600K

MOBO: GIGABYTE B650M Aorus Elite AX (UEFI F3c) / ROG Maximus Z690 Apex

RAM: 2x8GB Asgard Freyr T3 5200 CL40 1.25V

GPU: GIGABYTE RX 5500 XT 8 GB (Obrigado Terabyteshop!)

PSU: Silverstone SST-ET750-G

COOLER: 1STPlayer TS-360

SSD: Netac N530S 240GB

Software: Windows 10 x64, TM5 0.12 anta777, AIDA64 6.85.6300, Geekbench 3.4.4, y-cruncher 1b.

Objetivo e metodologia dos testes:

Descobrir qual o limite para uso diário das Asgard Freyr T3 usando o Ryzen 7 7700X.  Para facilitar a compreensão dos resultados, eles foram separados em dois grupos:

1) XMP: Trata-se do máximo possível de se obter apenas carregando o perfil XMP e subindo clock/tensão, parando nos DDR5-6400 que é o limite estável para o exemplar de Ryzen 7 7700X utilizado, claro, isso se a memória que estiver sendo testada conseguir chegar lá.

A vantagem dessa abordagem é que ela é extremamente simples e não demanda nenhum ajuste do usuário no que diz respeito aos timings, entretanto, você paga o preço da simplicidade com menor desempenho, pois os ajustes são feitos automaticamente pela placa-mãe e podem ser bastante relaxados.

2) 24/7 com ajuste fino: E aqui, foram feitos ajustes manuais em todos os timings possíveis visando obter o melhor resultado possível com viabilidade para uso diário, novamente, limitado aos 6400 MHz por limitação da CPU

Nos casos 1 e 2, foram utilizados o TM5 0.12 1usmus para verificar estabilidade, o AIDA64 para ter noção dos números de banda/latência, Geekbench 3.4.4 e y-cruncher 1b para ter uma melhor ideia do desempenho. Para esses testes, a CPU foi travada em 5.35GHz com 1.25V e o FCLK em 2166MHz, sendo esse o máximo estável para esse exemplar.

Nos Ryzen 7000 “Raphael”, não existe mais aquela observação para se manter o FCLK trabalhando na mesma proporção do clock da memória, ou seja, antes de partir para o ajuste dessas ultimas, é interessante testar o limite do FCLK, cujo limite ficará entre 2000 e 2200 MHz.

Apenas para complementar, também testamos essas memórias na plataforma Intel, já que como foi dito anteriormente, os chips Micron A-Die tem limite de no máximo 5600 MT/s, portanto, está dentro do que a Maximus Z690 Apex consegue entregar com estabilidade. Lembrando que essa placa é daquelas fabricadas no final de 2021, do lote que apresenta problemas com frequências mais elevadas nas memórias.

Timings – AMD

  • XMP:

Com essa abordagem, foi possível obter estabilidade no TM5 com DDR5-5400 usando tensão VDD/VDDQ de 1.3V, o que apesar de não parecer grande coisa, está dentro dos limites para esses chips e já foi superior ao outro kit Micron A-Die que testamos.

  • 24/7 com ajuste fino:
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Com os ajustes finos, foi possível melhorar vários timings relevantes para o desempenho, trazendo alguns ganhos em relação ao XMP, porém, sem melhorias na frequência. Os maiores ganhos vieram pelo tREFI em 65535, tRFC e timings primários um pouco mais apertados.

Timings – Intel

asgard 5200 32gb intel

Já na plataforma Intel, o limite de frequência foi o mesmo e também foi possível melhorar bastante os timings originais. Curiosamente, foi necessário aplicar 1.375V no VDD/VDDQ para obter estabilidade nessas condições, enquanto no AMD, 1.3V/1.32V já resolveram.

Temperatura e consumo:

Uma novidade bem-vinda nas DDR5 é a inclusão de um sensor de temperatura nos módulos, onde eles está posicionado próximo ao PMIC, o que significa que a tarefa de verificar se o teste de estabilidade está falhando por conta da temperatura, ficou muito mais simples!

A Freyr T3 apresentou temperatura máxima de 51.3 °C (Temperatura ambiente = 29.6 °C) ao fim de meia-hora de teste de estresse no TM5 usando o perfil do anta777 extreme, na bancada Intel, com overclock e sem uma ventoinha soprando diretamente sobre as memórias, não apresentando instabilidade ou erros por conta da temperatura ao final desse teste, o que é uma ótima notícia se considerarmos que um dos chips e o PMIC não fazem contato com o dissipador.

Benchmarks:

Abaixo, os números de Leitura/Escrita/Cópia/Latência do AIDA, no sub teste de memória do Geekbench 3.4.4 e no y-cruncher 1b, que por ser bastante sensível ao desempenho do subsistema de memória e, ao mesmo tempo, extremamente exigente em termos de estabilidade, foi integrado aos testes,

Lembrando que todos esses resultados passaram no teste de estabilidade do TM5 0.12 v3 e ao menos especificamente para essas amostras, representa algo que pode ser usado diariamente.

Conclusão:

O kit Asgard Freyr T3 5200CL40 de 32 GB (2×16 GB) apresentou boa compatibilidade ambas as plataformas, funcionando normalmente com o XMP. Ao se fazer overclock com o ajuste XMP, foi possível obter estabilidade em DDR5-5400 apenas aumentando a tensão das memórias para 1.3V, o que está dentro do esperado para os chips Micron A-Die. É necessário ressaltar que já testamos anteriormente um kit 2x8GB DDR5-5200 do mesmo fabricante e ele veio com chips Samsung B-Die, ou seja, para essa série, a Asgard envia os kits com chips sortidos.

Já com o ajuste manual, foi possível obter os mesmos 5400 MHz, só que com 34-39-39-34-52 e os principais subtimings, leia-se, aqueles que possuem maior impacto no desempenho, mais apertados, o que rendeu mais um pequeno ganho de desempenho em relação ao XMP. Cabe destacar que os limites foram iguais tanto na plataforma AMD quanto na Intel

Em relação à disponibilidade e preço, logo (29/03/2023), as Asgard Freyr T3 5200C40 devem entrar em promoção, custando no máximo R$855,06, o que é um pouco salgado se considerarmos que existem concorrentes com especificações superiores custando praticamente o mesmo, de todo modo, essas memórias ainda podem valer a pena se forem vendidas por um valor mais camarada, podendo ser um ótimo valor por GB caso venha por um valor promocional, mesmo considerando que desempenho não é o forte desse produto.

Apenas é necessário se atentar aos eventuais problemas que podem ocorrer na compra de produtos importados como esse: possibilidade de a mercadoria ser taxada, demora na entrega e a garantia ser uma incógnita.

E é isso! Dúvidas, perguntas e sugestões são bem-vindas! Até a próxima!

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